tag:blogger.com,1999:blog-41602194588835188882024-02-19T00:43:16.981-03:00Bicha trambiqueiraAbobrinhas diárias, com sal a gosto.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-80180333598864905122018-03-27T10:59:00.001-03:002018-03-27T11:00:21.521-03:00Falando sobre meu racismo e Cotas RaciaisOi ser humano!<br />
<br />
Tudo bem?<br />
<br />
Então, vira e mexe recebo um comentário vindo desse blog, quase morto, no qual alguém deseja minha morte ou me diz pra estudar história porque minhas opiniões são 'racistas ' ou 'racistas ao contrário'.<br />
<br />
Recentemente fiz dois vídeos sobre esse assunto e vou publicar aqui, pra quem tiver interesse em mudar, não só em ficar gritando anonimamente na internet, tá bom?<br />
<br />
Vlw, Flw<br />
<b><br /></b>
<br />
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-color, var(--yt-primary-text-color)); font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-font-size, 1.8rem); font-weight: 400; line-height: 2.4rem; margin: 0px; max-height: 4.8rem; overflow: hidden; padding: 0px; text-shadow: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-text-shadow, none); transform: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-transform, none);">
<yt-formatted-string class="style-scope ytd-video-primary-info-renderer" style="--yt-endpoint-color: hsl(206.1, 79.3%, 52.7%);">Me chamaram de racista, e agora?</yt-formatted-string></h1>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/zFMF9bGaB7U/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/zFMF9bGaB7U?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
<br />
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-color, var(--yt-primary-text-color)); font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-font-size, 1.8rem); font-weight: 400; line-height: 2.4rem; margin: 0px; max-height: 4.8rem; overflow: hidden; padding: 0px; text-shadow: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-text-shadow, none); transform: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-transform, none);">
<yt-formatted-string class="style-scope ytd-video-primary-info-renderer" style="--yt-endpoint-color: hsl(206.1, 79.3%, 52.7%);">Cotas Raciais</yt-formatted-string></h1>
<div>
<yt-formatted-string class="style-scope ytd-video-primary-info-renderer" style="--yt-endpoint-color: hsl(206.1, 79.3%, 52.7%);"><br /></yt-formatted-string></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/iRjHhB0hTCo/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/iRjHhB0hTCo?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div>
<yt-formatted-string class="style-scope ytd-video-primary-info-renderer" style="--yt-endpoint-color: hsl(206.1, 79.3%, 52.7%);"><br /></yt-formatted-string></div>
Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-50560463124009716372015-01-23T18:31:00.000-03:002015-01-28T18:00:26.289-03:00Cotas para negros e indígenas nas universidades - mudanca de opinião<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWYDjUFTjqQV-ORxkULwbkv1qghJUJdywfpcT4K0FmV5udELAkfQox-AqiBs122GjNk-hPhGk9pCQSLqOi9mF9EK9yv0GTJvWE1ibEAOxRut3mCECHeO0K8cyCb3fPp0QA2rxh_u2DFp0M/s1600/515.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWYDjUFTjqQV-ORxkULwbkv1qghJUJdywfpcT4K0FmV5udELAkfQox-AqiBs122GjNk-hPhGk9pCQSLqOi9mF9EK9yv0GTJvWE1ibEAOxRut3mCECHeO0K8cyCb3fPp0QA2rxh_u2DFp0M/s1600/515.png" height="267" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Eu estou vindo aqui para dizer que mudei totalmente de ideia a respeito das cotas raciais nas universidades.<br />
<br />
Aliás, não só nas universidades... na máquina publica, na publicidade, nos desfiles de moda, nos empregos em geral.<br />
<br />
Explico: até alguns anos atras, eu achava que cota racial era um racismo que, embora nao me afetasse diretamente (eu sendo branca classe média), afetaria os brancos (ou menos negros) de classes mais baixas.<br />
Eu achava que a gente tinha que superar essa história de raça, afinal, somos todos humanos.<br />
Eu achava que cota social faria o milagre de trazer os negros para o ensino universitário público, pois eles são a maioria dos pobres, <i>anyways</i>.<br />
Eu achava que os negros que fossem admitidos dessa forma sofreriam discriminação dentro da sala de aula.<br />
Eu achava que era um modelo americano importado que so mostrava o quão vassalos nos somos dos EUA.<br />
<br />
Inclusive publiquei <a href="http://bichatrambiqueira.blogspot.ca/2009_05_01_archive.html">um texto</a> aqui neste blog a este respeito.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiATTEDh-8rY_152VBwNXsxdHwqhLu0ESrwVZKA4OGEdQ01qK2aho3ujOQ7O8aBXmHCtr_JUZXLv3xy81ggC0tjeabI1_BBAoJ3280l3pD-w3mPh5tu5jS1chGw-Ug80IiJ5PolQIZc4ve/s1600/images.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiATTEDh-8rY_152VBwNXsxdHwqhLu0ESrwVZKA4OGEdQ01qK2aho3ujOQ7O8aBXmHCtr_JUZXLv3xy81ggC0tjeabI1_BBAoJ3280l3pD-w3mPh5tu5jS1chGw-Ug80IiJ5PolQIZc4ve/s1600/images.jpeg" height="207" width="400" /></a></div>
<br />
E por isso, mesmo que ninguém nunca leia, eu vim aqui dizer que eu sou a favor das cotas raciais para negros e indígenas.<br />
<br />
E o que me fez mudar de ideia?<br />
Foi uma mudança de ponto de vista que foi trabalhada por mim, durante anos, após um pequeno incidente.<br />
<br />
Eu era produtora de um pequeno <i>talk show</i> de televisão. Um dia fomos a uma produtora onde um cineasta-ativista negro daria sua entrevista. Entre a entrevista e a nossa saída comecei a conversar com um dos caras que trabalhavam por lá e, por algum motivo, o assunto foi parar nas famigeradas cotas universitárias. E lá fui eu, toda trabalhada nos meus privilégios, dizer que era contra cotas pelos motivos acima. O rapaz era boa gente e teve paciência... até que não teve mais e foi ríspido. Me disse que eu estava sendo racista.<br />
<br />
EU?! RACISTA?!<br />
<br />
Entramos na van para ir para a próxima locação.<br />
<br />
Eu fui logo falando para a equipe de som e câmera o quanto aquele cara tinha sido injusto comigo e me chamado de racista só porque eu tinha dado uma opinião contrária às cotas. Afinal, qual o problema de eu discordar? <a href="http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/12/racismo-o-que-eu-tenho-ver-com-isso-porque-sou-branquinha.html">Só porque eu sou branca</a>?!<br />
<br />
No momento em que eu disse algo nessas linhas reparei que a única branca na van era eu.<br />
<br />
Eles me olharam em silêncio e não responderam nada.<br />
Eu era chefe.<br />
Eles iam falar o quê?!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMuEAP0kKvVHOtubiu5oClxKvXTvj_cAK2-KlofqS7EzQGEmZGJIR4Pq7UZmbA8AusiyT35BAxDIggTyaUJ9FjhT01E_4TiNikIJ8hUVuB-vrnb7T7Ubi6hMz8r6z3mEm7XU6RqPJXfrXz/s1600/cotas-raciais-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMuEAP0kKvVHOtubiu5oClxKvXTvj_cAK2-KlofqS7EzQGEmZGJIR4Pq7UZmbA8AusiyT35BAxDIggTyaUJ9FjhT01E_4TiNikIJ8hUVuB-vrnb7T7Ubi6hMz8r6z3mEm7XU6RqPJXfrXz/s1600/cotas-raciais-1.jpg" height="320" width="251" /></a></div>
------<br />
<b><br /></b>
<b>CORTA PARA</b><br />
<br />
Eu andando nas ruas com furia e desconforto.<br />
Fui chamada de racista.<br />
Logo eu! que queria ter cabelo negro pra fazer penteados incríveis!<br />
Logo eu! que amo Oxossi!<br />
Logo eu! que sou contra todo e qualquer preconceito!<br />
Logo eu!<br />
Não! Eu não sou racista!<br />
<br />
------<br />
<b><br /></b>
<b>CORTA PARA</b><br />
<br />
Eu sai com um amigo recém feito.<br />
Nos entendemos muito bem e eu precisava dizer em voz alta pra alguém.<br />
Então eu disse:<br />
- Eu acho que sou racista...<br />
<br />
------<br />
<br />
<b>CORTA PARA</b><br />
<br />
A minha descoberta do feminismo.<br />
A minha descoberta do ativismo gay.<br />
A minha descoberta de blogs de feministas negras.<br />
<br />
E eu comecei a olhar pra dentro e ver em mim...<br />
Um monte de preconceitos que eu não tinha ideia de ter...<br />
ou que eu nunca tinha olhado de verdade e visto o quão eles eram feios.<br />
<br />
Eu! Logo eu!<br />
Machista, homofóbica, transfóbica, gordofóbica, classista... e racista.<br />
Como tudo aquilo podia estar dentro de mim?<br />
Puxa, eu sempre fui tão legal... ninguém diria que tinha tanto lixo no meu coração.<br />
<br />
E vou dizer que passei quase dois anos de puro ódio de mim.<br />
Eu chorei todos os dias.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFopFJ5ybsBOVGHYSmdQXoy74-_TLjvH0DFYn-tDVIcasyWydrDMxHUel-Yeui9UX84mZ9w0tjmLb8TJRhrRKSqfRX8I_XtLNdm60LBmj-89fwV_qI5H7JU5itphu1mmdF58LCcv6ixrl4/s1600/529705_10150834217588708_578578707_11818147_803265630_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFopFJ5ybsBOVGHYSmdQXoy74-_TLjvH0DFYn-tDVIcasyWydrDMxHUel-Yeui9UX84mZ9w0tjmLb8TJRhrRKSqfRX8I_XtLNdm60LBmj-89fwV_qI5H7JU5itphu1mmdF58LCcv6ixrl4/s1600/529705_10150834217588708_578578707_11818147_803265630_n.jpg" height="287" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<b>FADE OUT</b><br />
<b><br /></b>
<b>FADE IN</b><br />
<br />
Aceitei.<br />
<br />
Sim, tenho isso tudo dentro de mim.<br />
Não sou diferente da sociedade na qual cresci.<br />
Entendi que o fato de eu ser branca, classe média e ter crescido heterosexual, moldou muito quem eu sou e o modo como percebo o mundo.<br />
Não tenho como escapar. Essa sou eu.<br />
Mas eu posso mudar. Eu posso agir. Eu posso me transformar.<br />
<br />
E nesse momento eu estou em transformação.<br />
Consigo entender que tudo o que vejo vem dessa perspectiva privilegiada minha.<br />
Mas o fato de ser mulher, de ser queer, de ser latina (agora vivo no Canadá) e de abrir meus olhos para os preconceitos que EU sofro, para as limitações de ser quem eu sou, está abrindo meus olhos para os preconceitos que outros sofrem. E passei a sofrer com eles.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIl_F3lN9A3vqsPX00IdQ66VcbUzYd1WMStqorefDMTue1B7Nuu3Akpkk5omHdJ78tmxJ4dk9Mhiwricuw824KB54DyyD6lQ60MNN7PSo0NCGqXznfN2ANAjgX5QKtE7sbY1kVQfeEj5tt/s1600/charge-mauricio-pestana.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIl_F3lN9A3vqsPX00IdQ66VcbUzYd1WMStqorefDMTue1B7Nuu3Akpkk5omHdJ78tmxJ4dk9Mhiwricuw824KB54DyyD6lQ60MNN7PSo0NCGqXznfN2ANAjgX5QKtE7sbY1kVQfeEj5tt/s1600/charge-mauricio-pestana.jpg" height="320" width="296" /></a>O nome disso é empatia.<br />
<br />
E quando alguém me diz: você esta sendo preconceituosa! por mais que eu discorde eu paro pra ouvir. Eu pergunto: por quê? Eu quero saber. Eu posso não mudar de opinião na hora, mas vou pensar sobre o assunto. Mesmo que demore anos, eu vou pensar. Eu tenho pensado.<br />
<b><br /></b>
<b>VOCÊ QUER O QUE? UMA MEDALHA?</b><br />
<br />
(acho essa pergunta pra lá de válida) (acho que muita gente quer uma medalha)<br />
<br />
Não. Eu quero ser uma pessoa melhor.<br />
E quero ajudar a outros que são pessoas boas, mas ainda estão vivendo dentro da própria na bolha.<br />
Por isso eu encho o saco de geral.<br />
E, dizem alguns por aí, tenho mudado umas cabeças.<br />
E tenho brigado muito, que faz parte.<br />
<br />
---------<br />
<b><br /></b>
<b>E AS COTAS?</b><br />
<br />
Então, mesmo depois dessa transformação toda eu ainda não era a favor das cotas.<br />
Mas eu achava que havia algo de errado em ser contra as cotas. Eu achava que eu estava errada, mas não conseguia entender como, até que um dia meu pensamento simplesmente mudou.<br />
<br />
E eu devo isso a milhares de blogueirxs por aih que vivem questionando os privilégios alheios e os próprios.<br />
<br />
Textos como o do (maldito) <a href="http://alexcastro.com.br/quatro-textos-sobre-privilegio/">Alex Castro</a> e, mais recentemente,<a href="http://arquivo.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/20237-os-privilegios-de-ser-uma-mulher-branca"> esse texto</a> feminista muito interessante da Sueli Carneiro, me fizeram ter uma ideia mais clara sobre meus posicionamentos. Se algum dia alguém que, como eu, esta querendo mudar de opinião, recomendo ler muitos blogs. Especialmente a galera do <a href="http://blogueirasnegras.org/">Blogeiras Negras</a>. Ajuda muito.<br />
<br />
Simplificando o que penso hoje, e para dar uma conclusão em mais um texto longuíssimo:<br />
<br />
- Eu fiz faculdade publica porque estudei numa escola privada. Eu estudei nessa escola porque meus pais pagaram. Meu pai tinha dinheiro porque ele eh engenheiro. Ele eh engenheiro porque a mãe e o pai, apesar das dificuldades, tinham cargos públicos e ele pode estudar, eles tinham esses cargos públicos porque tiveram também a possibilidade de estudar. Se você seguir minha árvore genealógica irá chegar em algum momento em que minha família tinha escravos. Minha família eh branca. Minha familia nunca perdeu nenhuma oportunidade por causa da cor da pele. ninguém na minha familia teve que fugir por sua liberdade. ninguém teve os filhos vendidos. ninguém foi coisa. ninguém trocou a escravidão pela miséria. ninguém foi impedido de estudar por causa da cor da pele.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhonQv0QfKSCWkdNlbrYb8rOgmTnOr6pS4pgANS8z4_2xd5m1qcLkM_VwVSzbEOBKnIy_LjO6mBw6qekvkV0baKjg4a_og4s2p9TUr9ql7wEFueC2LVX7hrcbGHkbGpOE88byYw3urAaqYd/s1600/quadriho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhonQv0QfKSCWkdNlbrYb8rOgmTnOr6pS4pgANS8z4_2xd5m1qcLkM_VwVSzbEOBKnIy_LjO6mBw6qekvkV0baKjg4a_og4s2p9TUr9ql7wEFueC2LVX7hrcbGHkbGpOE88byYw3urAaqYd/s1600/quadriho.jpg" height="323" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
- o<a href="http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais15/Sem08/fabioreis.htm">s negros foram impedidos de estudar</a> durante quase todo o curso da nossa História<br />
<br />
- Como consequência, estavam excluídos da possibilidade de votar, pois apenas os homens livres, e depois os homens alfabetizados (apenas em 1932 tivemos o voto feminino), podiam fazê-lo<br />
<br />
- pessoas negras não têm muitas figuras de poder para se espelhar. A grande maioria dos politicos, líderes, CEOs, advogados, médicos, atores, eh branca<br />
<br />
- Negro na TV eh empregada doméstica, ladrão, pedinte, cozinheiro, puta<br />
<br />
- Crianças negras descobrem logo que são negras, enquanto crianças brancas são "normais" (parte da norma) e, quando muito, "não vêem cor"<br />
<br />
E tudo isso e muito mais, amiguinhos e amiguinhas, influencia a possibilidade dessas pessoas de "cor diferenciada" entrarem na universidade, se formarem, deslancharem na vida. Isso se sobreviveram a um mundo que as considera perigosos inimigos a serem contidos, podados, vigiados, ridicularizados, eliminados.<br />
<br />
Outro dia mesmo, um professor de História, negro, <a href="http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2014/07/01/confundido-com-ladrao-professor-da-aula-de-revolucao-francesa-para-nao-ser-linchado.htm">teve que dar uma aula sobre Revolução Francesa</a> a fim de provar para policiais que não era bandido e, assim, escapar de um linchamento público porque... ele tinha cara suspeita. Cara, cor, cabelo, nariz. <i>You name it.</i> O cara era preto. Bastava isso pra ser linchado.<br />
<br />
Então, não, uma criança negra, um adolescente negro, um adulto negro, um negro de qualquer idade, enfim, não tem as mesmas oportunidades que eu tenho. Mesmo que ele seja de classe média. Porque essa pessoa vai ser sempre preto. O preto. Aquele preto. O moreninho. O moleque. O do cabelo ruim. O de nariz de batata. Aquele ali, olha, com cara de marginal.<br />
<br />
E os indígenas.... Ah, os indígenas... eles foram usados, escravizados, mortos, exterminados, mutilados, proibidos de falar a própria língua, perderam a maior parte de suas terras e de sua cultura e hoje a gente chama eles de vagabundos, tanto no Brasil <a href="http://www.theglobeandmail.com/globe-debate/what-canada-committed-against-first-nations-was-genocide-the-un-should-recognize-it/article14853747/">quanto no Canadá</a>.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1DgsGWGcrphd0d4nZ75Nrp5JTU8Qe1wfDhCnVt2AJwV_nKTKQGmZ_p3-3zWCIF6Fl3_PPbeeVin7pWUVhKAvHv3W2C-nRy3xtAUbJsVc0kyXw4dQXSojKp-Pu801_2FQkLhSsA0M8oUIV/s1600/residential-school-survivor-t-shirt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1DgsGWGcrphd0d4nZ75Nrp5JTU8Qe1wfDhCnVt2AJwV_nKTKQGmZ_p3-3zWCIF6Fl3_PPbeeVin7pWUVhKAvHv3W2C-nRy3xtAUbJsVc0kyXw4dQXSojKp-Pu801_2FQkLhSsA0M8oUIV/s1600/residential-school-survivor-t-shirt.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>CONCLUSÃO RESUMIDA</b><br />
<br />
Sou a favor das cotas pois vejo nelas um movimento no presente para compensar, mesmo que de leve, um dano feito no passado e para criar a possibilidade de um futuro em que não precisemos mais delas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWPadSY9hu1DB0QfwHn3CpXvirHeDLC83CPhrSA5zt-i6_5W8eyn5WarQ57hT252JdAzO-at4LcrYe9KG7nPYHr25VCqds1d1Q8MYxH69_CItY1LAxIlZmM7OE22H7CIkph69pdZgrUWGi/s1600/cotas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWPadSY9hu1DB0QfwHn3CpXvirHeDLC83CPhrSA5zt-i6_5W8eyn5WarQ57hT252JdAzO-at4LcrYe9KG7nPYHr25VCqds1d1Q8MYxH69_CItY1LAxIlZmM7OE22H7CIkph69pdZgrUWGi/s1600/cotas.jpg" height="262" width="400" /></a></div>
<br />Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-21787049622851774872014-09-10T11:30:00.001-03:002014-09-12T13:50:00.803-03:00"Eu gosto de ser branco" "Racista!"<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Há uma tirinha </span>rolando por aí que "brinca" com o politicamente correto.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBRt-eLny8jI4GG6m5QtSVUsj1V3bN8Blj809Zv4HTC0vd9338s5n5L8fjr0z3mFfrbyhETKjKDvNhZ-22MNzeyoEuuRQz_TQGdgAD4yN0szJ6qc-JKWYPDnigm1zgDfX_qn7-GEHno7gb/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.25.20+AM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBRt-eLny8jI4GG6m5QtSVUsj1V3bN8Blj809Zv4HTC0vd9338s5n5L8fjr0z3mFfrbyhETKjKDvNhZ-22MNzeyoEuuRQz_TQGdgAD4yN0szJ6qc-JKWYPDnigm1zgDfX_qn7-GEHno7gb/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.25.20+AM.png" height="250" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Um menino negro diz pro outro que gosta de ser negro. o outro (branco) retruca que gosta de ser branco e é chamado de racista. Depois o 1o menino diz gostar de ser gay </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">e o outro diz gostar de ser heterossexual e é chamado de homofóbico.</span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br />Esse quadrinho me é extremamente ofensivo.<br />Por que?<br /><br />Porque ele brinca com uma falsa simetria.<br /><br />Bom, começo pelo fato de haver uma desonestidade intelectual. A discussão não é "gosto de" ser assim ou assado. A discussão é "tenho orgulho de" ser assim ou assado. A pessoa que fez esse quadrinho fez essa alteração de propósito, para desmerecer a discussão do orgulho.<br /><br />Claro que qualquer pessoa pode gostar de ser quem é e não há qualquer problema nisso. O problema está no orgulho.<br /><br />Uma camisa escrito "100% negro" demonstra orgulho.<br />Não é um orgulho qualquer.<br />É o orgulho da sobrevivência, da luta, da resistência, diante de um mundo racista.<br />Que nos digam os americanos de <a href="http://www.cbc.ca/newsblogs/yourcommunity/2014/08/hands-up-dont-shoot-gesture-spreads-online-in-support-of-ferguson-protesters.html">Ferguson</a>.</span><br />
<div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEgk5M9jNe8lhCNA_PWLLUoHhnkrN6h2jdRze2GO0JxhMZmNghpBrt7b5bTh6X_3GCaU-P5ehDFXnQrWpG57I2bcIwKiyxNMiuBRljshchv28fHIfBoT3DjxrhJcXnhQKU0iPlXyTWwzxE/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.25.29+AM.png" imageanchor="1" style="font-family: Times; font-size: medium; line-height: normal; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEgk5M9jNe8lhCNA_PWLLUoHhnkrN6h2jdRze2GO0JxhMZmNghpBrt7b5bTh6X_3GCaU-P5ehDFXnQrWpG57I2bcIwKiyxNMiuBRljshchv28fHIfBoT3DjxrhJcXnhQKU0iPlXyTWwzxE/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.25.29+AM.png" height="287" width="400" /></a></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /><br />100% branco numa camisa significa sim, racismo. Orgulho de ser branco? De ter explorado milhões de pessoas negras e indígenas? Orgulho de ser puro e não ter outras raças? Depois de usar a camisa melhor vestir outra, a da KKK. Ter "orgulho branco" não é apenas negar uma historia de opressão, mas ter orgulho dela.<br /><br />Uma parada do orgulho gay nunca poderia ser equiparada a uma parada do orgulho hetero pelo exato mesmo motivo.<br />No orgulho gay celebramos nossa luta diária para sermos respeitados, termos nossos direitos reconhecidos e, cada vez mais, equiparados aos dos outros cidadãos. Tudo começou em <a href="http://www.civilrights.org/archives/2009/06/449-stonewall.html">Stone Wall </a>como um movimento de revolta e luta pelo direito à nossa existência. Ainda hoje somos perseguidos, mortos, emprisionados e muitos são obrigados a se refugiar em outros países apenas pelo fato de sermos quem somos.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrb-Cs_XK52FwcptQu8cfMBN001TkPWqIgh0Cdodcix4OyEPHSGvf7DD-NJpIJ4IIAEll4a6pdjlBf0weNQL-faoQJrJ-b1OFJKrME3tQc7LB7aSxCtgWMlPCg0cKATO7kK-eJfqqjetIg/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.40.19+AM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrb-Cs_XK52FwcptQu8cfMBN001TkPWqIgh0Cdodcix4OyEPHSGvf7DD-NJpIJ4IIAEll4a6pdjlBf0weNQL-faoQJrJ-b1OFJKrME3tQc7LB7aSxCtgWMlPCg0cKATO7kK-eJfqqjetIg/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.40.19+AM.png" height="264" width="320" /></a></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br />Então batemos no peito (quando podemos) para dizer: tenho orgulho de ser gay, bi, trans.<br /><br />E ter orgulho hétero é simplesmente querer negar nossa luta e ridiculariza-la. Ou mesmo é fazer parte dos que nos acham doentes, querem nossa cura ou extermínio.<br /><br />Basicamente o autor dessa tirinha faz parte de um grupo crescente de pessoas que quer colocar a culpa do racismo e da homofobia nos grupos discriminados, como se o problema estivesse na nossa cabeça e fosse criado por nós.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Mas a verdade é que n</span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">inguém é morto por ser branco ou heterossexual.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Então, por favor, parem de replicar essa besteira, essa merda.<br />Simplesmente parem.<br />Pensem e entendam: vocês estão errados.<br />Acontece. O bom é que sempre podemos mudar de ideia.<br /><br />Beijinhos no ombro.</span></div>
