terça-feira, 24 de junho de 2008

Nos moldes do Insujeita

O Insujeita sim, que era blog de verdade. Desses que a gente sempre atualiza, que a gente cuida, lustra, que alguém visita com alguma freqüência. Este não. É um trambique só. Não sei nem a que se propõe. Se há algum clima de alguma seriedade nele. Não sei. Este blog é um blog abandonado. Não serve de análise, de exposição ou de diário. Não serve, simplesmente.

Bicha trambiqueira. Eis o que sou.

Na verdade esse blog é praticamente um resumo da minha existência.

Horas, dias em silêncio.
Ou não. Na verdade para mim é difícil me calar.
Passo meu tempo escrevendo poesias que ninguém lê.
Mas que esforço eu faço para que as leiam?

Bicha trambiqueira, eis o que sou.

E o blog morre por falta de publicação.
Ou não morre. Os blogs permanecem aí não importa o que.

O Insujeita ta lá.
Ta lá e eu nem nunca mais olhei para ele.
O Insujeita existe apesar de mim.

Outro dia recebi um email de uma amiga que me dizia ter ganho um livro sobre blogs femininos. E o Insujeita estava lá. Com análise e citação. O Insujeita, que não existe mais enquanto blog, mas enquanto lembrança, serve também como objeto de estudo.
É um bom motivo para não deletá-lo. Mas não é possível atualizá-lo porque não existe mais a pessoa que atuaizava o Insujeita.

Na verdade a pessoa que atualizava o Insujeita morreu anos atrás. Enquanto ainda havia o blog e foi substituída por muitas outras. Mas teve uma hora que as diferenças entre aquela que se auto-intitulava (como diziam meus marcianos) Insujeita e a que atualizava o blog era tanta que não houve jeito senão abortar a operação.

E novo blog criado para nada.
Um trambique só.

3 comentários:

Clarisse Cunha Linke disse...

pois saiba que eu leio sim, leio tudo, porque ainda sou leitora assídua. aqui e lá. não leio mais o insujeita porque realmente foi blog que insujeitou-se. caso contrário, leria. fiquei até pensando, hoje mesmo, no caqui, no cá e aqui, no que tudo isso quer dizer pra mim, porque seus poemas são seus, mas às vezes me fazem pensar em mim mesma.

Anônimo disse...

Eu ainda leio tudo o que você escreve. Quer dizer, tudo, tudo, não, quase. Sempre gostei do que você escreve. Não comento porque sou anti-social mesmo (ha. ha. ha.). Mas reflito bastante - e emitindo sons -, serve? Beijos.

Aichego disse...

que bom que eu tenho duas leitoras. mesmo que não sejam assíduas...