O Insujeita sim, que era blog de verdade. Desses que a gente sempre atualiza, que a gente cuida, lustra, que alguém visita com alguma freqüência. Este não. É um trambique só. Não sei nem a que se propõe. Se há algum clima de alguma seriedade nele. Não sei. Este blog é um blog abandonado. Não serve de análise, de exposição ou de diário. Não serve, simplesmente.
Bicha trambiqueira. Eis o que sou.
Na verdade esse blog é praticamente um resumo da minha existência.
Horas, dias em silêncio.
Ou não. Na verdade para mim é difícil me calar.
Passo meu tempo escrevendo poesias que ninguém lê.
Mas que esforço eu faço para que as leiam?
Bicha trambiqueira, eis o que sou.
E o blog morre por falta de publicação.
Ou não morre. Os blogs permanecem aí não importa o que.
O Insujeita ta lá.
Ta lá e eu nem nunca mais olhei para ele.
O Insujeita existe apesar de mim.
Outro dia recebi um email de uma amiga que me dizia ter ganho um livro sobre blogs femininos. E o Insujeita estava lá. Com análise e citação. O Insujeita, que não existe mais enquanto blog, mas enquanto lembrança, serve também como objeto de estudo.
É um bom motivo para não deletá-lo. Mas não é possível atualizá-lo porque não existe mais a pessoa que atuaizava o Insujeita.
Na verdade a pessoa que atualizava o Insujeita morreu anos atrás. Enquanto ainda havia o blog e foi substituída por muitas outras. Mas teve uma hora que as diferenças entre aquela que se auto-intitulava (como diziam meus marcianos) Insujeita e a que atualizava o blog era tanta que não houve jeito senão abortar a operação.
E novo blog criado para nada.
Um trambique só.