<div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDMKm15uqkO9KDtiER9qXtJUF3-41HDfiItcAXkm5PhcDeeDaqnWRtVce6eJyrZhFFXGenxc-ply9P5MlMGWCs9D7JX4jMtcVfBqndO4jqZW_VHBfO7HJEPXd4eyClicy9Gv2_U1UK8GfC/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.26.00+AM.png" imageanchor="1" style="font-family: Times; font-size: medium; line-height: normal; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDMKm15uqkO9KDtiER9qXtJUF3-41HDfiItcAXkm5PhcDeeDaqnWRtVce6eJyrZhFFXGenxc-ply9P5MlMGWCs9D7JX4jMtcVfBqndO4jqZW_VHBfO7HJEPXd4eyClicy9Gv2_U1UK8GfC/s1600/Screen+Shot+2014-09-10+at+10.26.00+AM.png" /></a></span></div>
Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-34607934888838835252013-06-21T15:11:00.001-03:002013-06-21T16:42:07.629-03:00Compilação de relatos do confronto nas ruas do Rio de Janeiro 20/06/2013 - pessoas no facebook<div>
<br /></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 14px;">Compilação de denuncias no Facebook de </span><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 17px;"> </span><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 17px;">Ivan Accioly - jornalista:</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px;">Seguem alguns relatos que copiei de uma outra mensagem. Não precisa de mais comentários. Basta ler. Indignação. </span><br style="background-color: white; line-height: 14px;" /><br style="background-color: white; line-height: 14px;" /><span style="background-color: white; line-height: 14px;">Por favor, ninguém mais, em tempo algum, me peça para apoiar movimentos reivindicatórios de PMs. obrigado!</span><br style="background-color: white; line-height: 14px;" /><br style="background-color: white; line-height: 14px;" /><span style="background-color: white; line-height: 14px;">Lapa Irish Pub: "A Festa Cult hoje virou um bunker, infelizmente. Estamos trancados aqui com vária</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;">s passando mal nas ruas devido aos gases lançados pela polícia."<br /><br />Circo Voador: "To agora no Circo Voador e a policia facista acaba de jogar 3 bombas de gás lacrimogêneo aqui dentro. Sendo q uma delas foi jogada do meu lado no backstage. Meu olho ta ardendo e lacrimejando, muito enjoo e todos que estao dentro do Circo Voador pq a policia esta prendendo todos que estao na rua. Uma noite de evento e somos agredidos e feridos por essa merda de governo. Estou bem, mas nao tem como sair daqui."<br /><br />Bar Arco íris - "Alguns frequentadores xingaram os policiais e um dos PMs voltou e mostrou o dedo médio para eles. Outro também voltou e soltou uma bomba de gás lacrimogênio dentro do bar, mas os clientes conseguiram chutá-la para fora. Uma segunda bomba, no entanto, caiu dentro do bar, fazendo com que muitas pessoas passassem mal."<br /><br />"Bomba de gas tao forte que a gente no 12 andar nao conseguiamos respirar!!!! Lapa foi sitiada! Forca nacional estavam invadindo o bar da cachaca!<br /><br />"Tomei porrada de cacetete e tapa na cara da Tropa de Choque. Obviamente sem identificação... Foi na volta pra casa, em uma rua praticamente vazia e pacífica. Era uma gangue de uns 10, que surgiram em motocicletas, tacando bombas pro alto. Jogaram trabalhadores, inclusive o pobre pipoqueiro, contra a parede. Passaram o rodo, bateram em todos nós, clamando gritos de guerra. É ditadura?"<br /><br />"A polícia está passando em motos e jogando bombas e spray por nada em quem estão encontrando na Lapa!"<br /><br />"A PM continua fazendo arrastão na Lapa, atirando em todo mundo, nem manifestação tem mais por aqui, mas a PM insiste em passar atirando nas pessoas, eles estão passando em grandes combois marchando e atirando"<br /><br />Laranjeiras:<br />"A gente que não pode ir a manifestação, a manifestação vem até a gente. Trabalhando no mercadinho, rua das laranjeiras 90. Final da noite fomos presenteados com bomba de gás lacrimogênio. Cliente, cozinheiro, garçom, tudo se correndo junto.<br />Absurdo, triste, raiva. Espero que a força do povo não diminua, vamos pra rua. Amanhã tem que ser maior. Se depender de mim será."<br /><br />Largo do Machado:<br />"Direitos humanos e Advogados pelo amor de Deus, estão colocando as pessoas deitadas no chão do centro do RJ, vai rolar um massacre por la, policia, exercito e força nacional estão em formação juntamente com a cavalaria da Lapa a Cinelandia no largo do machado estão batendo nas pessoas que chegam de metrô, retiraram os onibus da ruas para as pessoas não conseguirem ir embora.."<br /><br />Centro:<br />"Estávamos parados no ponto de ônibus em frente a Central esperando o ônibus para irmos para casa, quando policias do Choque em motos passaram e simplesmente jogaram spray de pimenta em todos!"<br /><br />Hospital Souza Aguiar:<br />"O Batalhão de choque invadiu a emergência do Souza Aguiar para reprimir ao manifestantes e jogaram dentro da emergência várias bombas de gás de pimenta e lacrimogênio, os médicos do Hospital Municipal Souza Aguiar precisaram entrar na frente e impedir a invasão até de salas com pessoas sendo atendidas, foram veículos do choque como se fosse uma guerra. Há total confusão na região, ninguém entra ou sai do Hospital Municipal Souza Aguiar, sitiado!!.</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;">------</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px;">Sobre o ataque ao Souza Aguiar: depoimento da medica Daniela Judice. Não compartilhem, copiem e colem em seus perfis para que a mensagem não seja apagada.</span><br style="background-color: white; line-height: 14px;" /><span style="background-color: white; line-height: 14px;">Texto:</span><br style="background-color: white; line-height: 14px;" /><span style="background-color: white; line-height: 14px;">Estava de plantão hoje no Souza Aguiar. Hospital preparado para receber os pacientes graves vindos da manifestação. Vi jovens de bem com rombo no rosto feito </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;">por bala de borracha atirada pela policia. Nao foi só um.<br />Plantão acaba as 20 Hs. Tentávamos sair quando de repente gritaria e fumaça entrando pelo hospital. O gás pimenta subiu pelas escadas ate alcançar a pediatria no sétimo andar do hospital. Arde tudo por dentro.<br />O que e isso, gente???? Vários funcionários passaram mal. Mães e crianças aspirando aquele horror. No SÉTIMO andar!!!! Nos isolamos dentro do CTI. Conseguimos sair de lá as 22:15, passo pela Presidente Vargas que parecia vitima de um tornado.<br />Agora chego em casa e acompanho na Globonews o que aconteceu na porta do hospital. Meia dúzia de manifestantes pedindo pra policia nao atirar porque ali era um HOSPITAL, e, mesmo assim, o despreparado policial se posiciona, mira e atira duas bombas!!!!!!!! O que e isso meu Deus???!!!!!!!As pessoas ali estão DOENTES!!!!!</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;">-------</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 14px;"><br /></span>
</span><br />
<h5 class="uiStreamMessage uiStreamHeadline" data-ft="{"tn":":"}" style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: normal; line-height: 1.38; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; word-break: break-word; word-wrap: break-word;">
<div class="actorDescription actorName" data-ft="{"type":2,"tn":":"}" style="font-weight: bold; margin-bottom: 0px; padding-bottom: 4px;">
<a aria-haspopup="true" aria-owns="js_13" data-ft="{"tn":";"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=119405551542809&extragetparams=%7B%22hc_location%22%3A%22stream%22%7D" href="https://www.facebook.com/JeffersonMoura.Rio?ref=stream&hc_location=stream" id="js_14" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Jefferson Moura</span></a></div>
</h5>
<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}" style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; font-weight: normal; line-height: 14px; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px; word-break: break-word; word-wrap: break-word;">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="color: #333333; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38;">Policial com máscara dos Anonimuys.<br /><br />Acabo de presenciar um fato gravíssimo. Neste instante testemunhei a saída de uma Blazer Branca descaracterizada saindo do Batalhão de Choque da Polícia Militar o motorista da viatura estava com uma máscara dos Anonimuys. Amanhã comunicarei oficialmente a Secretaria de Segurança.</span></h5>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="color: #333333; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.38;"><br /></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="color: #333333; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.38;">-------</span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Paulo Halm</span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Quase fui espancado por um grupo de fascistas, lumpéns drogados e uns mascarados infiltrados que queriam ( e conseguiram ) impedir que as bandeiras da CUT fosse estendida. Eles nos atacaram, destruiram a primeira bandeira, e depois, investiram, arrancaram e rasgaram uma segunda bandeira que sequer foi aberta. E um sujeito, provavelmente um oficial de reserva, um beócio de direita ficou gritando pa</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;">ra nós: "fora daqui, seus comunistas (sic). Aqui não é lugar de vocês, seus vermelhos. Não queremos mais comunistas nas nossas (sic) ruas". E isso a poucos metros do caminhão de som da direção da passeata que fez vista grossa para a agressão e ficava repetindo que a manifestação era pacífica. E pra piorar, depois que destruiram as duas bandeiras vermelhas da CUT, um dos dirigentes do ato falou, é melhor vocês recolherem suas bandeiras, pra evitar confusão. Isso aconteceu as cinco horas da tarde, em plena Candelária. Esse incidente apenas confirmou minha opinião deste movimento: uma micareta despolitizada, desorganizada e anti-partido. E completamente tolerante aos provocadores, infiltrados e fascistas em geral.</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;">-------</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;">Anonimo:</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Olha, galera, o que aconteceu é que e estava às quase dez da noite na Lapa, na pizzaria Guanabara, parecia uma noite de fim de semana comum, muita gente bebendo nos bares e tal, a polícia passou, pessoal xingou e eles acharam que a melhor atitude poss[ivel era descer dos carros e atirar bombas. DENTRO DA PIZZARIA GUANABARA. Foi uma merda.</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">----</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Rodrigo:</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Como descrever a sensação de estar no meio de uma multidão sendo dispersa à moda bélica? </span><br style="background-color: white; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Primeiramente vale dizer que a multidão, obviamente inflamada, não cometia nenhum crime, violência ou delito. </span><br style="background-color: white; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Declaravam revoltas contra as faltas de respeito que assola o país desde antes de ser um “país”. Vem da Europa, desembarcada nas caravelas que dizimaram a população nativa quase à extinção para depoi</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;">s provocar o maior êxodo forçado da história da humanidade nos porões dos navios negreiros.<br />Confesso que até determinado momento achei que a manifestação estava quase pueril na Presidente Vargas. Não pude chegar até a prefeitura pois a massa já estava retornando. Achei estranho mas estava em paz, com cartazes bem humorados e maiores e menores comprometimentos com alguma questão.<br />Dava pra ver que lá atrás, na ponta da manifestação próxima à prefeitura, a polícia estava desenrolando alguma estratégia vil. Não afetou a tranquilidade mas por algum motivo que não pude saber todos estavam voltando em direção à Candelária.<br />Voltamos tranquilos. Alguns entreveros mas todos dentro de alguma normalidade dentro do contexto que se apresentava.<br />Na esquina da Vargas com a Passos o terror começou com o gás. Entendi o que ocorria. A força repressora não estava dispersando a multidão. Estava conduzindo para um lugar mais propício para os atos brutais.<br />Na Candelária a multidão se espalhou pela Rio Branco e pela Primeiro de Março. Quando a massa se instalou na Rio Branco a coisa ficou muito quente. O caveirão veio na contramão, no meio do povo, com os samangos de arma para fora. Pararam ao final da Rio Branco e voltaram com tudo. Tiros, bombas, pânico e terror. Caveirão, motos e carros.<br />Aí começou a caçada. Corri do meio da Rio Branco até o Aterro. Muita confusão. A multidão não estava organizada para resistência. Tentava sair dali. Cada rua que passávamos víamos pessoas correndo de alguma guarnição que atacava.<br />Terror de Estado. Pânico na população.<br />Vim para casa dividido entre a vontade de partir para cima e o medo de ser posto para baixo.<br />Acredito que a discussão acerca de vandalismo ficou obsoleta. As cartas estão na mesa.<br />O Rio está deflagrado. Será que as tropas vem de Juiz de Fora novamente? Ou ao invés de usar o exército vão utilizar o treinamento que o BOPE adquiriu nas áreas que receberam UPP?<br />Será que vamos parar? Acho melhor não...</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-------------------</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Outro que nao sei a autoria:</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"Relato de uma amiga</span><br style="background-color: white; line-height: 18px;" /><br style="background-color: white; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"O AMOR ACABOU. ISSO AQUI VAI VIRAR UM INFERNO." - Foi o que as pessoas começaram a gritar quando a polícia começou a jogar gás lacrim</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;">ogênio na altura da Cidade Nova. Fomos todos empurrados no sentido contrário da Candelária, mas com muitos apelos as pessoas mantiveram a calma e não correram.<br />Com muito esforço conseguimos pegar a rua dos bombeiros e sair da parte mais tensa da manifestação. Fomos pra Lapa, depois de andar muito. Bem longe, encontrei a ******** e a ******, e fomos comer um cachorro quente nos Arcos antes de ir pra casa.<br />Foi quando passou pelos Arcos a cavalaria do BOPE e vários camburões. As pessoas em volta não estavam manifestando, muitos tinham vindo do protesto mas agora estavam comendo e sentadas nos bares. Então alguém (vândalo, infiltrado ou whatever) soltou uma bomba e a polícia começou a revidar. até então a gente não imaginava a que ponto isso ia chegar, apenas nos afastamos um pouco, quando a polícia começou a avançar e as pessoas a correr. Eram dezenas, um monte de gente que não fez NADA sendo pressionada a adentrar a Mem de Sá e a Riachuelo. Em vez de entrar em desespero, ficamos todos indignados, lógico. Começamos a gritar "O povo unido jamais será vencido" - e paramos de correr. Mas a polícia continuou vindo atrás, e a fúria coletiva levava as pessoas a gritar cada vez mais alto: "NÃO VAI TER COPA!! NÃO VAI TER COPA!!", enquanto continuávamos a avançar rua adentro.<br />Claro que o BOPE não deixou por isso mesmo. Nos encurralaram em uma das ruas que sobem o Morro de Santa Teresa, foi quando o gás veio. Todo mundo correndo morro acima, agora o desespero nos tomava enquanto as balas de borracha riscavam de vermelho de um lado pro outro. Tentei ficar perto da ***** mas não deu, tropecei numas motos paradas, uns caras quase passaram por cima de mim e eu fui atrás de umas pessoas que tentavam se refugiar num bar. Olhos ardendo, a fumaça subindo, sons de copos caindo e quebrando no chão do bar. A ***** apareceu e depois encontramos a **** . Não dava pra descer mais, então subimos.<br />Tinha um carro da PM parado lá em cima, pegamos outra rua e muita gente vinha atrás, tentando ir pra ALGUM LUGAR. A descida que encontramos vinha das escadarias da Lapa, uma garota vinha subindo com o namorado, desnorteada e gritando que a polícia estava louca, jogou uma bomba de gás dentro do bar que ela estava e ela fugiu desesperada. não dava pra descer, eles cercaram o outro lado, também. Helicópteros nos sobrevoavam. GUERRA. E por quê? O que nós fizemos?<br />Continuamos subindo o morro, não tinha pra onde ir. Não sabíamos o que fazer. Até que encontramos uma moça em uma das ruas, falamos com ela e ela disse que ia descer de carro com o marido pra buscar a filha, e nos ofereceu carona. Foi a nossa salvação, foi Deus que colocou aquela mulher ali.<br />Nós andamos até o aterro e tentamos pegar um táxi, mas todos se recusavam a ir na direção da nossa casa (no *****). Fomos andando mesmo, cheias de medo, mas conseguimos chegar bem em casa.<br /><br />Eu estou tão, mas TÃO PUTA, que você não fazem ideia. É essa polícia que o nosso bolso paga? É essa a resposta das autoridades e políticos às nossas reivindicações? Mais pessoas ficaram ilhadas no IFCS, na faculdade de Direito, e outras conseguiram abrigo, por sorte. Não sei se todos os meus amigos estão bem. Foi absurdo, completamente ABSURDA a atitude da polícia.<br /><br />O GIGANTE ACORDOU. O ESPÍRITO DE REVOLTA SÓ ESTÁ CRESCENDO. ISSO NÃO ACABOU. NOSSA LUTA SÓ ACABA NO ANO QUE VEM NAS URNAS!<br /><br />E tudo que eu consigo pensar agora é "CsF não importa mais, EU PRECISO ESTAR AQUI ANO QUE VEM."<br /><br />NÃO PAREM! NÃO DESISTAM! AMANHÃ VAI SER MAIOR!</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">--------------------</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Moyses:</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Bandidos pagos e ação de extermínio da pm.</span><br style="background-color: white; line-height: 18px;" /><br style="background-color: white; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Quando cheguei na manifestação de hj, já fiquei apavorado ao presenciar uma violência louca. Várias pessoas gritando ali na Candelária, "fora partidos". Até aí, considero que é uma ação que vem com a insatisfação da população contra os partidos safados.</span><br style="background-color: white; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Só que vi gente com megafone gritando essas coisas. gente bem com cara de famélico, que não é bem gen</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 18px;">te com uma puta articulação política para discordar de partidos.<br />E aí veio a primeira cena de terror.<br />Uma massa, de gente que visivelmente foi pra lá para causar confusão, foi pra cima e baixaram a porrada em várias pessoas com bandeiras da CUT. Mulheres, pessoas idosas, qq um que estivesse perto dessa turma (que foi em todas as passeatas anteriores) era agredido. Não era uma agressão verbal, era porrada.<br />Isso foi ali na frente da agência do Banco do Brasil.<br /><br />Avisei a várias pessoas sobre o que tinha acontecido, e vi que grupos estavam se formando de forma calculada para bater nas "pessoas de partidos".<br />Fui caminhando com um amigo, o Marcos Pereira Bezerra. Marcão é esperto, disse na hora que tb tinha visto vários grupos estranhos.<br /><br />Começamos a andar na direção da Zona Norte. E encontramos um grupo enorme de gente de ongs, escolas, d.a.s das universidades, sindicatos.<br />Enfim, a esquerda. Muitas caras conhecidas, tudo tranquilo.<br />Muita gente passava e cantava (tinha um carro de som) e tinha gente tb que vaiava. Até aí, tudo bem.<br />Mas chegou uma hora onde uma galera (do mesmo que tinha atacado a CUT) que começou a provocar. Xingar, chamar pra porrada e tals.<br /><br />Andamos dois quarteirões bem tensos. E aí fudeu.<br />Gente com megafone, paus, pedras e bombas.<br /><br />A porrada comeu, sabe 40 contra 100 ou mais? O grupo atacava sem distinção, idosos, mulheres (de escola, tipo Pedro segundo), universitários... toda a turma da esquerdas organizadas.<br />Muita, muita porrada. A formação que defendia as esquerdas levava, dava e tinha uma turma do deixa disso mas teve um hora na qual a galera se dispersou. Muitas, muitas bombas em cima da gente.<br />Bomba mesmo, com fogo e fragmentos. A galera começava a cair, ferida e era arrebentada por 5, 10 ou mais. Saí na porrada com vários, uma coisa que nem dá para descrever.<br /><br />Sem contar que vi dois deles ligando no celular pedindo que mais "colegas" chegassem na área pra bater mais.<br />Isso até encontrar 3 pms em motos, os marginais afinaram. E um deles me disse que a pm "tinha o deles".<br /><br />Para que vcs tenham uma ideia, a turma dispersou até depois do Elevado. e com gente correndo atrás deles.<br />Para que vcs tenham uma ideia, vi gente da organização correndo e dizendo "foge Moyses, pq eles vão invadir a prefeitura já".<br />Corri para avisar quem ainda estava de bobeira na frente do piranhão, e o resto vcs sabem.<br />Só que não foi um grupo de "manifestantes radicais", "anarquistas" ou qq coisa parecida. Foi calculado, marcado e bem organizado.<br />Voltei com vários hematomas. Mas graças à "roda" estou bem.<br />E ainda tem esse massacre rolando no Centro, por conta da ferocidade da pm. Gente sendo agredida nos bares, nas universidades e nas ruas.<br />Uma noite trágica para a nossa cidade.<br />Quem é que está interessado na dispersão das passeatas?<br />Quem é que está interessado na criminalização das esquerdas? Pq isso só apareceu agora, nessa semana?<br />Pq a pm não foi pra cima dos bandidos, ficou quieta em várias ocasiões?<br />E pq a pm persegue de forma implacável a organização pacífica do evento de hj e está invadindo hospitais, bares e universidades para arrebentar com todo mundo?<br /><br />Sem teorias conspiratórias. Mas só pode ser coisa dos setores do poder. Ou seja, a direita.<br />Essa história que essa polarização acabou, nada. Aí é que vc vê como é que a direita existe e tem um poder autoritário tinindo.</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">----------------------</span></span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Marcelo</span></span></div>
<div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span><br />
<div class="clearfix mbs pbs _1_m" style="background-color: white; border: 0px; line-height: 14px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; zoom: 1;">
<div class="_3dp _29k" style="display: table-cell; vertical-align: top; width: 10000px;">
<h5 class="_1_s" data-ft="{"tn":"C"}" style="font-weight: normal; line-height: 16px; margin: 4px 51px 1px 0px; padding: 0px;">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<span class="fcg"></span></span></span></h5>
</div>
</div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span></span>
<div class="_wk shareUnit attachmentUnit" style="background-color: white; border-left-color: rgb(211, 215, 220); border-left-style: solid; border-left-width: 2px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 12px 2px; padding: 5px 0px 5px 8px;">
<div class="_1x1" style="margin: 15px 0px; padding: 0px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_51c49da03fbf00468180244" style="display: inline;">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span data-ft="{"tn":"K"}">Acabei de chegar em casa, ligar a tv e ler os jornais online. Como absolutamente TUDO que está sendo reportado parece tão distante da realidade vou tentar explicar um pouco do que foi a passeta hoje pra quem não foi.<br /><br />Estava uma festa, todos andando em paz na direção da prefeitura. Eu estava com a Fernanda, na sua primeira manifestação. Durante todo o trajeto, não houve atos de vandalismo. A parti<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">r de um ponto, todos pararam. Viu-se a fumaça das bombas. As pessoas começaram a voltar. Devagar. Caminhando de volta para a Candelaria. Mais bombas. As pessoas se aglomeravam perigosamente, tentanto ir embora.<br /><br />Ainda não havia atos de vandalismo. Mesmo disperçada a manifestação legitima, garantida na constituição deste pais, a PMRJ resolveu seguir os cidadãos que neste momento só pensavam em ir embora dali. As pessoas tentavam acalmar umas às outras para evitar um corre corre que transformaria a situação em uma tragedia. A PM alcançou a multidão que tentava sair dali e jogou mais bombas e mais gás. Algumas pessoas começaram a reagir e a quebrar as coisas.<br /><br />Nesta hora, eu e a Fernanda nos adiantamos um pouco mais e tentamos sair por uma rua lateral. Chegando lá, e digo novamente, não havia vandalismo naquele local, a policia tinha fechado as ruas transversais e jogava gas lacrimogenio em quem queria sair. Na transversal seguinte, a mesma coisa. Isso não era perto da prefeitura, isso não era perto de nenhum tipo de vandalismo.<br /><br />O objetivo da policia não foi em nenhum momento dispersar tumulto. A manifestação ja tinha terminado. O objetivo dessa operação de guerra foi vingar o protesto na Alerj. Foi botar medo na população ao atacar não os radicais mas as familias que estavam do meio pro final da passeata. A PM jogou bomba até no onibus que estava saindo do centro, levando pessoas que só queriam sair dali. Jogaram bomba no Souza Aguiar.<br /><br />Ficou claro que o Estado vê o povo como um inimigo. E eu quero que fique muito claro que o que está aparecendo nas TVs e nos jornais não condiz com a realidade do que ocorreu ali. A policia não reagiu a nada. A policia atacou a manifestação. Atacou a mim, atacou a Fernanda. Atacou todos os cidadãos de bem que sairam as ruas nessa noite.</span></span></span></span></div>
</div>
<div class="_wk">
<div class="text_exposed_root text_exposed" style="display: inline;">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></span></span></div>
</div>
<div class="_wk">
<div class="text_exposed_root text_exposed" style="display: inline;">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></span></span></div>
</div>
<div class="_wk">
<div class="text_exposed_root text_exposed" style="display: inline;">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;">-------</span></span></span></span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></span></span>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></span></span>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="background-color: white; color: grey; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">NOTA DO PSTU-RJ - 20/6/2013</span><br style="background-color: white; color: grey; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;" /><span style="background-color: white; color: grey; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">Ato reúne mais de 300 mil pessoas, apesar da redução das tarifas por Paes e Cabral, mostrando que os setores mobilizados reivindicam mais do que os R$0,20 de diminuição.</span><br style="background-color: white; color: grey; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;" /><br style="background-color: white; color: grey; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;" /><span style="background-color: white; color: grey; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">De tanto insuflar a massa, a burguesia e os grandes meios de comunicação conseguiram seu intento: dividiram a manifestaçã</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: grey; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">o e vão terminar por descreditar a luta justa da classe trabalhadora e juventude!<br /><br />Por volta das 15:30, os militantes dos movimentos sociais, entidades estudantis e partidos de esquerda se reuniram no Largo de São Francisco, para formar uma coluna unificada e participar do ato de forma pacífica, com suas bandeiras e faixas, mostrando que os verdadeiros inimigos são os governos Cabral, Paes e Dilma.<br /><br />Seguiram pela rua Uruguaiana e, ao virar na Av. Presidente Vargas, diversas pessoas dos assim chamados "sem-partido" começaram a vaiar e a hostilizar a coluna, mais ainda sem nenhum confronto.<br /><br />Pouco depois, cerca de 500 metros dali, a questão tornou-se bem mais séria. Na retaguarda da coluna, formou-se um grande grupo de provocadores, formado principalmente por homens, a maioria mascarados e sem cartazes. A partir desse momento, a apreensão e o temor de agressão por parte de provocadores se instalou na coluna.<br /><br />As provocações foram aumentando, apesar do esforço de diversos ativistas, que tentavam acalmar os ânimos e impedir os provocadores de iniciar alguma agressão. Quando a coluna aproximou-se da Central do Brasil, aqueles que tentavam apaziguar não aguentaram a pressão dos provocadores e terminaram por retirar-se, o que piorou a situação e levou a alguns conflitos físicos.<br /><br />Na altura da Praça XI, o conflito se generalizou, quando o grupo de provocadores conseguiu romper o bloqueio que foi feito na retaguarda da coluna. A partir desse momento, houveram diversas brigas, com vários militantes agredidos e diversos feridos, alguns com gravidade. Fomos barbaramente agredidos, levando mais de 15 pessoas a hospitais próximos. Houve lançamento de bombas, pedras e os mastros das bandeiras que foram roubadas pelo grupo de agressores.<br /><br />Nesse momento, percebendo que poderia haver um conflito maior, a esquerda como um todo cerrou fileiras. Militantes do PSTU, PCB, PSOL, PCR e até mesmo do PT e PC do B uniram-se em defesa dos movimentos sociais, entidades estudantis e sindicais e das pessoas que vieram ao ato portando suas bandeiras vermelhas e faixas de protesto.<br /><br />Após um novo confronto generalizado, o ato dispersou-se completamente ao chegar na Prefeitura, dado o clima de tensão e medo que tomou conta das pessoas. Afortunadamente, neste momento, mesmo havendo correria, a coisa se acalmou um pouco, pois os provocadores dirigiram-se à prefeitura.<br /><br />O PSTU Rio de Janeiro afirma publicamente que nenhuma agressão partiu dos militantes da esquerda, mas sim veio dos provocadores, que só podemos entender que não pertenciam aos que vieram protestar pacificamente, mas a grupos fascistas e a policiais inflitrados no ato.<br /><br />Afirmamos também que sempre buscamos a unidade daqueles que lutam, estando presentes nas plenárias e fóruns de preparação dos atos, que sempre respeitamos a todos os setores honestos e combativos, presentes na manifestação, e que não recuaremos perante nenhuma agressão fascista, policial ou de marginais infiltrados.<br /><br />Da redação do Rio de Janeiro</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="line-height: 1.38;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span></span></div>
Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-2531966314695767272013-06-21T15:02:00.000-03:002013-06-21T16:35:21.260-03:00Compilação de Videos - Protestos Rio de Janeiro 20/06/2013Vou continuar acrescentando videos ao longo do dia
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/4-MzdMMlwyw" width="480"></iframe><p>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/pTPnpSpc0xI" width="480"></iframe><p>
<span style="color: black;"><a href="http://www.blogger.com/"></a><span id="goog_408855715"></span><span id="goog_408855716"></span><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/HUHpftx13FI" width="480"></iframe></span><br />
<span style="color: black;"><br /></span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/d9dbzVbGbsc" width="480"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/3lyt04PeUZc" width="480"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/-NJiMD9DQ6Q" width="480"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/HeTQqE13Vg4" width="459"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/MNnOaD37lt4" width="480"></iframe><br />
<br />
http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/batalha-campal-em-frente-a-prefeitura-do-rio-parte-ii/2646487/<br />
<br />
Uma compilação<br />
<br />
https://www.youtube.com/watch?v=3NLIZZ0MvjQ&list=PLplxrkSJzrJINgrunOS3Kfx9KqeUTPn5e<br />
<br />Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-84432157442223316952013-06-21T14:33:00.001-03:002013-06-21T17:33:38.830-03:00Relatos de uma guerra<span style="color: #37404e; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">Para quem não sabe ou está entrando aqui depois de algum tempo e já esqueceu, ontem foi o dia em que a policia atirou contra e prendeu indiscriminadamente a população do Rio durante a manifestação inicialmente Pacífica. Passei a noite lendo relatos de amigos e agora publico na íntegra os primeiros.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">---</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br class="Apple-interchange-newline" />Querid@s Amig@s,</span><br />
<br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Ainda estou processando a barbárie que foi ontem. Para mim, que não viveu a repressão da ditadura de perto, que mesmo nos meus anos de movimento estudantil jamais se sentiu correndo risco de vida, ontem foi um dia de tristeza, em que pude, ainda que guardando as devidas proporções, sentir o que é ter a voz calada e o seu direito democrático de se manifestar, de ir e vir, cerceado</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> por uma brutalidade injustificável.<br /><br />Estive na manifestação até chegar às imediações da prefeitura, ali na Leopoldina. O clima era de festa. Havia muitas bandeiras diferentes. As pessoas saiam para celebrar a vitória conquistada nos últimos dias, cientes de que a luta apenas está começando. Em certo sentido, me preocupava ver que um nacionalismo fascista brotava nos cânticos, nas caras pintadas, nos hinos cantados. Viam-se cartazes com capas da Veja, mas também se via cartazes com bandeiras efetivas de luta, como a melhoria do transporte público, educação e saúde.<br /><br />Meus sentimentos estavam um pouco desencontrados, porque a sensação que dava era que, de repente, ali era palco de uma diversidade de pautas e desejos que refletia a falta de liderança política e de foco das mobilizações que foram crescendo nos últimos dias.<br /><br />Ao chegar ali, a quantidade de pessoas era tal que eu resolvi ir caminhando em direção à minha casa. Eram 19:30. Caminhei, cheguei até a Lapa. Na Francisco Moratori resolvemos, eu e o <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000179340180&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/fogaca.guilherme?directed_target_id=0" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Guilherme Fogaca</a>, parar para tomar uma cerveja e conversar sobre o que tínhamos visto e ouvido. Nossas impressões e reflexões para os próximos dias. Pouco a pouco outros companheiros de luta foram chegando também. Amigos de militância do movimento estudantil. O clima era de reflexão e descontração. Às 20:45 comecei a receber ligações e mensagens no celular de amigos, que preocupados, contavam que a prefeitura tinha se transformado em um campo de guerra e que as coisas estavam muito, mas muito tensas. Já perto de casa, na subida de Santa, lhes tranquilizava dizendo que tudo estava bem.<br /><br />É claro, que a essa altura, não entendi exatamente porque passavam pela Riachuelo carros e carros da tropa de choque, cavalaria da PM, muitas, várias, incontáveis, em direção à Glória. Era estranho pensar que, se a confusão estava lá na prefeitura, porque aquele contingente de policias se dirigia para o outro lado. Não tardou muito para que eu tivesse a resposta.<br /><br />Por volta das 22hs vemos uma avalanche de pessoas correndo em direção ao bar em que estávamos. Pessoas pediam calma e mesmo assim a galera continuava correndo desesperada. De repente, chega a tropa de choque e começa a jogar bombas para dentro da rua. Todos nós que estávamos ali, sem entender absolutamente nada, entramos desesperados para dentro do bar que fechou as suas portas com todos lá dentro. Eu nunca tinha tomado uma bomba de gás lacrimogêneo na vida. E, mesmo ela tendo sido jogada a uma distancia razoável de onde estávamos, os seus efeitos não tardaram a contaminar a todos. Gente chorando, passando mal. Medo!<br /><br />Saíamos do bar para ver o que estava acontecendo e a cena era realmente de estado de exceção. Pessoas sendo perseguidas pela Riachuelo, pela Lapa inteira. Estávamos sendo caçados, não importando se tínhamos às mãos para o alto, se não resistíamos a abordagem truculenta da policia.<br /><br />Entendi que aquilo ia tomar proporções piores e resolvi ir pra casa, a pé, subindo Santa Teresa. Quando cheguei na Joaquim Murtinho, para minha surpresa, havia um carro da PM fechando a passagem para as pessoas que, desesperadas, procuravam refugio. Ninguém podia passar. Queriam deixar todo mundo ali, para serem caçados como bichos. Fui abordada e tive que dar meu nome e endereço, dizer que era moradora e, só depois disso, pude passar na barreira policial montada e ir para minha casa.<br />No meio disso tudo, pessoas revoltadas com a ação da policia e inflamadas pelo discurso da grande mídia que tem tentado todos os dias pautar as manifestações na direção de golpe contra o governo do PT que, sim, tem problemas, como todos os governos tiveram, mas está ali legitimamente e democraticamente pela vontade do povo. Esse parêntese é importante ser feito, voltavam já encapuzadas chamando as pessoas para a “luta”, para o “confronto”.<br /><br />- Vem povo brasileiro, vamos pra luta.<br /><br />Um arrepio percorreu todo o meu corpo ao ouvir aquilo. Não compreendia como, de repente, um momento histórico de mobilização social estava se transformando em uma guerra nacionalista vazia e sem propósito algum.<br />Hoje, a capa do O Globo tenta desesperadamente costurar a mudança política que tando a direita deseja. Uma direita que nem como oposição consegue se organizar, que nas urnas não conseguiu, nesses quase 12 anos de governo do PT, ganhar legitimamente nas urnas. Temos e, sei que para muitos isso pode não fazer sentido ou pode ser que considerem ir contra todas as mobilizações que foram feitas, desesperadamente dizer que estamos aqui exigindo direitos e não mudança de governo via golpe. Se está criando o pretexto que a direita precisa para criar um estado de exceção que permita revivermos passagens das nossas história que sim, não podem ser esquecidas, porém, não podem se repetir nunca mais.<br /><br />Tá na hora da gente sair às ruas para apoiar a democracia do país e dizer que as bandeiras são muitas, mas todos nós defendemos a democracia conseguida depois de anos de repressão e luta. Não vamos tolerar ser massa de manobra, não vamos tolerar que essa mobilização social tão bonita seja a justificativa para que fascistas subam novamente ao poder.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">--Bruna--</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">---</span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Vamos lá... vamos começar com a prática da polícia na Pres. Vargas hoje. O helicóptero da polícia foi da prefeitura até a candelária apagando poste a poste de luz. Iluminavam as fotocélulas dos postes com aquela luz forte de perseguição. Ao apagar a Pres. Vargas inteira propositalmente (não dá pra sem querer apagar a Pres. Vargas inteira) se deu o ataque da polícia contra os manifestantes no breu.</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> A ação da tropa de choque não teve a intenção de dispersar o movimento e sim de encurralar as pessoas e fazê-las se arrepender de ter saído para as ruas. Ao final, não havia nenhuma saída desbloqueada, a cada rua que entrávamos, já haviam manifestantes correndo de volta e gritando: "o choque está vindo por lá" e respondíamos "o choque também está vindo por lá" então andávamos mais rápido fugindo por onde conseguíamos passar antes do choque (que estava sempre chegando). O clima estava muito tenso. Finalmente, a multidão foi encurralada na Primeiro de Março. Me vi fugindo de todos os lugares até perceber que não havia para onde fugir. Chegavam pela Primeiro de Março por trás e pela frente, pelas ruelas do centro só se via gás lacrimogêneo e pessoas voltando correndo. Nessa hora, estar com a câmera fez a diferença. Resolvi cruzar as tropas de choque em meio a muito gás, levantando as mãos com a câmera pedindo passagem. Cruzei uns 30 escudos que faziam uma barreira impenetrável com a câmera virada para baixo e a mão virada para cima, pois os poucos que os filmavam eram repreendidos e ameaçados. Nesse momento vi que diante da tropa de choque só fica quem tem muita coragem! Beira a falta de amor próprio. Passei com o rosto muito ardido (a Praça XV era só gás lacrimogêneo, não havia nem um lugar sem gás) os olhos eu quase não conseguia abrir. Eu era um alvo fácil. Não fui atingido. Foi quando pensei, ganhei uma segunda chance de ir embora e não vou desperdiçá-la. Encontrei um táxi livre, entrei e fui. Até o táxi ficou por uns 10 min tentando sair do miolo da confusão. Nessa quinta-feira, a polícia não controlou a manifestação, o que aconteceu foi terrorismo. Quem não estava lá imagine: as ruas completamente escuras, um breu, barulhos muito altos de bombas sem parar, uma atrás da outra, gás para todo lado, tiros incessantes. Foi uma guerra! Hoje a população enfrentou a fúria da polícia, eles agiram com raiva! O procedimento não foi nada técnico, nada racional, foi puramente emocional. Quem são os bandidos dessa história? Que porra de ordem foi dada a polícia para que agissem dessa maneira? Eu imagino... "espera a primeira pedra, aí vocês podem fazer o que sabem muito bem... tocar o terror e começar a guerra!" Só faltou o helicóptero tocar "As Valquírias" de Wagner.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Sobre os manifestantes... ficou muito claro para mim que tinha todo tipo de manifestante nas ruas. A grande maioria foi para reivindicar direitos e levantar cartazes bacanas. Enrolados na bandeira do Brasil, com a cara pintada estavam cheios de vontade de fazer política (o que falta até nos políticos). Tinham também os manifestantes irracionais, estes (que todos viram nas TVs), me pareceu, que era<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">m oriundos de lugares diferentes, mas todos com muita raiva e muita coragem. O intuito principal era depredar tudo que viam. Vidros eram o alvo mais querido. Para eles, nada era mais prazeroso que estilhaçar os vidros ao redor com pedradas e madeiradas. A cada estilhaço era uma comemoração. O fogo no lixo era uma medida automática ao entrar em qualquer rua. Deixavam fogueiras a cada 50 metros percorridos. Gravando tudo, perto de todos estava eu me perguntando, será que vou continuar sem problemas na linha de frente? Como que respondendo a minha pergunta a mim mesmo, se aproxima de mim um cara forte, média de 40 anos, com um pedaço de madeira pontiagudo apontado para mim e falou: "vamos parar de filmar essa porra agora!? vamos parar agora com essa porra, caralho!?". Eu, lógico, mais do que rapidamente saí fora falando "parei, parei". Saí olhando para trás e sempre que olhava via o cara com aquela parada na mão ainda verificando se eu ia parar mesmo. Parti batido para longe daquela frente, pensando: "que porra de cara era esse? que filho da puta, me botou pra correr". Estou até agora sem saber se o cara era um bandido ou um p2. Fato é que o cara tem experiência em botar o terror em alguém. Não me assusto fácil, o recado do cara foi direto. Uma ameaça para ninguém botar defeito. Funcionou direitinho, não consegui filmar o fdp e me senti um covarde, mas continuo vivo e sem ferimentos. Isso foi numa rua perto do sambódromo que dava acesso ao miolo do Estácio. Cerca de 15 minutos depois, eu estava andando numa boa com os manifestantes pela Rua da Carioca, em direção à Av. Rio Branco quando vi a galera abrir um espaço meio correndo, meio andando rápido. Olhei para a rua e lá estavam uns 10 caras, entre eles alguns moleques que aparentavam ter uns 16 anos ou menos e outros maiores de 25 a 35 anos, pelo que me pareceu. Eles andavam quebrando tudo que podiam, derrubando tudo que estava em pé. Os poucos ônibus que passavam devagar pela Rua da Carioca eram acertados por madeirada e pedrada. Parecia o clipe do Justice, "Stress", só que eles estavam sem camisa, alguns descalços. Continuei andando normalmente sem gravar. Ouvi alguém recriminando a depredação dos caras (como vi acontecer durante toda a manifestação) e um deles ma mesma hora voltou gritando: "vai tomar no cú, é vocês que recebem os fdp na favela? nós não tamo roubando vocês! tamo devolvendo o que eles fazem com nós quando sobem a favela" (foi mais ou menos isso) e se juntou novamente com os amigos já quebrando um vidro e comemorando com os outros seus atos. Pensei em gravar, mas novamente, preferi me manter ileso e fingi que nada estava acontecendo. Eu estava com a câmera na mão. Depois dessas duas situações, vi que a democracia tem seus pontos fracos. Por causa de grupos assim a polícia age com violência. O que tira a razão da PM é que ela coloca todo o resto no mesmo saco e manda bala! Fico pensando se é tão difícil assim realizar ações pontuais para evitar que todos paguem o preço. Me parece uma questão de inteligência e preparo. São todos vítimas da falta de educação, mas todos culpados e responsáveis pelos seus atos.</span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;">--Marcelo--</span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;">----------------------------</span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;">Saímos da manifestação cansados (somos da velha guarda) e paramos num pé sujo na Rua do Riachuelo para descansar e tomar uma cerveja. Tava tudo calmo, não havia aglomeração, movimento, faixas, protestos, nada! De repente a confusão começou sei lá como, fumaça e gás lacrimogêneo, pessoas chorando machucadas, corremos e subimos as escadas para a Rua Paula Matos. Lá embaixo as motos da tropa de choque passavam correndo... o mesmo aconteceu em vários outros pontos nos arredores da manifestação: pessoas que já estava indo embora sendo alvo de bolas de borracha e gás lacrimogêneo. Qual o sentido de tamanha repressão? Isso é uso abusivo de força policial!</span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;">--Fatima--</span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;">---------------------------</span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<em>Pedro Aguiar, 20/6/2013</em></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Devo ser de uma geração privilegiada. Levar a primeira bomba de gás lacrimogêneo na cara aos 31 anos de idade é uma espécie de perda de virgindade tardia. Uma virgindade política, ética, social, acordando para o senso de comunidade que nos faz humanos. Essa virgindade nós perdemos hoje.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Eu estava lá. Era um das centenas de milhares milhão de cariocas que tomaram toda a longa e larga Avenida Presidente Vargas. Com meu irmão e amigos, percorri aqueles quilômetros empunhando uma bandeirinha da Turquia e um cartaz que dizia "Se o busão aumentar, vou de Taksim", em referência à praça em Istambul, onde estive algumas vezes, que sofreu pesada repressão em protestos recentes.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Neles, segundo contavam meus amigos turcos por um aplicativo de chat enquanto eu caminhava na manifestação, quatro pessoas morreram esta semana e gás lacrimogêneo era lançado em larga escala, por helicópteros. Uma amiga enfermeira de um hospital perto da Taksim relatou que vários manifestantes deram entrada com queimaduras na pele. Boatos entre eles dizem que a polícia turca misturou produtos tóxicos na água lançada em jatos contra a multidão. A mídia da Turquia, como se tem dito, está silenciosa sobre esses abusos.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Ao mesmo tempo, helicópteros sobrevoavam a gente na avenida, enquanto chegávamos à Praça Onze, perto da sede administrativa da Prefeitura. Nesse momento, as luzes dos postes se apagaram e helicópteros com holofotes deram rasantes sobre a multidão, tão baixo que dava pra ler nitidamente a identificação da Polícia Militar. O estouro de bombas já era ouvido mais à frente.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
A intimidação funcionou. A multidão começou a retroceder. Mesmo com os gritos da militância para não recuar, para não dispersar, a gente ouvia que, se estavam assustando daquele jeito, era porque estavam dispostos a pegar pesado.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
De fato, pegaram. Meu pequeno grupo desistiu de alcançar a estação de metrô da Praça Onze e conseguiu cortar caminho pela rua Marquês de Pombal. Essa via curtinha tem apenas duas calçadas: a da direita é o quartel do Batalhão de Choque; a da esquerda, a redação do jornal <em>O Globo</em>. Já num ambiente bem mais calmo, ao lado de outras dezenas, paramos num bar de esquina cuja TV ligada mostrava as manifestações no resto do país. Fogo em Brasília, tumulto em Goiânia, porrada em Salvador e a bomba de gás lacrimogêneo explodiu do meu lado sem aviso prévio.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
O Choque tinha virado a esquina de repente.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Corremos. Só que, do lado oposto, outra tropa fechou a rua, também jogando bombas de gás no sentido contrário. Ficamos cercados. A máscara antisséptica, que estava no bolso sem a menor convicção de que precisaria usar, foi útil nessa hora. E o vinagre embevecido nela me ajudou a respirar e conseguir abrir os olhos apenas para enxergar onde pisava. Acompanhamos as outras pessoas da rua, em pânico, até um portão de ferro que eu conhecia muito bem. Anos antes, passei várias vezes por ele ao entrar e sair de meu estágio n'<em>O Globo</em>. E vi como ele era emblemático quando pessoas da manifestação esmurraram-no e tentaram arrombá-lo, implorando por refúgio aos ouvidos indiferentes dos seguranças. Eles protegiam os jornalistas, como eu, que fazem o trabalho da imprensa dentro da redação envidraçada, com isolamento acústico e ar condicionado. O gás e os estouros não chegam nesse ambiente. Ficam só para quem está onde eu estava. Lá dentro, os colegas. Cá fora, os companheiros.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
As bombas pararam e um comboio de carros e ambulâncias dos bombeiros percorreu a rua na contramão. Pensei, na hora, que a função do gás tinha sido apenas "limpar" a rua para facilitar a passagem. Não tínhamos feito nada além de estar no caminho. Havia outros meios de se fazer isso? Claro, havia. Mas pra quê, né?</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Chorar lágrimas de efeito moral tem todo um outro significado.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Elas são tão reais quanto as lágrimas da emoção de ver os outros cidadãos ainda mobilizados, mesmo depois da revogação do aumento das passagens. Como foi dito desde o início, não era só por 20 centavos. Era a demonstração de força da pressão popular, quando mobilizada, articulada e com propósitos definidos.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Claro que estão bem definidos. Por mais que tente haver sequestro da pauta de reivindicações, tanto à esquerda quanto à direita, os manifestantes têm claro na cabeça o que exigem. É contra a gritante diferença entre os recursos contidos em educação e saúde e as torneiras abertas para obras de estádios e urbanização para futura especulação. É contra É contra ainda o discurso do "vamos baixar a passagem, mas pra isso temos que tirar de outras áreas", ofensivo à inteligência da população. Os partidos que tentam empunhar bandeiras para aparecer em imagens futuras são constrangidos a sair. Os bordões inculcados pela grande mídia são ridicularizados. Quem está na rua não quer impeachment da Dilma, não quer insistir no "mensalão", não quer derrubar a PEC-37. Essas bandeiras não são nossas. É preciso ouvir o que temos a dizer em vez de nos fazer dizer outra coisa.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
Esta noite, deixamos de ser virgens politicamente. Já provamos na carne que não era mito a força coletiva dos cidadãos mobilizados. O povo não precisa derrubar o governo; basta saber que pode. A "revolução brasileira" é um fato que nunca houve. As revoluções americana, francesa, russa, chinesa, ajudaram a mudar o mundo e a moldar o caráter dessas sociedades. Nenhum desses países foi mais "inocente" desde seus processos revolucionários. Nós, brasileiros, talvez estejamos hoje saindo da infância do nosso Estado-nação e entrando na turbulenta adolescência. Bom pra nós.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"></span></span><br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
E uma coisa eu posso dizer, de testemunho próprio: vinagre adianta. Muito.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
-------</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">Acabei de chegar da passeata. A manifestacao foi SUPER tranquila. Cheguei as 16:40 na Cinelandia, andei ate a Candelaria, fiquei la na concentracao, e comecamos a descer a Rio Branco. Nao vi um so problema. Ja mais para perto da Cinelandia, teve um babaca que comecou a pixar um ponto de onibus e foi vaiado pacas. O pessoal estava realmente atento para esses atos, e pediam para os que tivessem subi</span><span class="text_exposed_show" style="color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;">do em pontos de onibus, bancas de jornal ou janelas de predios historicos que descessem. Foi assim ate o final, quando chegamos na Cinelandia. Quando estava indo embora, ouvi rumores de que estava comecando uma confusao na Alerj, e vi imagens de um carro virado, pegando fogo, sem ninguem em volta. Milhares de pessoas se manifestaram em paz por varias horas, sem nenhum incidente. Um par de imbecis faz merda nos 45 minutos do segundo tempo, e eh essa a imagem que a midia mostra? Essa imagem nao representa o que foi a passeata.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span class="text_exposed_show" style="color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span class="text_exposed_show" style="color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;">--Diogo--</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span class="text_exposed_show" style="color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span class="text_exposed_show" style="color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;">--------</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 17px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 17px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">gritaria de "não violência" na minha rua!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">to ouvindo bomba daqui de casa....helicóptero até não poder mais!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">--Raquel--</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">--------</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="background-color: #fafbfb; line-height: 14px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">o BOPE acabou de passar aqui na rua dando tiro nas pessoas</span></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="background-color: #fafbfb; line-height: 14px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">e os caras rindo pra caraleo, como se tivessem jogando counter strike</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">estamos em guerra...</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">--Vanessa--</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">-------</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;">RIO: Moradores em Laranjeiras relatam excessos da polícia</span><br />
<span style="line-height: 18px;">23h14</span><br />
<span style="line-height: 18px;">Moradores da Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, estão relatando excessos da atuação policial na região. Um porteiro de um prédio de esquina com a Rua Coelho Neto contou que foi atingido perto do olho, por estilhaços de uma bomba de efeito moral, apesar de não haver manifestantes na região. Pessoas estão descendo dos prédios e reclamando da ação da PM.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;">--Daniel--</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;">-------</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">Poderosos cariocas tomaram a cidade! Lindo d+! Porém a cidade tem criminosos espalhados, se são pagos ou não, dão medo. Depois de uma hora de caminhada, bombas esporádicas estouravam nas laterais e pequenos grupos de ladrões rodavam os manifestantes. Eles sabiam do trajeto, pq não podiam colocar algumas viaturas? Depois vejo imagens de ladroes roubando o comércio. Essa violência não é gratuita.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;">--Priscila--</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span></div>
Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-41951856812183555262012-07-16T14:44:00.003-03:002012-07-17T14:47:25.094-03:00Sou uma mulher feminista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://thoughtsonliberty.com/files/2010/08/Feminism-Radical-Notion-Button-0362.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<a href="http://suitesculturelles.files.wordpress.com/2011/02/feminist11.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://suitesculturelles.files.wordpress.com/2011/02/feminist11.jpg" width="199" /></a>Por algum motivo, toda vez que eu me exponho dessa forma, pessoas ao meu redor, amigos até mesmo próximos, se espantam, duvidam, entram em negação. Como se fosse uma coisa impossível que eu, amiga deles, pessoa bacana, seja feminista. É quase como se eles descobrissem, subtamente, que faço parte de um grupo neo-nazista, ou terrorista ou algo assim. Eles gritam: "Você não! Eu não posso ser amigo(a) de uma feminista!" "Você é legal! Apesar de lésbica, não odeia homens. Não, você não tem nada de feminista!" <br />
<br />
Ai meus amigos… sou feminista desde criancinha. Quando criancinha eu não sabia. Quando adolescente eu comecei a desconfiar de que eu pensava um pouco diferente da maioria e, de um ano pra cá, agora adulta, finalmente me assumi como feminista. E esse simples fato está mudando drasticamente meu modo de ver o mundo e de interagir com ele.<br />
<b><br />Meu feminismo na infância</b><br />
<br />
Eu gostava muito de brincar. Brincar de qualquer coisa. Gostava de boneca e de comandos em ação. Gostava de brincadeira de escritório, de subir em árvore, de montar cavalo, de atirar com flechas, do laboratório de química, de lego, de lutar judô, jogar basquete, álbuns de figurinha de carros velozes e da xuxa, de ler muitos livros e de ter opinião. Talvez muita opinião. Minha mãe sempre disse que eu era "do contra". Contra tudo. E continuo sendo, para o bem e para o mau.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpMKWwnLJJ8St461yUwUaniO-Q-RguA4lJl1E6NB-S4G82F70CsL5qAnfP_cbWIRiy9D_RGS4ry4K4BeNi741CKnCSlc8zY6SjY5pMJE_vh1L5V4BZ6snUNw1KyyJYfD_6M15PyhWcLHcc/s400/GirlsAreStrong.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpMKWwnLJJ8St461yUwUaniO-Q-RguA4lJl1E6NB-S4G82F70CsL5qAnfP_cbWIRiy9D_RGS4ry4K4BeNi741CKnCSlc8zY6SjY5pMJE_vh1L5V4BZ6snUNw1KyyJYfD_6M15PyhWcLHcc/s400/GirlsAreStrong.jpg" /></a>O que há de mau em todas essas coisas que eu gostava na infância?<br />
Bom, sinceramente nada, a meu ver.<br />
Mas muitos amiguinhos não concordavam.<br />
Lego já era brinquedo de menino. Nas brincadeiras na vila da minha avó, eu era rejeitada nos times por ser menina. Mesmo que eu fosse melhor que a maioria deles. Ou talvez até por isso. E os adultos achavam que era normal essa discriminação. Tentavam me explicar.<br />
Desde cedo comecei a ouvir que era lésbica - por conta dos temas das minhas leituras e das minhas coleções de figurinhas. Temas masculinos e que não deveriam ser meus. Coisa de homem.<br />
<br />
Eu não entendia. <br />
Assim como não entendia porque tanto fuzuê com meu irmão mais novo - que gostava de brincar com minhas bonecas.<br />
<br />
<a href="http://thoughtsonliberty.com/files/2010/08/Feminism-Radical-Notion-Button-0362.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<br />
<b> Meu feminismo na adolescência</b><br />
<br />
Um dia eu menstruel. Daí eu fui na farmácia e, sem vergonha nenhuma eu perguntei onde ficavam os absorventes.<br />
Minhas amigas se esconderam atras da pilastra, morrendo de vergonha.<br />
<br />
Demorei a decidir que era obrigada a cobrir os seios. Nunca gostei de soutien.<br />
<br />
Sempre achei que masturbação era uma coisa normal, tanto para meninos como para meninas.<br />
<br />
Ao iniciar minha vida sexual, fui a uma farmácia e, no balcão, pedi camisinhas pra ter na carteira.<br />
Minhas amigas sempre atras da pilastra, escondidas. Morrendo de vergonha. <br />
Eu comprava anticoncepcional e camisinha pra elas. Eu não tinha vergonha.<br />
<br />
Quando uma amiga dizia que estava demorando para ir para a cama com um menino - não porque não quisesse ir (tava morrendo de vontade), mas porque achava que ele só queria isso dela - eu respondia: "Das duas uma: ou ele só quer te comer, ou ele te quer e sexo é parte disso. Por que vcs não vão logo pra cama? Se ele não quiser nada depois, você pára de perder tempo com ele".<br />
<br />
Eu era diferente. Não aceitava que mulher pudesse ser "fácil" e homem "pegador". Eu não escondia de ninguém que tinha vida sexual, que achava ótimo e que não estava nem aí para a opinião alheia sobre o assunto.<br />
<br />
Nunca entendi porque essas coisas eram tabus. Realmente era misterioso pra mim.<br />
<br />
Acho que essa abertura, ou mesmo exposição, me ajudou. Nos meus últimos anos de colégio eu não sofria mais bullying.<br />
<b></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFwN2YcsicamyDbM_P9hlAI2zv3PAB0kRyMvVtGFRAD7O5F7jnd7e_OGGMw5IYkH-nV2Q2DytHoSfEA_gXhS5_eitnTr1X5OIg4wNn1ZxN6N88cbfHKkN0gpmvPdCe-1LIg4iafxdc224e/s1600/feminist3.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFwN2YcsicamyDbM_P9hlAI2zv3PAB0kRyMvVtGFRAD7O5F7jnd7e_OGGMw5IYkH-nV2Q2DytHoSfEA_gXhS5_eitnTr1X5OIg4wNn1ZxN6N88cbfHKkN0gpmvPdCe-1LIg4iafxdc224e/s320/feminist3.gif" width="320" /></a></div>
<br />
<b>Agora, uma adulta feminista</b><br />
<br />
O assunto "discriminação" sempre chamou minha atenção. No passado publiquei <a href="http://bichatrambiqueira.blogspot.ca/2009/04/preconceitos.html">este post</a> sobre preconceito e discriminação movida, principalmente, pelo preconceito contra a minha sexualidade, mas falando do preconceito em geral. Achei que tinha começado a descobrir o que era discriminação quando me assumi lésbica, ou bissexual. Achei que antes eu nunca tinha sido diminuída ou criticada ou sofrido de nenhuma forma.<br />
Não eu, branca, classe média, estudada em colégio particular.<br />
<br />
Ledo engano. <br />
Hoje eu vejo como eu sofria. Ou melhor, como, mesmo sem notar, o machismo sempre fez parte do meu dia a dia.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://thoughtsonliberty.com/files/2010/08/Feminism-Radical-Notion-Button-0362.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://thoughtsonliberty.com/files/2010/08/Feminism-Radical-Notion-Button-0362.jpg" /></a> </div>
<br />
Somos criadas para acreditar que existem comportamentos normais para mulher diferentes dos comportamentos naturais para homens. <br />
Que existem papéis diferentes para os sexos. Que tudo o que foge do padrão é "anti-convencional".<br />
Nos espantam as mulheres no poder.<br />
Nos espantam as mulheres endinheiradas.<br />
As inteligentes, as capazes, as revolucionárias.<br />
Nos espantam personnages fortes nos filmes, nos livres na televisão.<br />
Nós estamos presos à convensão patrialcal de que mulher é "coisa bonita de ser ver", deve "ser pura", "se guardar", "não deve se expôr".<br />
Nós ainda acreditamos que as mulheres não são capazes de liderar, de construir, de ser ambiciosas ou mesmo de amar sexo.<br />
Vivemos em um mundo onde quase um quartto das mulheres já sofreram algum tipo de abuso sexual.<br />
<br />
Pense nisso.<br />
Você, mulher que está lendo isso, sofreu algum abuso sexual?<br />
<br />
Eu sofri.<br />
Mas eu NEM ME DEI CONTA de que era abuso sexual.<br />
<br />
Quantas vezes alguém passou a mão em você sem que você quisesse?<br />
Quantas noticias temos de homens batendo punheta em transporte público, em cinema no meio da praia?<br />
Quantas vezes um homem te perseguiu na rua. Nao precisou fazer nada. A rua era deserta, você estava sozinha e ele acelerou o passo.<br />
Só isso. Mas ISSO te apavorou e você correu. E você achou que seria estuprada.<br />
Quantas vezes você não quis ficar com um cara e ele disse que você era feia, nojenta, riu de você, te diminuiu?<br />
Quantas vezes você foi agarrada a força numa festa, na boate ou na rua, ou no meio do carnaval?<br />
Quantos puxões de cabelo você levou, entre sua infância (fulaninho te bate pq gosta de você) e sua adultisse (o famoso vem ca minha nega) e te machucaram e todo mundo acha que é assim mesmo mas, por algum motivo, isso não parece fazer sentido?<br />
Quantas vezes te "cantaram" na rua, usando palavras ou gestos que te deixaram envergonhada o resto do dia?<br />
Já ouviu alguma história de médico passando a mão onde não devia? <br />
Você já fez sexo "consentido" com alguém achando que a alternativa era o estupro?<br />
Quantas vezes te deram bebida demais para você "relaxar"?<br />
Quantas piadas machistas você tem que ouvir por dia?<br />
Quantos comerciais que denigrem o sexo femenino você vê por minuto?<br />
Até onde vão os direitos que você tem a respeito do prórprio corpo?<br />
Quantos….<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/08/Feminist_Stencil_Graffito_S%C3%A3o_Paulo_March_2012-14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/08/Feminist_Stencil_Graffito_S%C3%A3o_Paulo_March_2012-14.jpg" width="228" /></a></div>
<br />
Se você começa a pensar, a violência contra a mulher está em todo o lugar.<br />
Não é só quando um homem bate, estupra e mata que ele a violenta.<br />
Não é só em países islâmicos, que as mulheres têm negados seus direitos mais básicos.<br />
<br />
A violência é tanta que nós nem percebemos.<br />
Ela está na escola.<br />
Ela está no hospital, na hora do parto.<br />
Ela está na criação de meninos e meninas.<br />
Ela está no ambiente de trabalho.<br />
Ela está no facebook.<br />
No jornal.<br />
Na TV.<br />
<br />
E a gente acha tudo normal.<br />
A gente não vê.<br />
<br />
<br />
O próximo post vai se chamar "<b>Porque o feminismo é importante</b>" e eu vou falar sobre feminismo, não sobre mim, prometo.<br />
<br />
Essa frase foi o título que um amigo meu colocou em um post no facebook. Era um link para um video europeu que deveria ser uma ferramenta para a promoção da carreira cientifica entre as mulheres, mas que foi um tiro no pé.<br />
<br />
Segue o video.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://suitesculturelles.files.wordpress.com/2011/02/feminist11.jpg" imageanchor="1" style="margin-center: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/g032MPrSjFA" width="560"></iframe><br />
<br />
<br />
<br />
<br />Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-27000382261375487432010-10-04T09:39:00.013-03:002010-10-04T15:13:31.360-03:00A Terra da Lua PartidaDe alguns anos para cá é cada vez mais comum vermos filmes sobre poluição, lixo, aquecimento global e o fim do mundo. Tanto documentários quanto grandes produções de Hollywoody nos alertam para o futuro ao qual nossas ações inconsequentes estão nos levando. São muitos os filmes, muitos os alertas, mas parece que estamos sempre vendo mais do mesmo e, aos poucos, esses alertas começam a perder o impacto. No nosso mundo imediatista, parecem previsões de um futuro que nunca chega, que não existe.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://enigmafilmes.com.br/producoes/producoes/nomades_files/stacks_image_79_1.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 253px; height: 171px;" src="http://enigmafilmes.com.br/producoes/producoes/nomades_files/stacks_image_79_1.jpg" alt="" border="0" /></a><br />André Rangel e Marcos Negrão realizaram um filme impactante e de rara delicadeza sobre um grupo muito pequeno de pessoas que vive, já no presente e no seu dia a dia, os dilemas do aquecimento global, de que tanto se fala.<br /><br />No coração do Himaláia, o chefe de uma das últimas tribos nômades da região e seu filho vivem em conflito. O pai quer preservar a tradição, a cultura e a tribo a qualquer custo enquanto seu filho e família querem deixar tudo para trás e se mudar para a cidade.<br /><br />Ao longo do filme entendemos melhor as razões de um e do outro, o funcionamento daquela tribo, como ela é tocada pela tradição religiosa e como as novas tecnologias estão presentes no seu dia a dia. Enquanto acompanhamos o desenrolar da história, podemos perceber um Himalaia muito diferente daquele que vemos na televisão: um deserto frio e seco em constante e rápida transformação.<br /><br />Com a belíssima fotografia de Negrão e a edição quase ficcional de Rangel,<br />A Terra da Lua Partida nos joga no centro da Terra, num lugar frio e distante, para nos levar a uma viagem ao âmago de nós mesmos, da natureza humana e do futuro que estamos construindo.<br /><div class="symVid5"><br />Site oficial: <a href="http://enigmafilmes.com.br/producoes/producoes/nomades.html">http://enigmafilmes.com.br/producoes/producoes/nomades.html</a><source src="http://enigmafilmes.com.br//site/The%20Broken%20Moon/trailers/Trailer1pt_flash.mp4" type="video/mp4"><source src="" type="video/webm"><source src="" type="video/ogg"></div>Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-75962174147821875122010-09-13T22:07:00.002-03:002010-09-14T13:35:52.220-03:00Cabelo demaisTemporariamente no Rio de Janeiro, estou habitando casas de amigos. No momento vivo com 21, amigo das antigas e com quem já morei no passado.<br /><br />A nossa convivência tem sido ótima, a casa é incrível, o quarto, confortável, e a cozinha perfeita para quem gosta de cozinhar. O único problema do apartamento é FDI, a Faxineira Dos Infernos.<br /><br />FDI é ótima faxineira. Perfeccionista, eficiente e pontual. Por isso, duas vezes por mês, limpa a casa de 21 e é também faxineira de seus pais.<br />Porém FDI é crente. Enquanto eu, meus amigos, além de dormir com uma menina e acordar tarde, eu, eu tenho muito cabelo. Grandes desvios descritos na Bíblia de FDI.<br /><br />Antes de mim e D.Mari nos mudarmos pro apartamento, 21 nos alertou sobre a faxineira. Disse para termos paciência. No dia anterior da primeira visita dela à casa, eu havia deixado louça na pia e um recado ao amigo avisando que só não lavara porque sabia da faxina no dia seguinte.<br /><br />21 queimou o recado.<br /><br />Depois de uma madrugada de trabalho, acordamos às 14 horas. FDI nos avalia dos pés a cabeça. D.Mari dá bom dia.<br />FDI responde: Boa tarde.<br />Dá as costas e vai embora.<br /><br />Depois de outra virada de noite acordo com FDI falando no telefone aos berros, no meio do corredor. Peço por favor para falar baixo. Mas já eram 10h da manhã (imaginem vocês) de sábado e não sei se ela achou que eu tinha direito a silêncio.<br />Baixou o tom de voz. Mas não limpou meu quarto, quando saí.<br /><br />Este sábado foi novamente dia de faxina. Desta vez acordamos cedo. Mari levantou antes e, às 10h da manhã, já estava pronta para sair. FDI perguntou: Você está indo trabalhar? Mari respondeu que sim. FDI, em um tom completamente diferente, disse, pela primeira vez: "Então tenha um ótimo dia." acrescentando: "E vá com Deus."<br /><br />Eu, como a grande vagabunda, lésbica e aproveitadora de amigos que sou, levantei meio dia. 21 também havia acabado de acordar (FDI disse à D.Mari - às 9:30h – que era bom que ele levantasse logo porque ela não ia ficar lá esperando pra limpar o quartinho dele). Fiz um café pra nós e batemos um papo rápido sobre a minha saída do apartamento para a casa da próxima amiga. FDI acompanhou a conversa com um sorriso enorme no rosto.<br /><br />FDI esperou 21 se ausentar por um minuto para ter uma conversa séria comigo:<br /><br />- Você tem muito cabelo, não é?<br /><br />- Tenho sim.<br /><br />- É realmente MUITO cabelo.<br /><br />- Eu sei.<br /><br />- E ele cai muito, não é?<br /><br />- Cai sim.<br /><br />- Pela casa inteira.<br /><br />- Pois é. Eu sempre varro, mas sempre tem.<br /><br />- Sempre. Na casa inteira. INTEIRINHA.<br /><br />- Eu sei. A gente perde muito cabelo.<br /><br />- Não. Você perde. A outra tem cabelo curto (a outra acorda cedo para trabalhar LOGO não perde cabelo).<br /><br />- É verdade. Me ter em uma casa é a mesma coisa que ter um cachorro peludo (risos interiores).<br /><br />- É verdade. É a MESMA coisa.<br /><br />(…)<br /><br />Silêncio.<br />O que responder a isso?<br />Decidi terminar o diálogo.<br /><br /><br />- A senhora me desculpa?<br /><br />- Tá bom.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-1143723168708808602010-03-24T22:38:00.003-03:002010-03-24T22:41:54.061-03:00O maravilhoso mundo das máquinasEste texto foi resgatado de um blog antigo meu.<br />Achei-o por acaso e senti necessidade de dividi-lo com algum leitor que apareça por essas bandas.<br /><br />Aí vai:<br /><br /><strong>O maravilhoso mundo das máquinas</strong><br /><br />FAQ, ou Frequently Asked Questions (Perguntas Mais Freqüentes) é o jeito mais odioso de se dizer para alguém: olha só, não vou perder meu tempo com você. Certamente o que você quer saber está em uma das opções abaixo. Se não estiver, é porque você não sabe qual é a sua pergunta. É mais ou menos a mesma coisa que aquelas operadoras eletrônicas de telemarkiting. “Boa tarde. Você ligou para o serviço de atendimento ao cliente. Se deseja dar uma sugestão, aperte 1. Se deseja fazer uma reclamação, aperte 2. Se deseja trocar um produto, aperte 5. Se deseja obter a segunda via de pagamento, digite 9.”<br /><br />A primeira coisa que não dá para entender é a lógica por trás dos números que ela diz. Por que “1”, “2” e depois “5” e “9”? Mas tudo bem. Não vamos questionar isso. Normalmente se você não quer nenhuma dessas opções, como por exemplo, se deseja tirar uma dúvida (o que deveria ser algo perfeitamente normal num SAC – Serviço de atendimento ao cliente), foda-se! (Aliás nada para dificultar mais a vida do cliente que um SAC). Então a única coisa a fazer é pressionar um daqueles números e ver se consegue falar com o atendente. Pois bem. Aperte “1”, por exemplo.<br /><br />Robô: Aguarde um momento.<br /><br />Entra uma músiquinha chata com uma daquelas gravações em que uma paulista explica todos os maravilhosos serviços que a empresa presta a você, cliente. Depois de um pouco a musiquinha pára. Você fica na expectativa. Ok, alguém vai atender do outro lado e vc vai poder perguntar para aquela pessoa porque o produto que você comprou não chegou ainda na sua casa. Então aparece novamente a gravação.<br /><br />Robô: Por favor, grave sua mensagem depois do bip... Pííííí!<br /><br />Que merda! Gravação. Você não fala nada e a ligação cai. Você liga de novo e, selecionando a tecla “2” o problema é o mesmo. Ok, vc pensa, vamos tentar a opção 5.<br /><br />Meu caro amigo, se você já passou por isso suficientes vezes sabe que ele não irão te atender nunca. A não ser que, claro, você não tenha pago algo que eles esperem que pague. Porque aí é interesse deles atender bem a você, cliente especial, que entrou em contato com o maravilhoso SAC deles. Então, se você é esperto, no sentido brasileiro de ser esperto, você não pensa duas vezes. Ligou para o SAC e atendeu uma gravação, digite o número de cobrança que eles vão te atender. É certo.<br /><br />Claro, não sem antes torturar você com aquela maldita musiquinha.<br />Afinal, se você fosse um cliente amigo mesmo, daqueles que valeà pena agradar, daqueles que a gente gosta mesmo de atender e até serve um cafezinho recém-passado, se você é um desses clientes, você não estaria incomodando a galera que tão esforçadamente trabalha no SAC. Você teria guardado bonitinho sua guia até o dia de pagar e teria pago as suas contas direitinho, no dia certo, não é mesmo? Mas você não é tão bom cliente assim. Perdeu a conta. Deixou de pagar. Quer renegociar... ah... vai ficar um tempo esperando aí, com a orelha quente no telefone.<br /><br />Bom, eles bem que gostariam de dizer isso pra você, mas não podem. Então eles avisam que você terá que aguardar um momento, pois todos os atendentes estão ocupados. E lá vem a maldita musiquinha e aquela voz paulista irritante dizendo coisas maravilhosas...<br /><br />PAULISTA: Aguarde um momento, sua ligação já será transferida... Boa tarde! Nós temos o imenso prazer de atendê-lo. Obrigada por escolher a empresa Tal. A empresa Tal se preocupa com seus clientes. Só a empresa Tal oferece o exclusivo o plano de serviços tal, com que o cliente pode contar 24 horas por dia. Nós temos toda uma equipe treinada para te atender melhor. Se você ainda não é cliente Tal, será um imenso prazer recebê-lo em uma de nossas lojas para conversar sobre o plano Tal. Se você já é cliente Tal, aguarde apenas um momento. O cliente Tal é o nosso maior...<br /><br />De repente a gravação para. Você fica feliz. É agora. Vou poder esclarecer minha dúvida.<br />O telefone toca. Alguém do outro lado atende.<br /><br />VOCÊ: Alô???<br /><br />E a musiquinha volta...<br /><br />PAULISTA: (...) com seus clientes. Só a empresa Tal oferece o exclusivo o plano de serviços Tal, com que o cliente pode contar 24 horas por dia. Nós temos toda uma equipe treinada para te atender melhor. Se você ainda não é cliente Tal, será um imenso prazer recebê-lo em uma de nossas lojas para conversar sobre o plano Tal. Se você já é cliente Tal, aguarde apenas um momento. O cliente Tal é o nosso maior bem. Aguarde apenas mais alguns instantes, você já será atendido...<br /><br />Silêncio.<br />Volta a musiquinha. Agora do começo, vamos lá!<br /><br />PAULISTA: Aguarde um momento, sua ligação já será transferida... Boa tarde! Nós temos o imenso prazer de atendê-lo. Obrigada por escolher a empresa Tal. A empresa Tal se preocupa com seus clientes. Só a empresa Tal oferece o exclusivo o plano de serviços tal, com que o cliente pode contar 24 horas...<br /><br />Som de chamada. Dessa vez você não se empolga tanto, afinal sabe que pode ser que seja apenas um alarme falso, mas em vez disso...<br /><br />ATENDENTE: Boa tarde Cliente Tal, atendente Legisneide falando. Em que posso ajudá-lo?<br /><br />VOCÊ: Boa tarde. Eu gostaria de saber por que o produto Tal que eu comprei há 15 dias atrás não chegou aqui ainda...<br /><br />ATENDENTE: Só um momento, por favor...<br /><br />E lá vem a maldita musiquinha de novo. Se você der sorte, a ligação não vai cair nesse momento e você será transferido para o setor onde poderá fazer sua pergunta, se não der sorte...<br /><br />ATENDENTE2 (que tem a mesma voz, mas vc não tem certeza se é o mesmo ou não): Boa tarde Cliente Tal, atendente Edislene falando. Em que posso ajudá-lo?<br /><br />VOCÊ: Boa tarde. Eu gostaria de saber por que o produto Tal que eu comprei há 15 dias atrás não chegou aqui ainda...<br /><br />ATENDENTE2: Pois não, qual o número do código do produto?<br /><br />Claro que você não sabe. E claro que sem isso você vai ter verdadeiros problemas para ser atendido, então a atendente decide torturar você um pouco mais.<br /><br />ATENDENTE2: Por favor, seu nome completo, CPF, Identidade, Cidade, Estado, estado civil e descrição do produto, por favor?<br /><br />Você responde.<br /><br />ATENDENTE2: Qual sua data de nascimento, por favor?<br /><br />Você responde.<br /><br />ATENDENTE2: Em que dia foi efetuada a compra, por favor?<br /><br />Você responde.<br /><br />ATENDENTE2: Só um minuto.<br /><br />Volta a maldita musiquinha. Depois de uns 3 minutos, quando você já pensava em desistir (afinal, o que são 79 reais hoje em dia?), volta a atendente.<br /><br />ATENDENTE2: Só mais um momento, por favor.<br /><br />E vem a musiquinha. Você já não sabe mais o que fazer. Começa a xingar. Eu imagino que a atendente possa ouvir o que você diz. Deve se divertir do outro lado. Deve colocar em viva voz para que os outros possam ouvir também.<br /><br />ATENDENTE2: Obrigado pela espera, senhora. Infelizmente pelos poucos dados que a senhora pode fornecer, não fui capaz de localizar o produto.<br /><br />VOCÊ: Como não? Por que então me fez todas aquelas perguntas? Por que me fez esperar? Por quer não me disse logo que não poderia me ajudar?<br /><br />ATENDENTE2: Sinto muito, senhora. Algo mais?<br /><br />VOCÊ: Eu não fiquei este tempo todo aqui pendurada para não ser atendida. Por favor chame o seu superior.<br /><br />ATENDENTE2: Desculpe senhora, mas ele está em outra ligação no momento. A senhora deseja ligar mais tarde?<br /><br />VOCÊ: Não, eu quero falar com ele agora!<br /><br />ATENDENTE2: Será que eu não posso ajudá-la?<br /><br />VOCÊ: Você mesmo disse que não poderia me ajudar. Quero alguém que possa.<br /><br />ATENDENTE2: Sinto muito senhora, mas ele também não poderá dar a informação que deseja se a senhora não tiver em mãos o código do produto.<br /><br />VOCÊ: Então me coloque na linha com o superior dele!<br /><br />ATENDENTE2: Senhora, eu não posso fazer isso. Algo mais?<br /><br />Ok. Você jurou que estava falando com uma pessoa. Que tinha um ser humano do outro lado da linha. Ledo engano, caro leitor. Do outro lado tem um ser programado para te encher o saco.<br /><br />Se você quisesse quitar uma dívida, aí tudo bem, eles seriam obrigados a te atender, mas a tua situação não tem nada de interessante para eles, então...<br /><br />ATENDENTE2: Senhora?<br /><br />VOCÊ: Olha só, você está me impedindo de falar com seu superior. Vou fazer uma queixa ao PROCON. Qual é o seu nome completo?<br /><br />ATENDENTE2: Senhora, sinto muito, mas eu não posso lhe dar essa informação, senhora.<br /><br />VOCÊ: Eu quero falar com seu superior!<br /><br />ATENDENTE2: A senhora poderia estar enviando um email para nós com sua dúvida que ela será encaminhado ao setor que melhor lhe atender.<br /><br />VOCÊ: E que email é esse?<br /><br />ATENDENTE2: A senhora deve estar entrando no site da empresa Tal para verificar essa informação, senhora.<br /><br />VOCÊ: Por que você não me diz qual é a porra do email???<br /><br />ATENDENTE2: Eu não possuo essa informação senhora. E a senhora bem que poderia ser mais educada comigo.<br /><br />Caralho!<br />COMO ASSIM!!!???!!!<br /><br />VOCÊ: Como assim ser mais educada??? Eu EXIJO falar com seu superior ou irei até o fim do mundo processar essa maldita empresa.<br /><br />ATENDENTE2: Só um momento senhora.<br /><br />E lá vem a musiquinha.<br />Sim, É o inferno. Tudo o que você queria era comprar um presente para a sua mãe. Um presente bacaninha, que ela iria gostar. Mas você estava meio sem tempo de ir a uma loja e decidiu comprar pela Internet. Internet é fácil. É rápido. Meu deus, por que eu não fui na maldita loja comprar a merda do presente? Com esse tempo de espera eu já teria ido, passado num supermercado e cortado o cabelo. Mas não. Fui preguiçosa e aqui estou, penando. Eu mereço. Se eu ganhar uma úlcera terá sido minha culpa. Que merda! Eu não podia ser uma pessoa menos sedentária? Não podia...<br />GRAVAÇÃO: Aguarde alguns instantes, sua ligação estará sendo atendida. Para sua segurança, esta ligação está sendo gravada.<br /><br />Para sua segurança?<br /><br />VOCÊ grita para a gravação: PARA A MINHA SEGURANÇA?????<br /><br />E pode praticamente ouvi-la rir da sua cara.<br />Mas lá vem o tal supervisor e você tenta se acalmar um pouco.<br /><br />SUPERVISORA (que novamente tem exatamente a mesma voz da atendente 1, mas vc não pode jurar...): Boa noite (sim agora já é noite), superiora Waldisleide falando. Em que posso ajudá-la?<br /><br />VOCÊ: Boa noite. Eu comprei um produto de vocês, ele não chegou. Já tem 15 dias. Gostaria de saber o que aconteceu e quando vou receber meu produto.<br /><br />SUPERVISORA: Pois não. Qual o código do produto?Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-49554146398094652832010-01-20T22:25:00.006-03:002010-01-20T23:22:38.429-03:00Você ainda não está lá, Bárbara<span style="font-style: italic;font-size:85%;" >Ela não cansa de me dizer: eu ainda não estou lá.<br />Mas a verdade é que já não estou mais aqui.</span><br /><br /><div style="text-align: left;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.zandlgroup.com/Zandland/2046.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 287px; height: 230px;" src="http://www.zandlgroup.com/Zandland/2046.jpg" alt="" border="0" /></a>Era segundo semestre de 2005 quando eu e minha, na época, nova namorada, descobrimos que ambas sonhavam em morar fora do país. Imediatamente começamos a falar sobre lugares em que gostaríamos de viver e coisas que nos interessavam... E, no meio de uma paixão enlouquecida pelo cinema de Wong Kar-Wai, começamos a namorar a idéia de ir para Hong Kong, estudar cinema lá, onde o diretor dá aulas.<br /></div><br />Ficamos encantadas com a idéia de mudar totalmente de vida: estudar em um país tão diferente do nosso, com pessoas com a cabeça certamente tão diferente da nossa. Sonhamos muito, lemos muito a respeito da cidade, dos costumes, da universidade e até da vida gay e da comunidade brasileira por lá. Mas então a realidade bateu na nossa cara: não tínhamos o dinheiro pra ir, nem pra nos manter lá, muito menos pra pagar uma universidade.<br /><br />Longe de nos desanimar, resolvemos ver outras possibilidades. Acho que o que faltava a nós duas era a companhia de outra pessoa que embarcasse na mesma onda. Fomos a uma feira de empregos no exterior e lá encontramos um balcão de ofertas de emprego no Canadá. Eram empregos que, na verdade, você meio que pagava pra ter... era como um intercâmbio, que você pagava pra fazer, trabalhava uns meses numa estação de esqui como garçonete ou arrumadeira, e depois voltava pra casa mais ou menos com o mesmo dinheiro que empenhou.<br /><br />Certamente não era o que queríamos. E isso ficou bem óbvio para o homem que estava nos explicando o processo. Então ele disse: por que vocês não emigram para o Canadá? Há um processo legal, com o visto nas mãos vocês podem morar, trabalhar, estudar e ter praticamente os mesmo direitos de um canadense.<br /><br />Saímos de lá muito espantadas com essa informação e fomos logo na internet, tentar entender o processo. Pra nós não foi muito simples, pois não tínhamos a menor idéia de como aquilo funcionava. E passamos um bom ano pesquisando, pensando sobre o assunto, conversando com outras pessoas que estavam fazendo o processo. Em maio de 2006 finalmente entramos com o nosso processo de imigrantes trabalhadoras. Na verdade ela entrou e eu fui na baila, dependente dela (o canada aceita casais do mesmo sexo).<br /><div style="text-align: left;"><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.zandlgroup.com/Zandland/2046.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 0px 0px; width: 287px; height: 230px;" src="http://z.about.com/d/gocanada/1/0/2/1/-/-/Vancouver_Aerial_2.jpg" alt="" border="0" /></a><br /></div></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size:85%;">Vancouver, onde chegaremos em breve</span><br /></div><br />Foram dois anos de processo, com muita espera, angústia, papelada pra juntar, testes de inglês, testes médicos, levantamento criminal... Mas em maio de 2008, finalmente, saiu o nosso visto.<br /><br />Uma coisa interessante aconteceu durante esse tempo. Quando aplicamos, dois anos antes, eu era uma produtora de tevê etc. um tanto frustrada por não ter encontrado um nicho bom de trabalho, por não ter entrado, efetivamente, no mercado, e a Mari estava começando a trabalhar como assistente de edição. Ambas ganhávamos uma miséria tão miséria que chega a ser constrangedor lembrar. Dois anos depois, quando saiu o visto, ela estava bombando na Conspiração Filmes e eu havia mudado de profissão, virado editora também, trabalhando e ganhando bem pra quem acabou de se lançar em um novo mercado. Estávamos bem felizes profissionalmente e financeiramente.<br /><br />Pensamos bem, respiramos fundo e resolvemos adiar nossos planos canadenses até finalizarmos nossos trabalhos no Brasil. O adiamento, inicialmente, seria de alguns meses, depois passou para um semestre e, finalmente, pra quase um ano. E, durante todo esse tempo, trabalhamos como se não tivéssemos vida. E eu procurei fingir que o Canadá não existia. Que eu estaria para sempre no Rio.<br /><br />Mas o final de 2009 se aproximava e nós corríamos o risco de perder o visto. Então, finalmente, compramos a passagem. E reservamos hotel. E demos preços às nossas coisas.<br /><br />Desde então, alguma coisa aconteceu comigo.<br />Perdi, totalmente, o interesse pelo Rio de Janeiro. Meus passeios de bicicleta, minhas praias, botecos, escaladas... Nada mais me interessa. Mesmo trabalhar anda exaustivo. E olha que andei profundamente viciada em trabalho. Só me interesso por ir embora. Por me despedir e sair. E o resto todo ganhou um tom cinzento chato.<br /><br />O calor me oprime, o sol carioca me prende dentro de casa, as pessoas na rua me transtornam e me parece difícil demais encarar o dia a dia da cidade. Estou reclusa dentro da minha expectativa. É como se eu já estivesse lá. Mas ainda sim é como se ir embora não passasse de uma fantasia que, a qualquer momento, vai se desfazer.<br /><br />É estranho finalmente estar tão perto de realizar um sonho e um projeto que já tem quase quatro anos. Ou melhor, quase quatro anos de projeto conjunto com a namoradaa, porque eu, sozinha, já fantasiei tanto conhecer a vida fora daqui, mas nunca me pareceu uma possibilidade real.<br /><br />Esse post não tem conclusão. Acaba, simplesmente.<br />A expectativa de ir e viver o que quer que haja para ser vivido está mais forte do que eu.<br />E o medo vem junto. Prazer, sem medo, não é tão legal, eu acho.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-20780884609092377492010-01-05T15:44:00.001-03:002010-01-05T15:46:24.312-03:00Festividades insuportáveis<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://images2.wikia.nocookie.net/simpsons/pt/images/thumb/3/3e/Abe_Simpson.png/222px-Abe_Simpson.png"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 222px; height: 399px;" src="http://images2.wikia.nocookie.net/simpsons/pt/images/thumb/3/3e/Abe_Simpson.png/222px-Abe_Simpson.png" alt="" border="0" /></a><br />Fins de ano, carnavais e momentos de êxtase coletivo me deixam profundamente irritada e temerosa. É mais ou menos a mesma sensação que me dá quando uma turba de adolescentes entra no ônibus. Rindo, gritando, xingando, tirando onda.<br />Minha vontade é de sair correndo. Não, na verdade a minha vontade é de esganá-los. Mas não posso. Então fico irritada esperando que o tempo passe e torcendo para que eles se mantenham a uma distância segura.<br /><br />Nessas festas apoteóticas de fim de ano tenho a mesmíssima sensação. Me sinto em plena Babilônia, com todos os outros seres humanos fazendo de tudo para se divertir escandalosamente. Há uma obrigação no ar: há de ser feliz. Esse tem de ser o reveillon mais incrível da história de toda a minha vida. Há de ser marcante. Há de me levar à loucura. E lá vão os seres humanos mostrar-se hiper-felizes bebendo todas, gritando, pulando, beijando, batendo, vivendo e morrendo, como se não houvesse o amanhã.<br /><br />Mas amanhã há. Pelo menos para os felizardos que sobrevivem à experiência. Eu fico acuada, em um canto, tentando fingir que nada de anormal acontece. Pelo menos o reveilon dura apenas um dia. Mas sempre é seguido do carnaval que, no Rio de Janeiro, começa um mês antes, pelo menos.<br /><br />Lá estou eu, voltando do trabalho, cansada, dez horas da noite, num ônibus que demorou quase uma hora para passar e, de repente, já quase em casa, eu me deparo com uma banda de carnaval fechando a pista. Eles bebem, eles gritam, eles querem que eu, sentada toda bonitinha dentro do ônibus, entre na farra. Eu não quero. Me chamam. Batem na janela. Eu digo que não e depois começo a mudar de lugar. Eles balançam o ônibus. Uns tentam entrar pelas janelas. Eu e a trocadora fechamos todas e o motorista começa a ameaçar avançar naquela gente... ah! cenas memoráveis dos carnavais...<br /><br />Morar em Laranjeiras, onde devem passar, esse ano, uns 10 a 15 blocos, não ajuda em nada.<br />E esse ano nem dinheiro há para fugir: estarei dura, guardando cada trocado para minha grande mudança para o Canadá.<br /><br />Pelo menos pude fugir este reveillon para um lugar seguro, frio, alto, sem luz e sem quase nenhuma gente. Lugar difícil de chegar e que, por isso mesmo, é um dos melhores lugares no mundo.<br /><br /><br />----<br /><br />Lua Cheia<br /><br />Pra quem pôde olhar pra cima nas primeiras noites do ano, viu a assombrosa lua cheia que iluminou o céu. Lá do meu querido retiro, onde não há luz elétrica, a lua funcionava como um gigantesco holofote.<br /><br />Sábado à noite, alguns seres humanos de idades variadas, resolveram ir tomar uma cachaça no abrigo onde eu estava hospedada. Fomos todos para fora, ver a lua nascer atrás de um morro. Estamos quase que em um cinema comentou alguém. Só que sem propagandas antes do filme. Ríamos e ficamos esperando. De repente, a cena impressionante, o morro pegava fogo com a luz avermelhada da Lua. Umas 15 cabecas assistiam em silêncio. Foi muito rápido. De repente, poft, a lua amarela que só ela surgiu enorme no céu. Foi muito rápido. Alguém tinha um relógio e comentou: nasceu em 3 minutos. Nossa! como foi rápido. Mas rápido do que... Do que fazer um miojo! brincou uma menininha. Rimos. Ali estava o merchandising que faltava.<br /><br />---<br /><br />Passamos bastante tempo ali, as tais 15 pessoas, olhando a Lua, procurando estralas cadentes e apostando em corridas entre estrlas. Não, não era bem um momento hippie, era só que o espetáculo era realmente impressionante para ser ignorado. Não havia outro assunto possível a não ser a lua. E eu estava felicíssima com isso.<br /><br />De repente, um espírito de porco cata o celular, se afasta um pouco e liga para um amigo. Fiquei indignada com aquilo, uma invasão total. Foi mesmo como se alguém atendesse o celular no cinema. Absurdo.<br /><br />Então o cara inicia a conversa com o amigo: OI fulano, tudo bem? Onde você está? Você tá vendo a Lua? como é que está aí? Cara, aqui ela está assim e assado....<br />E ficou uns bons minutos conversando sobre a lua antes de desligar.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-47285971138021813252009-10-31T09:18:00.003-03:002009-10-31T09:23:46.036-03:00SOPA DE GOULASH DA BARBS<span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande'; font-size: 13px; ">Eu nunca dei receitas pela internet, mas ontem resolvi cozinhar uma sopa de Goulash que ficou tão gostosa que achei que merecia a publicação. Infelizmente não tirei fotos.</span><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande'; font-size: 13px;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande'; font-size: 13px; ">Minha sopa não é bem a tradicional. Fiz uma complilação das receitas que peguei na internet e mudei ao meu jeito. Gosto de derreter as batatas e deixar o caldo bem grosso e bem vermelho. Foi a segunda vez que fiz essa sopa e acho que desta vez ficou no ponto certo.<br /><br />INGREDIENTES:<br />- 1/2 kg de carne (eu uso alcatra)<br />- 2 batatas grandes<br />- 1 cenoura<br />- 1 cebola grande<br />- 3 dentes de alho<br />- 3 colheres de chá de páprica doce<br />- 3 colheres de sopa de extrato de tomate<br />- 1 colher de sopa de manteiga<br />- azeite extra virgem<br />- 2 tabletes de caldo de carne<br />- pimenta do reino e sal<br /><br />PREPARO<br /><br />Descasque a batata e a cenoura, corte em rodelas finas e coloque pra cozinhar em dois litros d`água. Faça isso antes de mais nada. A idéia é que a batata fique extremamente mole.<br /><br />Pique a cebola, a carne em cubinhos de mais ou menos 1 cm e o alho. Refogue a cebola no azeite. Acrescente a carne e a manteiga. Deixe cozinhar um pouco. Coloque o alho, sal, pimenta e páprica. Misture bem. Acrescente o extrato de tomate e cozinhe por uns 3 minutos. Acrescente entao a agua dos legumes e complete com mais água se for necessário. No final deve ser colocado mais ou menos 1,5 L de água. Misture os legumes. Deixe cozinhar por mais quarenta minutos em fogo baixo ou até a carne ficar BEM macia. Se precisar, acrescente mais água ou regue com vinho tinto seco.<br /><br />Sirva com um fio de creme de leite por cima e um pãozinho bacaninha.<br /><br />Rende 4 proções.<br />Mas aviso: vai ser pouco. <br /><br />:-P</span></div>Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-47224511301218267712009-05-15T10:53:00.005-03:002009-05-15T11:20:33.818-03:00Monstros tristonhos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkRLUNPp-Z4ulP3Thcrp6rxK3fegOLDDvd8hHbvOWk2xJqYY22WOjDfeMgpSKHl4C89Pog5sslR-XI7E0LXuLf4tP3nI35xr3T04KNf4iAlg9sxSeYzsPNC88PywcmQZSCrL8uWBG0Yhw/s400/racismoJPG.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 201px; CURSOR: hand; HEIGHT: 305px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkRLUNPp-Z4ulP3Thcrp6rxK3fegOLDDvd8hHbvOWk2xJqYY22WOjDfeMgpSKHl4C89Pog5sslR-XI7E0LXuLf4tP3nI35xr3T04KNf4iAlg9sxSeYzsPNC88PywcmQZSCrL8uWBG0Yhw/s400/racismoJPG.jpg" border="0" /></a>Tatiana de Oliveira teve sua matrícula cancelada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) menos de um mês após o início do curso de Pedagogia, no qual ingressou pelo sistema de cota racial. A instituição inscreve candidatos cotistas com base na autodeclaração de cor/raça negra, mas depois, com base numa entrevista, pode rejeitar a matrícula. O pai da estudante se define como "pardo" e o avô paterno, como "preto", mas uma comissão da UFSM que funciona como tribunal racial pespegou-lhe o rótulo de "branca".<br /><br />Juan Felipe Gomez, cotista ingressante na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), conheceu sorte similar. A instituição impugnou sua declaração racial, recusando uma declaração cartorial na qual a mãe do jovem se identificou como "parda" e "afrodescendente", uma certidão de nascimento que identifica a avó materna de Juan como "negra" e um prontuário civil em que a mãe é classificada como "parda". Ele não está só: na UFSCAR, um quarto dos candidatos aprovados pelo sistema de cotas raciais neste ano teve sua matrícula cancelada em razão de impugnações do tribunal racial.<br /><br />Segundo a lenda divulgada pelos arautos da doutrina racialista, a "raça negra" é constituída pela soma dos que se declaram censitariamente "pretos" com os que se declaram "pardos". Em tese, o sistema de cotas raciais está destinado a esses dois grupos. Então, por que os tribunais raciais instalados nas universidades impugnam mestiços como Tatiana, Juan e tantos outros?<br /><br />A resposta encontra-se na introdução de um livro de Eneida dos Reis devotado a investigar o lugar social do mulato. O autor da introdução é o antropólogo Kabengele Munanga, professor titular na USP e um dos ícones do projeto de racialização oficial do Brasil. Eis o que ele escreveu: "Os chamados mulatos têm seu patrimônio genético formado pela combinação dos cromossomos de 'branco' e de 'negro', o que faz deles seres naturalmente ambivalentes, ou seja, a simbiose (...) do 'branco' e do 'negro'. (...) os mestiços são parcialmente negros, mas não o são totalmente por causa do sangue ou das gotas de sangue do branco que carregam. Os mestiços são também brancos, mas o são apenas parcialmente por causa do sangue do negro que carregam."<br /><br />O charlatanismo acadêmico está à solta. Cromossomos raciais? Sangue do branco? Sangue do negro? Seres naturalmente ambivalentes? Munanga quer dizer seres monstruosos? Do ponto mais alto da carreira universitária, o antropólogo professa a crença do "racismo científico", velha de mais de um século, na existência biológica de raças humanas, vestindo-a curiosamente numa linguagem decalcada da ciência genética. Mas ele vai adiante, saltando dos domínios da biologia para os da engenharia social: "Se no plano biológico, a ambiguidade dos mulatos é uma fatalidade da qual não podem escapar, no plano social e político-ideológico eles não podem permanecer (...) 'branco' e 'negro'; não podem se colocar numa posição de indiferença ou de neutralidade quanto a conflitos latentes ou reais que existem entre os dois grupos, aos quais pertencem, biológica e/ou etnicamente."<br /><br />É o horror - científico, acadêmico e moral. Mas, desgraçadamente, nessas frases abomináveis, que representam um cancelamento do conceito de cidadania, está delineada uma visão de mundo e exposto um plano de ação. De acordo com elas, a mola propulsora da história é o conflito racial e, no Brasil, para que a história avance é preciso suprimir a mestiçagem, propiciando um embate direto entre as duas raças polares em conflito. O imperativo da supressão da mestiçagem exige que os mestiços - esses monstros tristonhos condenados pela sua natureza à ambivalência - façam uma escolha política, decidindo se querem ser "brancos" ou "negros" no novo mundo organizado pelo mito da raça.<br /><br />No veredicto do Grande Inquisidor que ocupa o cargo de reitor da UFSM, Tatiana foi declarada "branca" porque, em audiência diante de um tribunal racial, ela não testemunhou ser vítima de discriminação racial. A estudante, tanto quanto Juan Felipe e os demais rejeitados pelo Brasil afora, teve cassado o direito à autodeclaração de cor/raça por um punhado de inquisidores, que são professores racialistas e militantes de ONGs do movimento negro. Mas, antes disso, essa turma tomou de assalto as chaves de acesso ao ensino superior e, desafiando as normas constitucionais, cassou o direito de centenas de milhares de jovens da cor "errada" de ingressar na universidade pelo mérito demonstrado em exames objetivos. A massa dos sem-direito é formada por estudantes de alta, média ou baixa renda, com diferentes tons de pele, que compartilham o azar de não funcionarem como símbolos úteis a uma ideologia.<br /><br />Esquece-se com frequência que a pedra fundamental dos Estados baseados no princípio da raça é a proibição legal da miscigenação. A Lei Antimiscigenação da Virginia, de 1924, que sintetizava o sentido geral da legislação segregacionista nos EUA, definiu como "negros" todos os que tinham uma gota de "sangue negro". A Lei para a Proteção do Sangue Germânico, de 1935, na Alemanha nazista, criminalizava casamentos e relações sexuais entre judeus e arianos. A Lei de Proibição de Casamentos Mistos, de 1949, na África do Sul do apartheid, proibiu uniões e relações sexuais entre brancos e não-brancos. Raça é um empreendimento de higiene social: a busca da pureza.<br /><br />Mestiçagem se faz na cama e na cultura. É troca entre corpos e intercâmbio de ideias. Os arautos brasileiros do mito da raça talvez gostassem de ter uma lei antimiscigenação, mas concentram-se na missão mais realista de higienizar as mentes, expurgando de nossa consciência a imagem de uma nação misturada. Cada um dos jovens mestiços pré-universitários terá de optar entre as alternativas inapeláveis de ser "branco" ou ser "negro". Para isso, e nada mais, servem as cotas raciais.<br /><br /><strong>DEMÉTRIO MAGNOLI</strong><br />(sociólogo e doutor em geografia pela USP)<br />email: <a href="mailto:demetrio.magnoli@terra.com.br">demetrio.magnoli@terra.com.br</a><br />Retirado do Globo - Opinião - Quinta feira, 14 de maio de 2009Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-35630634648597804852009-04-19T22:30:00.003-03:002009-04-22T10:21:45.310-03:00Preconceitos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.caiofabio.com/Arquivo/Image/preconceito.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 250px; height: 240px;" src="http://www.caiofabio.com/Arquivo/Image/preconceito.jpg" border="0" alt="" /></a>Tenho pensado muito sobre preconceito. Há aquela frase que vira e mexe aparece por aí: "Onde mora o seu preconceito?" e que, por mais batida que seja, sempre mexe comigo.<br /><br />Onde mora o meu preconceito? Em tantos lugares quantos pode haver. Sou uma pessoa preconceituosa sim, mas não diferentemente de todas as outras pessoas. Não é muito difícil observar o preconceito em cada esquina, em uma conversa, ou mesmo em um carinho em um cuidado, em uma oferta. Os preconceitos estão por aí, expostos para quem quiser vê-los. São tão comuns, fazem parte do nosso dia a dia tão corriqueiramente, que nós apenas não mais os notamos. Ou, pelo menos, fazemos grande esforço para não os notarmos. E para não nos expormos, também.<br /><br />Por algum motivo, sempre que eu puxo o assunto "preconceito" as pessoas pensam imediatamente em racismo. Talvez porque esse seja o preconceito mais comumente observável. Mas me refiro a todo tipo de preconceito. Cor, religião, sexualidade, nacionalidade, naturalidade, estilo de vida, de vestir, lugares, atitudes, gírias, tatuagens, cortes de cabelo, amizades, visão poleitica, opniões diversas, gosto litereario. Meu Deus, é incrível a gama de coisas que pode gerar preconceitos.<br /><br />Sentindo na minha própria pele, o preconceito que, a princípio, mais me deveria atingir é sobre minha sexualidade. Sou bissexual, o que significa, para quem não sabe, que sou discriminada tanto por heterossexuais como por homossexuais que não acreditam que bissexualidade seja uma coisa possível. Juro. Os homossexuais acham que bissexuais são pessoas mal resolvidas só por que são diferentes deles. Acusam os bissexuais de quererem "exercer" sua homossexualidade sem querer assumir o "estigma". Para muitos a bissexualidade é tão impossível quanto o monstro do armário. Ou talvez seja mesmo o próprio monstro. A verdade é que ninguém gosta muito do que é diferente. Travestis discriminam homossexuais masculinos e vice versa. Lésbicas discriminam todo mundo. E eu me acho uma estranha nesse meio todo. Tanto dos homossexuais quanto dos heterossexuais.<br /><br />Como é ruim andar pela rua e ouvir buzinadas de carros. Ou piadinhas gritadas de uma obra. Ou discutir com motoristas de ônibus apenas porque estou com minha namorada, passeando.<br /><br />Mas, para falar a verdade, esse não é o preconceito que mais me incomoda.<br /><br />Na verdade o que mais me incomoda é ver como é fácil a gente enquadrar os outros por um pequeno pedaço de informação.<br /><br />Meu irmão, por exemplo.<br />Ele é economista, formado pela UFRJ, com mestrado na USP e atualmente em NY, fazendo doutorado.<br />Não, ele não é rico. é, na verdade, um cara que sempre teve pouca grana. Mas não é sobre dinheiro que eu queria falar.<br />Meu irmão tem uma visão politica muito própria. Ele se recusa a ser de esquerda ou de direita. Ele procura ver prós e contras em qualquer situação (o que as vezes é realmente irritante).<br />Então ele pode amar o Lula e falar muito mal dele ao mesmo tempo. Pode odiar a politica externa americana e apoiar alguma parte dela. E quado ele entra em uma discução, ele entra para valer. Com dados, com teorias, com noticias e História.<br />Ele é um leitor inveterado e, ainda criança colecionava livros sobre a História das civilizações.<br />Nossos amigos têm certeza absoluta de que ele é um cara de extrema direita, apenas por ele não se submeter a ter a mesma opnião de todo mundo.<br />Isso o machuca extremamente.<br /><br />MInha mãe sofreu muito preconceito qundo se converteu. Ela não tinha religião e me criou uma criança atéia, nunca frequentei igreja nenhuma nem tive qualquer relação com espiritualidade. Quando eu já era adolescente, ela comecou a procurar uma religião e, nesse processo, se evangelizou pela Igreja Presbiteriana. Ou seja, minha mãe é evangélica e diz isso em alto e bom som, apesar de, por conta disso, ter perdido o carinho e o respeito de muita gente. Ela deixou de pertencer ao grupo das "pessoas legais" porque entrou para o grupo das "pessoas sem cérebro e sem graça".<br /><br />Um dos preconceitos que mais me atinge é sobre o meu temperamento. Tenho mania de ser recolhida, na minha, e de me afastar quando vejo que uma situação vai se tornar problemática desnecessariamente. Faço isso porque tenho um temperamento explosivo e, no passado, brigava muito com as pessoas. Com o passar dos anos, achei que era me lhor me recolher e esperar a turbulência passar antes de conversar sobre uma situação delicada. Mas sempre espero conversar e ter tudo preto no branco, tudo entendido, tudo explicado. Mesmo que daí não venha um entendimento, venha uma ruptura. Mas sou assim, gosto de tudo as claras. De uns anos pra cá notei que, muitas vezes, meus amigos me consideram uma pessoa dificil e me excluem de certas coisas porque acham que eu posso dar pití, posso bater boca, posso colocar alguém em alguma situação ruim. Muitas vezes é como se eles não me conhecessem.<br /><br />Mas não, não é sobre esse preconceito que quero falar, porque ele é muito pessoal.<br /><br />Um outro preconceito que me atinge é a respeito das minhas leituras.<br />Leio muito, compulsivamente.<br />E leio coisas muito variadas.<br />Gosto muito de romances, de poesia, de História, de Astronomia, livros de arte e de coisas ligadas a minha area, cinema.<br />Mas o meu fraco mesmo é por ficção científica.<br />Meu Deus, como gosto de ficcão! E como me apaixono pelas histórias!<br />Quando acabei de ler Farenheint 451 chorei por dois dias. Fui ao trabalho vermelha e inchada de tanto chorar. Passava horas olhando para frente, pensativa.<br />Quando me perguntavam o que eu tinha eu dizia: foi um livro. (O que já deve parecer completamente estranho). Quando me merguntavam qual, e eu respondia, quase podia ver as gargalhadas se formando na cara das pessoas.<br />Meu Deus! um livro de ficcao científica! Como alguém pode ficar assim por causa disso?<br /><br />Não há respeito por esse tipo de literatura, principalmente por parte de pessoas "intelectualizadas". Elas não ficariam assim por tão pouco. Não, claro que não. E ali me julgam estranha, esquisita, boba. Nem sei, Mas me julgam e é obvio.<br />Esse tipo de coisa (que é bem corrente em minha vida) me magoa. Assim como também o pouco respeito que as pessoas têm pela minha opnião própria.<br />Se eu digo que sou contra a pirataria somali, sou a favor de guantanamo. Se digo que quero explodir o congresso, sou uma agente secreta americana, se digo que quero ter filhos e morar numa casa com jardim, sou tradicionalista, se ando de bicicleta quando tenho carro, sou esquisita e se peço para meus amigos fumantes que joguem seus cigarros em lugares apropriados sou polîcial anti-tabagista. Se sou contra cotas raciais, sou racista. Qaundo era estudante, tinha que ser do PSTU, mas se sou contra o PSTU, só posso ser pró-PSDB e se também não sou nada disso... não podia participar de grupos estudantis, porque nunca me encaixei.<br /><br />Hoje li no jornal uma notícia que me deixou feliz e triste ao memso tempo.<br />Uma travesti, chamada Luma, professora de educação no Ceará, está fazendo doutorado e lutando para conquistar seu espaço na sociedade, principalmente na sociedade acadêmica que é ainda mais fechada do que boa parte do resto do mundo.<br />Luma conta que sofreu preconceito desde criança por gostar de coisas de menina e que, depois de passar em concurso público em primeiro lugar para alguma niversidade, foi barrrada pelo reitor que nao aceituou sua sexualidade. Lutou e conseguiu assumir o posto.<br />Puxa vida. Ponto para ela. Que reportagem para cima, né? Que bom que ela conseguiu sair do estigma de ser travesti de vida fácil. Ou mais uma cabelereira ou maquiadora. Legal.<br />Mas lá no fim da reportagem estava escrito: "Foi a primaeira colocada em um concurso em Aracati, mas o diretor se negou a empossá-la. Foi preciso intervenção da Corregedoria (...). <b>E recebeu propostas para fazer programas sexuais em em Fortaleza. Recusou: - Tento mostrar as pessoas que existe outra forma de vencer.</b>"<br />Como assim, terminar a reportagem falando das propostas sexuais que recebeu?! Se vamos falar de vencedores do preconceito, não vamos mostrea-los como surgidos da lama que, a muito custo, não voltam para a lama. Vamos mostrar como pessoas comuns que brigam suas brigas e que mostram que "na sua diferença, você pode ser igual", como disse a própria Luma no meio da reportagem.<br /><br />Pequenos e grandes preconceitos. Alguns são tão pequenos que a gente mal nota que eles estão lá.<br />São os preconceitos nossos de cada dia.<br /><br />Somos todos tão diferentes e queremos ser diferentes.<br />Cada pessoa buscando sua individualidade.<br />Seria muito bom se pudéssemos ver as pessoas pelo que são.<br />As vezes me pergunto se o preconceito é parte daquilo que nos torna humanos.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-67799714518264338582009-01-27T18:59:00.017-03:002009-04-22T10:29:12.761-03:00Israel, as origens e o presente - um protestoProtesto que está rolando na internet.<br />A idéia é comparar o nazismo ao sionismo, uma vez que o recebte "conflito" na Faixa de Gaza deixou o mundo mais alerta para os reverses da História humana.<div><br /></div><div>(<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ps: As imagens abaixo me chegaram por email. Não sou autora nem tenho nenhum direito sobre elas</span>.)<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYQn3lC4pdVXwmMo4Jf6CFUUhUQTsS20H5padnr-4zDnANc5iFYq04gGNif4p3uqXUaJS-l6nc8G9RT98SKAmA3IGaIY9P6U7gYMMtmBKbr2nGFRdQEgTze8KmnYitmuI0cGmOy7us8S3I/s1600-h/1"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109833026944290" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 178px; CURSOR: hand; HEIGHT: 196px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYQn3lC4pdVXwmMo4Jf6CFUUhUQTsS20H5padnr-4zDnANc5iFYq04gGNif4p3uqXUaJS-l6nc8G9RT98SKAmA3IGaIY9P6U7gYMMtmBKbr2nGFRdQEgTze8KmnYitmuI0cGmOy7us8S3I/s400/1" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlXAeaJS3hfmmdH-086fJkGCHdmskgutGioDxvOnt4CQqmvC1fQqLfQ-TWtn5hAKU3FQu1ZWvT637hVxWaqoSFc52td5BDY0MkuxQZWxaSEkDbeZDrIjfxaSBpX0zMaG-8MGZy7hOOEEQV/s1600-h/2"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109828464602674" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 136px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlXAeaJS3hfmmdH-086fJkGCHdmskgutGioDxvOnt4CQqmvC1fQqLfQ-TWtn5hAKU3FQu1ZWvT637hVxWaqoSFc52td5BDY0MkuxQZWxaSEkDbeZDrIjfxaSBpX0zMaG-8MGZy7hOOEEQV/s400/2" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9IJZC0XXJY9UkJ15KuqWxu8GSQEie8WwmQegYYcIzsOCBwhS82JuTeW4PVtqLwuqyl48d5nbpTA-XBrtpqZ-kghJmL1oKxjtZ2ku8GwefVTjU5OQvGdR-r3LYFFcUw3Ob33hplR6MCAEu/s1600-h/3"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109713383053938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 138px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9IJZC0XXJY9UkJ15KuqWxu8GSQEie8WwmQegYYcIzsOCBwhS82JuTeW4PVtqLwuqyl48d5nbpTA-XBrtpqZ-kghJmL1oKxjtZ2ku8GwefVTjU5OQvGdR-r3LYFFcUw3Ob33hplR6MCAEu/s400/3" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmFI24D_-YP9lNIqN38i9MHLeq7-6dsHKj6QS2UADDXnOi55hVVLridec-o7feR818vJGLq6GmjlcQcxlpP-3tDr8Qcyk-iOnDGFf3w-bwac14bvNgH_TKResHUwCqv2_ZB31K14tUGdHa/s1600-h/4"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109707565980466" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 246px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmFI24D_-YP9lNIqN38i9MHLeq7-6dsHKj6QS2UADDXnOi55hVVLridec-o7feR818vJGLq6GmjlcQcxlpP-3tDr8Qcyk-iOnDGFf3w-bwac14bvNgH_TKResHUwCqv2_ZB31K14tUGdHa/s400/4" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd3kW2D0gDztopWwBkkncI5UoAjBOOl4xU3utdeCBXTq3tAVAC6p9MGO88S_C30CgJDDXJta1FSvVNd8TbMaSGEtbEUeseFbprPTNhcyRZp3-_qtfJ_Rt-qICU9DNb-WKBoyD06SyouT82/s1600-h/5"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109703659264626" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 124px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd3kW2D0gDztopWwBkkncI5UoAjBOOl4xU3utdeCBXTq3tAVAC6p9MGO88S_C30CgJDDXJta1FSvVNd8TbMaSGEtbEUeseFbprPTNhcyRZp3-_qtfJ_Rt-qICU9DNb-WKBoyD06SyouT82/s400/5" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisltmthcBA0IdniWFPfQhflgXBtmPfBdRy8mAweDMvbtMHDmVKEcGm_Yj8MjY-1RuCSWCKOYMI4UmfwSnt3VpJWbfLMEB_uFnPIBE_gYslFz1K3Omz_gpxhI0Tb0PNxkEaCmLAy_6-pdNy/s1600-h/6"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109703812487650" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 146px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisltmthcBA0IdniWFPfQhflgXBtmPfBdRy8mAweDMvbtMHDmVKEcGm_Yj8MjY-1RuCSWCKOYMI4UmfwSnt3VpJWbfLMEB_uFnPIBE_gYslFz1K3Omz_gpxhI0Tb0PNxkEaCmLAy_6-pdNy/s400/6" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn4FfbPFBt3AtqxIj7Rm3zm7jBQqFRxLXN6022_lBNkPmRlv9T-Uv6sqF58Uk73K919g0A8O1FP4uDS8mw8MMgyFoZeoQYp1c9mH2o92DS0b15YpDfrODy4p6Qhv2e3F624kKbffwFFkfE/s1600-h/7"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109703987797586" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 152px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn4FfbPFBt3AtqxIj7Rm3zm7jBQqFRxLXN6022_lBNkPmRlv9T-Uv6sqF58Uk73K919g0A8O1FP4uDS8mw8MMgyFoZeoQYp1c9mH2o92DS0b15YpDfrODy4p6Qhv2e3F624kKbffwFFkfE/s400/7" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd0YyOaP4HcAxs9hpEdLEAQh7_ubi8hZW5TIC0agP5YpE4kcaPDrHmPYEh89292C8s4NAkhU6gSeM-U0g3ylFXNMPiLJN5pInSPjLADdH4PRZXJhopICFt3NLmhettiPjOcW60KpWH8157/s1600-h/8"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109257683443874" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 142px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd0YyOaP4HcAxs9hpEdLEAQh7_ubi8hZW5TIC0agP5YpE4kcaPDrHmPYEh89292C8s4NAkhU6gSeM-U0g3ylFXNMPiLJN5pInSPjLADdH4PRZXJhopICFt3NLmhettiPjOcW60KpWH8157/s400/8" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9V295gXsP_4CCdiYrpMLPfp9hROF_k-PejUHdl01vodiLeeR9J_-HnBUeIUZUNXNvccDMWtdXK_YOT18SqKyR8kDQwd6E61ylqC_4IKe33pEzC_wcXa0Lhz_gHu3FiZ88KPBY7qvQfFtv/s1600-h/9"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109247970063954" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 140px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9V295gXsP_4CCdiYrpMLPfp9hROF_k-PejUHdl01vodiLeeR9J_-HnBUeIUZUNXNvccDMWtdXK_YOT18SqKyR8kDQwd6E61ylqC_4IKe33pEzC_wcXa0Lhz_gHu3FiZ88KPBY7qvQfFtv/s400/9" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq5MhVFOAB1tJl-lnWTosQAH9PRa4QR8m7qfUBHRfTJgM2MbGQmaSfT7J9-mpu1ZB6eZ1fHR-2fSTq74vPDFf_LwzB-KiTNLt9eiZhfEvHsLnKHuGHhmtmxY6QdoD_F1440PMlQKu3UdU_/s1600-h/10"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109244380238594" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 162px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq5MhVFOAB1tJl-lnWTosQAH9PRa4QR8m7qfUBHRfTJgM2MbGQmaSfT7J9-mpu1ZB6eZ1fHR-2fSTq74vPDFf_LwzB-KiTNLt9eiZhfEvHsLnKHuGHhmtmxY6QdoD_F1440PMlQKu3UdU_/s400/10" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2iKWxtLFfrviy9DaIj9mnTt98NFV6Sh0aRHTdR-sk3tEx-Pay8vT4iN6NOlsiFNedR9MmdS4QUO0Rer-qCJoUHCI-wUQOh1tEfWglkQSF4gQwOkTf9lq6MA38m2vwV83WJUrnXJ1kYZUR/s1600-h/11"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109241011456786" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 148px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2iKWxtLFfrviy9DaIj9mnTt98NFV6Sh0aRHTdR-sk3tEx-Pay8vT4iN6NOlsiFNedR9MmdS4QUO0Rer-qCJoUHCI-wUQOh1tEfWglkQSF4gQwOkTf9lq6MA38m2vwV83WJUrnXJ1kYZUR/s400/11" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkzkJtZaZ3zOHhb1t__6NW-vO-eprkDUONPWV0cxMZF05309FIC_lOvN4_Y7gM-UChDwDK-bu3o7WrXYlVBfjoUdnuGPOXs2hBfnOV4VepWcMnISVtRymyZlM9IJu4Os-Y3t9YxjVMLtzj/s1600-h/12"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296109236620220018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 142px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkzkJtZaZ3zOHhb1t__6NW-vO-eprkDUONPWV0cxMZF05309FIC_lOvN4_Y7gM-UChDwDK-bu3o7WrXYlVBfjoUdnuGPOXs2hBfnOV4VepWcMnISVtRymyZlM9IJu4Os-Y3t9YxjVMLtzj/s400/12" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzPfDdTn3EKfop3pNIi_OAcRW9X2ydGy9ZLR_NuNaiEmrxXwkXOnxfyLnC25bnsr3LAr_xHlGD27DT7uBAiyFm42IMG4bvvhfRvIL-uFYz61GUJPAYnVbb5QMEmIMu6Isq2UdRVKplSDbY/s1600-h/13"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108792131392738" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 166px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzPfDdTn3EKfop3pNIi_OAcRW9X2ydGy9ZLR_NuNaiEmrxXwkXOnxfyLnC25bnsr3LAr_xHlGD27DT7uBAiyFm42IMG4bvvhfRvIL-uFYz61GUJPAYnVbb5QMEmIMu6Isq2UdRVKplSDbY/s400/13" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBFzS9v5XHPXjmXPUK94yDgx9zmm2q58pL6hT8VmLpFc00MTYY9ob1ZmzTzL7vfoHrNRQ9gRPX7xiCuVA7jhXuhjzfwzGZt5t0uAAjb4KsrQr-ybgHZgqAwcv5__F5C-tbSkf3yV16FP9Y/s1600-h/14"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108779699660274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 142px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBFzS9v5XHPXjmXPUK94yDgx9zmm2q58pL6hT8VmLpFc00MTYY9ob1ZmzTzL7vfoHrNRQ9gRPX7xiCuVA7jhXuhjzfwzGZt5t0uAAjb4KsrQr-ybgHZgqAwcv5__F5C-tbSkf3yV16FP9Y/s400/14" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0FvS1Pvknh8MrHsyveerE81eCkJssccYnHhgxkA7yuIMAHSj46P2iBV6NVOtBru2TDRAxhsRAH8eOT7OZ9oqH5aPaiAr1SkTs7cASZELFhy2qn60Dp98EsaHh5whbbYd7RyIUOhB0tcDB/s1600-h/15"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108781535212498" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 272px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0FvS1Pvknh8MrHsyveerE81eCkJssccYnHhgxkA7yuIMAHSj46P2iBV6NVOtBru2TDRAxhsRAH8eOT7OZ9oqH5aPaiAr1SkTs7cASZELFhy2qn60Dp98EsaHh5whbbYd7RyIUOhB0tcDB/s400/15" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-LDeGXaWpivOeRLKDNhwwhfJS31ohk5qDg9k2Ek_BwasEoPvp7pWrxYFSxvdQnSQdxbqQB2bsOvDOv54BAOSJWPeoAgpA0SPNv8Je7JOedm0jxx8EgqbfJtWgb9e58xWbx44R2Q29YQxO/s1600-h/16"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108777135913394" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 138px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-LDeGXaWpivOeRLKDNhwwhfJS31ohk5qDg9k2Ek_BwasEoPvp7pWrxYFSxvdQnSQdxbqQB2bsOvDOv54BAOSJWPeoAgpA0SPNv8Je7JOedm0jxx8EgqbfJtWgb9e58xWbx44R2Q29YQxO/s400/16" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhfRHImlnL1NMfPzoMKj9ngW5eBKdgaIN3OzaWRwELUeux4jMrhLHnlGuYSQxommOXFKHV13CUisIq3O085aFaHqRNqorQTgi8OsXGQTiaxZQ7C3PPeRh9s5IZMkt6TgHLt4Qi3D70nZDZ/s1600-h/17"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108771542160210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 154px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhfRHImlnL1NMfPzoMKj9ngW5eBKdgaIN3OzaWRwELUeux4jMrhLHnlGuYSQxommOXFKHV13CUisIq3O085aFaHqRNqorQTgi8OsXGQTiaxZQ7C3PPeRh9s5IZMkt6TgHLt4Qi3D70nZDZ/s400/17" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguBmCqH-uSMUxslROmd-VaolFxERj7b2qyqRGL5OXTGPuotNS5wOrRAVL4n_bKYzkSbfkrxjDTwSMbckPu_8MwSaMi11MBeINGi15PRw2xQXnX-H_5dJTGYoEl1YEDBUro_wRG5QZflzJS/s1600-h/18"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108486532766834" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 140px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguBmCqH-uSMUxslROmd-VaolFxERj7b2qyqRGL5OXTGPuotNS5wOrRAVL4n_bKYzkSbfkrxjDTwSMbckPu_8MwSaMi11MBeINGi15PRw2xQXnX-H_5dJTGYoEl1YEDBUro_wRG5QZflzJS/s400/18" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3hrL7_fRslBqSaGHxe7Y__Hy17cHfpO3EPYaX58dlMhhzwL2XhtvHwwsbTEpwWuRIGbhTfttejZXkgkxyOeyx-xOA__YhMZd9t9fcB-59sFH1U-VA_IyPTb3hdIa-K7mWVXqx0G3xPuvn/s1600-h/19"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108485181503362" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 154px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3hrL7_fRslBqSaGHxe7Y__Hy17cHfpO3EPYaX58dlMhhzwL2XhtvHwwsbTEpwWuRIGbhTfttejZXkgkxyOeyx-xOA__YhMZd9t9fcB-59sFH1U-VA_IyPTb3hdIa-K7mWVXqx0G3xPuvn/s400/19" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigjnkRH0_KipBEpqi-7ShPHY5EBRjiycVriMz5TEzO_8VN_1fMdvNvWbR0PwhrXKPMMil11X5hAvdfJQEaAovdZL-HQQ8t6WlizXJaZ_GpS3GDnFNTQ4zCpIZT9jmOWwE2iJZMo0quyR0D/s1600-h/20"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108486519551762" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 124px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigjnkRH0_KipBEpqi-7ShPHY5EBRjiycVriMz5TEzO_8VN_1fMdvNvWbR0PwhrXKPMMil11X5hAvdfJQEaAovdZL-HQQ8t6WlizXJaZ_GpS3GDnFNTQ4zCpIZT9jmOWwE2iJZMo0quyR0D/s400/20" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQsbRuJ_az7jZx8R8Udq_khnlT5ZZ3LTEljOxR2HyjfM-GgvLprFO1dL7Th2hhNvuTFVuFM3FQ6TAGuuGfH7e_N-_Y-UlhqJ7gueOYPvkgSZJWtNHxLpNNjlDseqBNJP1lajs-U84blZqy/s1600-h/21"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108477616872450" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQsbRuJ_az7jZx8R8Udq_khnlT5ZZ3LTEljOxR2HyjfM-GgvLprFO1dL7Th2hhNvuTFVuFM3FQ6TAGuuGfH7e_N-_Y-UlhqJ7gueOYPvkgSZJWtNHxLpNNjlDseqBNJP1lajs-U84blZqy/s400/21" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS-N0gJ5P80g_hPHvSwGeUY93ygy3y-BCg6nJzwpRkhrduIzonPFOY35sxSJFxoUchWu_fTZdvkEidJsaTubJJKAC9jePcTItWgXrZM6vHvzq1YYEY8xfiN2W__ebcnrdz7UxQLqVsr_UF/s1600-h/22"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108476896253378" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 162px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS-N0gJ5P80g_hPHvSwGeUY93ygy3y-BCg6nJzwpRkhrduIzonPFOY35sxSJFxoUchWu_fTZdvkEidJsaTubJJKAC9jePcTItWgXrZM6vHvzq1YYEY8xfiN2W__ebcnrdz7UxQLqVsr_UF/s400/22" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV5sMvR_kTOHDgpV2D_OiRaXri9teT_pz53v2hBgRUOpZD4UVF_kf0BW9EKXlEPhLEHHV0oSrqgDg9sr2n_QO4mq7bhaADJStQmG5lm-xHJygXo0dVUglTJFYjBnVion7W-x0kY65Zu3Eu/s1600-h/23"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108212086775874" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 142px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV5sMvR_kTOHDgpV2D_OiRaXri9teT_pz53v2hBgRUOpZD4UVF_kf0BW9EKXlEPhLEHHV0oSrqgDg9sr2n_QO4mq7bhaADJStQmG5lm-xHJygXo0dVUglTJFYjBnVion7W-x0kY65Zu3Eu/s400/23" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjixNXRhPQA6FR-omIG70V2y1oEJG_joyNs_PyDpSXSUA2O2ZAOldKKxCyyWN5MwVIhDH4xdXHRS5LIOrhwn5oGTpjmfYwXN3Ojj3_kOENnSHwTy_vfts7bn0sdVsSVtDZDwo8bFCtcP0vC/s1600-h/24"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108202667331490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 144px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjixNXRhPQA6FR-omIG70V2y1oEJG_joyNs_PyDpSXSUA2O2ZAOldKKxCyyWN5MwVIhDH4xdXHRS5LIOrhwn5oGTpjmfYwXN3Ojj3_kOENnSHwTy_vfts7bn0sdVsSVtDZDwo8bFCtcP0vC/s400/24" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKvazECNaosSdisjTNBMJQoRo-JWUVv-RkjAc0W-VvIQ6g3tMnandlCHIL-dRXi23NxtYXKacfzp7R_i3AaXr6D-1KE1EnT2LPUJnDTY2xwxHSssEdy9sNn8oVPDVFmVbWKft4K39dWRMo/s1600-h/26"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108199717704818" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 146px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKvazECNaosSdisjTNBMJQoRo-JWUVv-RkjAc0W-VvIQ6g3tMnandlCHIL-dRXi23NxtYXKacfzp7R_i3AaXr6D-1KE1EnT2LPUJnDTY2xwxHSssEdy9sNn8oVPDVFmVbWKft4K39dWRMo/s400/26" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_7bl_rhnCKJuXrUmGRbL5NCTse2YFUIycSgh5sIT9XVNefeIhyphenhyphen5hzbg9YCt8XgXBSKgqzFIKO5vMa-PfuYJB8OhUlI5iMGDJdh1fEfx5IkhAi8JJo1itu2mrNCaXYdBO_6bqipuVdbKXa/s1600-h/27"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296108197371872354" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 156px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_7bl_rhnCKJuXrUmGRbL5NCTse2YFUIycSgh5sIT9XVNefeIhyphenhyphen5hzbg9YCt8XgXBSKgqzFIKO5vMa-PfuYJB8OhUlI5iMGDJdh1fEfx5IkhAi8JJo1itu2mrNCaXYdBO_6bqipuVdbKXa/s400/27" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja58W6gnGONMRNoBNH_FhPu45QBHOl4TE6319yoXr4KuQX9gObA0FNwdCDZJX8gxRbG2NjyeVSO99VrQHBLibtNjFxwWhJDif8qGi-CQYUWdugwvgUNX4TFzDxjGgDH5usauy9eK2T0q9C/s1600-h/28"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296100252755737170" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 158px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja58W6gnGONMRNoBNH_FhPu45QBHOl4TE6319yoXr4KuQX9gObA0FNwdCDZJX8gxRbG2NjyeVSO99VrQHBLibtNjFxwWhJDif8qGi-CQYUWdugwvgUNX4TFzDxjGgDH5usauy9eK2T0q9C/s400/28" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75oUrC25N2hMNvJi7rkprFrhCajR4wyrxIr-jCRPmdtDcmXAzTtGXfRKYrPMAhrfas47NaXH0geamWvFslM54xhFUoMfD67-amMOCIKkfBU2uG3S6AzNa9KIOr2zHP63dHm3C81GMX8x6/s1600-h/29"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296100246178556434" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 194px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75oUrC25N2hMNvJi7rkprFrhCajR4wyrxIr-jCRPmdtDcmXAzTtGXfRKYrPMAhrfas47NaXH0geamWvFslM54xhFUoMfD67-amMOCIKkfBU2uG3S6AzNa9KIOr2zHP63dHm3C81GMX8x6/s400/29" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi44cLXBSlcRBy631v5dgbpYD3QKscZ5jUtwwCThxG2wf-zmPL2UjS4XDwj3ofWVmflohuIOdEpkZML2D-aLS2qbLg_iuf1rC5dPiCfIVLhJKn9ffXnoDz4hHTLl96orlj0tO81Fb-jbwjT/s1600-h/30"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296100242474653682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 140px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi44cLXBSlcRBy631v5dgbpYD3QKscZ5jUtwwCThxG2wf-zmPL2UjS4XDwj3ofWVmflohuIOdEpkZML2D-aLS2qbLg_iuf1rC5dPiCfIVLhJKn9ffXnoDz4hHTLl96orlj0tO81Fb-jbwjT/s400/30" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ZOXFCjsNeX_YRCZV4m_tsHPb0HHn_AgUpy563eZD-jD_E4D0GHJbM6tk2nB_Ix0wlrMo5PgY6i6Il0QhV993SAJqL9HgfbSTZch2v86n7NmHs22x0O-lGGSZOMc4B37HhrIaqd-ZVtEy/s1600-h/31"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296100243516421522" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 192px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ZOXFCjsNeX_YRCZV4m_tsHPb0HHn_AgUpy563eZD-jD_E4D0GHJbM6tk2nB_Ix0wlrMo5PgY6i6Il0QhV993SAJqL9HgfbSTZch2v86n7NmHs22x0O-lGGSZOMc4B37HhrIaqd-ZVtEy/s400/31" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioHgQLmsQ8HYrgFAbNVlXuRqF8bZLMYxQRUMUp92JqTL8nQtSgJEeuVPUN7zxCCSvEUALz6XDbu5HbwZKz0giyNO-MD8dq67f70ASt0phhEv3OloDP0SZKIbjdwMQKPIYbgv1FESvJJEXD/s1600-h/32"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296100239225127602" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 156px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioHgQLmsQ8HYrgFAbNVlXuRqF8bZLMYxQRUMUp92JqTL8nQtSgJEeuVPUN7zxCCSvEUALz6XDbu5HbwZKz0giyNO-MD8dq67f70ASt0phhEv3OloDP0SZKIbjdwMQKPIYbgv1FESvJJEXD/s400/32" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3K2RFSh7I0RvCHLfrYLmoFkLZF6SFVUFWl_jaC0NkeDouhGIZQpDJKFflobxW19B3uqo53wEYcxoUuYVaKam9JT9KG8txfxk5VzptboBFCi_RJzCBPTR7-mQWtSr18-w83kobcgvxOD4Y/s1600-h/33"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296099341854619186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 216px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3K2RFSh7I0RvCHLfrYLmoFkLZF6SFVUFWl_jaC0NkeDouhGIZQpDJKFflobxW19B3uqo53wEYcxoUuYVaKam9JT9KG8txfxk5VzptboBFCi_RJzCBPTR7-mQWtSr18-w83kobcgvxOD4Y/s400/33" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgdAD1esHhXLpm3RQsOkxpzGUnUj6v3b3QRpfJQFDDkWlryVgoisTzkPQ4tYNfpuUSX4lXSi97bWwh35OEJdn88jDkWT8nvroRF9SVNuUOwcgGfiVjeeEyvUD0EIN2XhFS0i2E48ocrBLJ/s1600-h/34"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296099335944455682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 132px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgdAD1esHhXLpm3RQsOkxpzGUnUj6v3b3QRpfJQFDDkWlryVgoisTzkPQ4tYNfpuUSX4lXSi97bWwh35OEJdn88jDkWT8nvroRF9SVNuUOwcgGfiVjeeEyvUD0EIN2XhFS0i2E48ocrBLJ/s400/34" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuKVuGsd3J3FtWmbE-tD3TPzZWwWcC-jtV868QStEukIwqvqlwPu-lJHXyahgd8tlhU1625v0raesoVPV4QuCC6oj6VG5iUD-p9an5g3s4AhkVNjBqOqeeYKM7F_OaBkJB3ffB_0cihSQZ/s1600-h/35"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296099336702882418" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuKVuGsd3J3FtWmbE-tD3TPzZWwWcC-jtV868QStEukIwqvqlwPu-lJHXyahgd8tlhU1625v0raesoVPV4QuCC6oj6VG5iUD-p9an5g3s4AhkVNjBqOqeeYKM7F_OaBkJB3ffB_0cihSQZ/s400/35" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxFozef7CnWgcGfBsQb8E6yJCEGhjf3mPn6JO7iwv7nAX3FtXtC3yxxb9O8bBU3pv8eMjelifexJBXFyyDkEjFCLDVUXpEjDx2782e8LI-bO4jbMC55dnay6ybpCq2tma0gHnupNgKEpr3/s1600-h/36"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296099330939771538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 136px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxFozef7CnWgcGfBsQb8E6yJCEGhjf3mPn6JO7iwv7nAX3FtXtC3yxxb9O8bBU3pv8eMjelifexJBXFyyDkEjFCLDVUXpEjDx2782e8LI-bO4jbMC55dnay6ybpCq2tma0gHnupNgKEpr3/s400/36" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdecNQbthJCJkNK0RbkdxpSqLUryySiDb_6Roul85l61iWa8p_2jfK2uwWg9ivPRejYkg8DC_v_PLaXzF-CcwcQt4F4wYE2alqa38wkTkpEbl4JtYlXmkqidTdjGtk4YKZHZFVF2AZc8EO/s1600-h/37"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296099333969369170" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 134px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdecNQbthJCJkNK0RbkdxpSqLUryySiDb_6Roul85l61iWa8p_2jfK2uwWg9ivPRejYkg8DC_v_PLaXzF-CcwcQt4F4wYE2alqa38wkTkpEbl4JtYlXmkqidTdjGtk4YKZHZFVF2AZc8EO/s400/37" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfOw60gR7NRrHsiMVpoDRP07yi32AJd0mC-vEWBZ46OBso1Ts8YayFBe06YgkMl0_hwR5sY-hLV-_ll73PKsjpnRv_lEAc3_ZCEFY8eywolihsi8vCQS2qrCgvPATs5T7tQqN35aqh2yN5/s1600-h/38"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296098902394299442" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 188px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfOw60gR7NRrHsiMVpoDRP07yi32AJd0mC-vEWBZ46OBso1Ts8YayFBe06YgkMl0_hwR5sY-hLV-_ll73PKsjpnRv_lEAc3_ZCEFY8eywolihsi8vCQS2qrCgvPATs5T7tQqN35aqh2yN5/s400/38" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCusaAm1zCVAx3VG9jDkf5GQ2t6H3TgJvtQd1EUOb7a9ajT_gewpO7hLOMIs9E5-yfg18YA4RUZJrWDn15LUuv6Y-8GlnkV3xsvtPqFzS27MQwXjTiqSXJRxAtmzW0JUzGBJ33fPPMmz4E/s1600-h/39"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296098900411606962" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 136px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCusaAm1zCVAx3VG9jDkf5GQ2t6H3TgJvtQd1EUOb7a9ajT_gewpO7hLOMIs9E5-yfg18YA4RUZJrWDn15LUuv6Y-8GlnkV3xsvtPqFzS27MQwXjTiqSXJRxAtmzW0JUzGBJ33fPPMmz4E/s400/39" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVsab0VcYK4ePE8jFq-jRg6mXdEi3GMjjhfgAmiynrQwRnhiNeVT0NCyK8RiIjniVMJZqPhmAgEiBMtoR86gDQ7WPFvlQc5BOHahANASkbdZwo4FsHu4Wtt_s7qgjJ8vIw9Ab94enIapKU/s1600-h/40"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296098888996570370" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 132px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVsab0VcYK4ePE8jFq-jRg6mXdEi3GMjjhfgAmiynrQwRnhiNeVT0NCyK8RiIjniVMJZqPhmAgEiBMtoR86gDQ7WPFvlQc5BOHahANASkbdZwo4FsHu4Wtt_s7qgjJ8vIw9Ab94enIapKU/s400/40" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7noTkPwds9B5sYjJ1w4CCXfQAU_-EcD6CQBDHQlWKgIY7D2QA_bAAfF5YVty5HXDWYqIfyAoWsydZTrw4_RHoE8ZP9ylPrpGW8GlMFBvKIec2fLFEtPX6BsUADGiLrhUOH_bpEV3iWlHq/s1600-h/41"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296098885451154802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 260px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7noTkPwds9B5sYjJ1w4CCXfQAU_-EcD6CQBDHQlWKgIY7D2QA_bAAfF5YVty5HXDWYqIfyAoWsydZTrw4_RHoE8ZP9ylPrpGW8GlMFBvKIec2fLFEtPX6BsUADGiLrhUOH_bpEV3iWlHq/s400/41" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhql814OknorjozW9qtU185M3t0QR5leuQz5_9249KmygmSBaYeOm8glometWXzyKI5hwVbD-ZdBRq4OoUfVq2Z8b9DW5C8TEG6pSOO8uWWT7kF5E6_wNsupmad2YVIOW5_wMRL5e1XjJ6L/s1600-h/42"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296098880216622178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 224px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhql814OknorjozW9qtU185M3t0QR5leuQz5_9249KmygmSBaYeOm8glometWXzyKI5hwVbD-ZdBRq4OoUfVq2Z8b9DW5C8TEG6pSOO8uWWT7kF5E6_wNsupmad2YVIOW5_wMRL5e1XjJ6L/s400/42" border="0" /></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-6145639923904885792008-09-03T15:11:00.004-03:002008-12-09T15:20:13.071-03:00Fila de ingressos para o show da Madonna<a href="http://2.bp.blogspot.com/_5GO0NgK5Fss/SDYIq06iGDI/AAAAAAAAABs/O_fUFfeqJrU/s400/Madonna+Sticky+Sweet+Tour.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 161px; CURSOR: hand; HEIGHT: 202px" height="202" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_5GO0NgK5Fss/SDYIq06iGDI/AAAAAAAAABs/O_fUFfeqJrU/s400/Madonna+Sticky+Sweet+Tour.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-size:85%;">Ou eu já passei da idade, não passei?</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><br />Segunda feira, dia 01 de setembro de 2008. Primeiro dia de venda de ingressos para o show da Madonna no Rio, 15 anos depois do primeiro. Eu, que havia dito para quem quisesse ouvir que não perderia o show por nada e que queria ir de VIP, acordei cedo e às 8h da manhã, junto com a esposa, cheguei à tal fila em frente ao maracãnazinho.<br /><br />Eu estava preparada para encontrar uma fila bem maior do que a que encontrei. Deveria haver umas quinhentas pessoas na minha frente. Não era, de fato, muita gente. E às onze horas da manhã começaram a vender os ingressos. A fila parecia que iria andar rápido. Em pouco tempo avançamos os primeiros 50 metros. Parecia que em umas duas horas tudo estaria resolvido.<br /><br />Ledo engano. O que tinha acontecido era a ilusão da fila que levanta. Que, quando um anda um passo, o de trás avança dois, o terceiro, quatro, e a gente, cinqüenta metros. Segunda feira seria um pequeno pesadelo adolescente. Um pesadelo que eu não vivi adolescente e que me sentia um pouco velha demais para passar por aquilo tudo. Horas de espera, fãs enlouquecidos, pessoas de todos os gêneros, idades, maquiagens, e uma equipe da tal <a href="http://www.ticketsforfun.com.br/">tickets4fun</a> desrespeitosa e ineficiente. Além da ausência de poder público, insegurança e gente mal educada.<br /><br />Saí de lá onze horas depois, de posse de 5 ingressos para mim e minhas amigas, exausta e puta da vida. Ou furiosa, como disse de mim uma jornalista. Eis os motivos da revolta nada adolescente, da qual fui tomada:<br /><br /><strong>Primeira (má) notícia do dia</strong><br /><span style="font-size:85%;">O mistério dos ingressos VIPs<br /></span><br />Mal abriu a bilheteria, seis pessoas teriam sido atendidas e... foram esgotados todos os três mil ingressos VIPs. Várias pessoas que viraram a noite lá, que estavam no começo da fila certas de que conseguiriam comprar os melhores lugares ficaram a ver navios. E se revoltaram, fizeram confusão, com razão. Quiseram quebrar tudo. Mas de nada adiantou. Minutos depois alguns cambistas ofereciam os mesmos ingressos a quem quisesse comprar por 2 mil reais. Os mesmíssimos que valiam 600, na boca do caixa. Mais revolta. Em seguida um homem conseguiu comprar o ingresso VIP na bilheteria, pagando inteira. Logo depois de uma menina que queria pagar meia não conseguir. Mais revolta. Ela chama a polícia. Um funcionário pega o telefone dela e promete um ingresso VIP. O mistério só cresce.<br /><br />Eu havia passado a manhã lendo o jornal de domingo, no qual havia uma reportagem grande sobre a <a href="http://flusocio.com.br/blog/?p=1566">farra dos ingressos </a>no jogo da final da Libertadores, achei premonitório.<br /><br /><br /><strong>Segunda (má) notícia</strong><br /><span style="font-size:85%;">O sistema de venda de ingressos</span><br /><br />Passavam-se os minutos, as horas e a fila mal se mexia. Quando dávamos dois passos o fato era comemorado com gritos e aplausos. Eu, Mari e nossos amigos de fila nos revezávamos percorrendo a fila até o começo para ver qual era a situação. E então soube-se que a fila não andava porque o sistema de venda de ingressos caís continuamente. Por quê? Porque o sistema era o mesmo para o Maracanazinho, para o outro ponto de vendas e para a Internet, o que congestionava tudo. A Internet caía e a gente caía também. A notícia veio acmpanhada de outra: a de que os mesmos ingressos eram oferecidos em todos os três meios de vendas. Ou seja: Se demorávamos uma hora para 20 pessoas comprarem ingressos na fila, nessa mesma uma hora milhares de pessoas poderiam comprar ingressos via Internet. O que significava que nós poderíamos passar o dia inteiro ali e sair de mão abanando. Para nós não havia qualquer reserva de ingressos.<br /><br />A empresa respondia a isso dizendo que queria facilitar ao máximo a comprar dos ingressos, economizar o tempo dos fãs e essas babaquices todas. Mas o que é realmente estranho é que, pela Internet há uma tal de “taxa de conveniência” de 20% do valor do ingresso. Mais 20 reais para entrega em casa. Ou seja, um ingresso que custa 600 reais, sairia, pela Internet, 740 reais. Ou seja, para quê dar qualquer prioridade a quem estava na fila, se o lucro era muito maior pela Internet?<br /><br />Mas a empresa não era apenas malandra. Era também ruim e despreparada, pois o sistema on line travava o tempo todo e muita gente passou a madrugada inteira sem conseguir conectar ou sem conseguir efetuar a compra. Ou mesmo sem conseguir confirmar que havia efetuado a compra mesmo depois de ter dado os dados do cartão de crédito.<br /><br />As notícias percorriam a fila. A última, ao meio dia era a de que apenas 3 pessoas haviam comprado ingressos VIPs na Internet. O resto havia evaporado. Invencionice ou verdade, aquilo pareceu a todos muito possível e foi repetido por milhares de bocas, como em um telefone sem fio.<br /><br /><strong>Terceira (má) notícia</strong><br /><span style="font-size:85%;">Ou a santa esperteza de alguns<br />Ou somos todos uns filhos da puta</span><br /><br />Daqui a pouco um amigo de fila vem revoltado e conta: há uma fila para terceira idade lá. Está cheia de velhinhos de aluguel, as pessoas oferecem 50 reais e o velhinho entra na fila. Tem também um monte de mulher gorda se fazendo de grávida. E gente arrumando umas crianças e colocando no colo.<br /><br />Muita gente também ficava na grade de proteção da bilheteria oferecendo 50 reais para que o “da vez” comprasse seu ingresso.<br /><br />Mariana vai lá ver. Reclama com a organização. Eles informam que nada podem fazer. E pronto.<br /><br />Nada podiam fazer também para organizar a fila. Havia furões se enfiando na frente de todo mundo. As pessoas começaram a dar as mãos para fazer um cordão de isolamento. Nenhum funcionário ajudava. Os furões começaram a ser linchados. A desorganização era tanta que daqui a pouco ninguém mais sabia quem era quem. A fila de velhinhos tinha gente de qualquer idade. E não havia a quem pedir socorro.<br /><br />Toda hora vinha uma notícia “lá da frente” de que estava instaurada uma confusão e que por isso a fila não andava.<br /><br /><strong>Quarta (má) notícia</strong><br /><span style="font-size:85%;">Os (três) funcionários despreparados<br />Ou Brincando no arraiá</span><br /><br />Uma única funcionária da empresa percorria a fila dando notícias. Acabaram os ingressos da cadeira central. Depois voltava. Foi um erro do sistema, só acabaram os VIPs. Depois de novo. Agora acabaram mesmo as cadeiras centrais. Voltava mais uma vez: não, desculpem, ainda tem, foi um erro do sistema.<br />(olha chuva! Uhhhh! É mentira! Ahhhhh!)<br /><br />Não havia a quem reclamar de nada, então reclamei com aquela moça mesmo: vocês estão numa desorganização só. Cadê a ordem da fila? Cadê outros funcionários? A fila não anda! Quem está controlando os cambistas? Ela me respondia. A fila anda sim. É lento, mas anda e nós estamos fazendo o melhor que podemos. E pronto.<br />O melhor que eles podiam era colocar aquela funcionária percorrendo a fila e dando notícias podiam ou não ser verdadeiras.<br /><br />Na fila dos velhinhos havia um outro funcionário. A gente reclamava de que os 40 velhinhos tinham 3 caixas enquanto mais de duas mil pessoas só tinham sete. E ele disse: Vocês deveriam aprender a reclamar antes de reclamar. Virou as costas e foi falar com outras pessoas. Eu comecei a gritar mais e mais. Os amigos de fila ficaram preocupados comigo: você está muito nervosa, não vai adiantar nada. Eu respondia: contanto que ele fique nervoso também está tudo certo. Eles, que também não tinham amis o que fazer, se juntaram em mim em coro: Mal educado, mal preparado, filho da puta. E assim seguíamos.<br /><br />Daqui a pouco chega uma mulher e grita: reclamei da fila dos velhinhos que anda rápido enquanto a nossa está parada. Sabe o que o funcionário respondeu? que eu deveria alugar um velhinho que nem todo mundo e furar a fila. Estou indo para a polícia agora mesmo.<br /><br /><br /><strong>Quinta (má) notícia</strong><br /><span style="font-size:85%;">Ou polícia para quem precisa!<br /></span><br />Em um determinado momento, depois de ver cambistas agindo livremente, depois de não ver policiamento nenhum para dar apoio a um monte de gente obviamente cheia de dinheiro, depois de uma fila mal organizada, eu fui lá na frente tirar satisfações e chamar a polícia. Me veio um policial a paisana, que não se identificou. Foi comigo até mais ou menos onde eu estava na fila. Pediu para que eu identificasse os cambistas. Eu mostrei alguns a ele e ele disse: Ok. Agora você tem que ficar esperando algum comprar, me chamar e ir para a delegacia comigo, ele e o cara que comprou. Eu perguntei se eu teria que ficar cara-a-cara com o bandido ele disse que eu não estava nos EUA. E que eu teria que testemunhar o crime, senão não havia crime. Eu falei: mas a polícia está ali (havia um carro, com dois policiais dentro parados há horas, sem se mexer), por que ela, que está vendo tudo, não faz alguma coisa? Porque não adianta nada. Como assim? É, no final, não adianta nada mesmo. Para que prender? Indignada, ainda pedi por favor para colocar algum policial fazendo a ronda da fila, pois éramos alvo fácil para bandidos. O policia respondeu que isso também não ia adiantar nada, que eles não iam poder ajudar a gente. Virou as costas e foi embora. Me deixando de cara com os cambistas que me encaravam.<br /><br />Nisso uma repórter e abordou e <a href="http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL744352-7085,00.html">escreveu uma matéria </a>me classificando de jovem furiosa.<br /><br />Pois é. Jovem furiosa. Logo eu...<br /><br /><br />Ps: Outro indignado:<br /><a href="http://www.madonnanow.com.br/mznews/noticias.php?mzn_pg=2">http://www.madonnanow.com.br/mznews/noticias.php?mzn_pg=2</a></div>Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-82802057050539358842008-08-24T00:10:00.002-03:002008-08-24T00:16:23.473-03:00A solidão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2VOgmJeNFGGCc9B-xN7xXkrMBp1DT190s_alcP5oqdrTi-5TsecdyRoeZj6HeR0HMbAEiHXuRC2lbg3GIRAcU97DUiMyS933jSMwKAd200VxveWeSzJ4csNDZ0ND0AdNESkfq7Z1-CLL1/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5237917729984256178" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2VOgmJeNFGGCc9B-xN7xXkrMBp1DT190s_alcP5oqdrTi-5TsecdyRoeZj6HeR0HMbAEiHXuRC2lbg3GIRAcU97DUiMyS933jSMwKAd200VxveWeSzJ4csNDZ0ND0AdNESkfq7Z1-CLL1/s320/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><br />Estou sozinha em casa, em silêncio.<br />Bom, não totalmente em silêncio. O fato de digitar, as teclas, o ventilador do computador, tudo isso são barulhos meus. Somados a eles vêm outros tantos barulhos do corredor de ar do prédio. Há um fim de festa, gente rindo. De vez em quando alguém toca um piano e há aplausos. O vizinho de trás vê televisão no quarto. Do outro lado da rua um casal conversa, animado, na janela. Um carro passa. Depois não passa. Depois passa outro. Então há todos esses barulhos preenchendo o vazio da solidão.<br /><br />Gosto do barulho do teclado. Me faz uma companhia insubstituível. Não é sempre que ele se impõe sobre o resto. Meus computadores, colegas de trabalho, fazem muitos barulhos. São janelas para histórias que eu ajudo a contar. Sou editora de vídeo. Estou editando vídeos sobre a solidão. E aqueles barulhos, e as músicas, e os gestos solitários de personagens sem solução me fazem companhia noite à dentro, quase toda noite.<br /><br />(O celular agora toca e interrompe. Falo. Passa.)<br /><br />Esses personagens com os quais convivo. Tenho pensado muito neles. Sozinhos, solitários, sofridos. Tenho pena dessa solidão que eles vivem. Solidão que é um espelho da solidão de quem escreve, ou do medo da solidão de quem escreve aqueles personagens. Conheço esse medo de vê-lo nas pessoas. As pessoas não gostam de se sentir solitárias, elas procuram companhia, elas procuram outras pessoas, a Tv, o telefone, ouvir música. Eu não. Eu gosto de ficar sozinha, em silêncio. A cidade me transtorna um pouco com todos os seus barulhos. É difícil parar de prestar atenção no mundo quando há gente, visível ou ouvível, em todas as direções. Amo a solidão. Amo estar sozinha em casa. Troco fácil a noitada, os amigos, a farra, pela noite all by my self em frente ao computador, junto do livro ou olhando para a parede.<br /><br />Gosto de repensar minha vida o tempo todo. Gosto de imaginar a possibilidade de voltar no tempo e mudar umas coisas. Repenso meus momentos de desespero, repenso e imagino-me saindo daquilo. Não sei se há aí uma ingenuidade, ou uma tirania. Certamente há a esperança de que não me deixe cair na mesma armadilha.<br />Gosto também de sentir raiva. É bom sentir raiva quando se está sozinha. Às vezes acontecem coisas que me dão verdadeiro ódio, mas eu prefiro adiar o ódio para a solidão. Prefiro gritar com as paredes e fantasiar vinganças. De preferência vinganças a serem concretizadas.<br /><br />Eu gosto da solidão para planejar coisas más.<br />Eu gosto da solidão para me atormentar com coisas ruins.<br />Eu gosto da solidão também para imaginar um futuro bem bacana.<br />Às vezes megalomaniacamente bacana.<br />Tipo mega sena, iate, mansão, mulheres.<br />Tipo uma festa bacanérrima de aniversário.<br />Tipo torturar e matar uns políticos filhos da puta.<br />Tipo ter filhos e netos.<br />Tipo rever uma amiga que tem tempo.<br /><br />Eu gosto de ficar sozinha também para não pensar em nada.<br />Perder meu tempo cutucando uma espinha, cortando unha do pé, fazendo bagunça.<br />Não gosto de desperdiçar qualquer oportunidade.<br />Por isso não dói trabalhar com aqueles personagens solitários do Ceylão. Não dói porque eles não me tocam. Na verdade, por mais que eu os veja e os construa também, eu não os compreendo. O desespero da monotonia não me atinge. O desespero de não ter com quem também não me atinge. Me atingem as pessoas, isso sim. Mas a solidão é como uma casa, um refúgio, um lugar sempre possível. Sempre viável. E sempre propício a me levar de volta ao mundo dos outros. Afinal, a solidão feliz de uma pessoa sempre atrai uma multidão de gente.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-42603245553312255762008-07-28T22:19:00.003-03:002008-07-29T14:52:03.252-03:00BalzaquianasCaí em mim finalmente. Sim, eu vou fazer os temidos 30 anos e não, não é o fim do mundo. Pelo contrário. Caí em mim: estou louca para que chegue logo o dia. Eu vou fazer trinta anos!<br /><br />Tinta anos. Eu tenho esperado por esse dia há quantos anos? Não sei. Imaginei tantas coisas, tantas coisas para mim. Tive muitos sonhos. Sempre imaginei que, quando fizesse 30, eu seria assim e assado. Na minha adolescência, eu me ia casada, com filhos pequenos, batalhando muito e com algum dinheiro no bolso. Algum bom dinheiro no bolso, quero dizer. Adultesci imaginando que não era tão difícil assim conseguir ter uma certa grana sobrando. Minha inteligência e minha educação seriam suficientes. E eu queria que isso viesse acompanhado do sonho americano. Casinha com cerca branca, filhos, cachorro.<br /><br />Pois é, eu admito. Fui mesmo uma adolescente esquerdista, muitas vezes radicalmente esquerdista, mas que o que queria mesmo era ficar adulta vivendo o sonho americano. Por quê? Ainda não descobri.<br /><br />Depois o tempo passou. Desisti dessa coisa de ter filhos antes dos trinta (espero tê-los antes dos quarenta). Desisti de ficar rica. Mas ainda sonhava com ter alguma grana sobrando e uma carreira de sucesso. Namorava essas figuras de revista Você.sa que, com trinta anos, já têm tudo, já conquistaram tudo...<br /><br />Mas, estranhamente, quanto mais eu me aproximava dos trinta, mais tudo isso parecia distante. Minha incrível faculdade, a UFRJ, não parecia mais tão incrível assim. Greves, atrasos, maus professores, nenhuma avaliação, currículo confuso e um desinteresse crescente meu por tudo aquilo. Quis abandonar e quase o fiz. Mas eu pensava: não. Quero ter diploma para, caso for presa, ir para cela especial. <br /><br />Hahaha. Pensava isso mesmo. Pensava e dizia, para quem quisesse ouvir. Com todas as letras. Bom, a gente nunca sabe do futuro, né? E nesse país de merda, onde quem tem mais tem mais e vive melhor é mais bem tratado, eu queria fazer parte do grupo de exclusão. E não me arrependo. Tenho o tal diploma. Me serviu para conseguir um emprego naquela empresa, a tal da Petrobrás.<br /><br />Eu e Petrobrás, todo um capítulo à parte. Não vou contar muito porque não posso. Fui proibida na justiça de falar sobre o que me aconteceu na Petrobrás. Mas digo que foi feio, que foi escroto, que me fuderam e que quem me fudeu tem fama de ser uma pessoa revolucionária e defensora dos diretos dos trabalhadores. Uma dessas figuras de esquerda, ex-guerrilheira, fundadora do PT. Essas merdas. Bom, nada mais banal do que ser fudida por uma dessas figuras. Mas não posso falar nisso. Só digo que entrei na justiça e que a justiça me fudeu de novo.<br /><br />Bom, falei da Petrobrás porque, quando comecei a trabalhar lá, parecia que finalmente eu ia realizar certos sonhos de infância de ser aquela mulher bem sucedida e tudo... logo deu merda e eu perdi aquele posto de mulher bem sucedida, e aquele dinheiro de mulher bem sucedida, e parei de usar aquelas roupas de mulher bem sucedida, e perdi a pose, e meu pai me olhava de novo com aquela cara de que eu era uma adolescente sem rumo e sem razão...<br /><br />E nunca meu sonho de ser isso e aquilo aos trinta anos pareceu tão distante.<br /><br />Depois disso, tentei não pensar mais no assunto. Tentei abstrair. Tentei fingir que a idade, os anos passando, não me incomodavam. Mas incomodavam. E, de repente, eu não sabia mais o que eu queria para quando fizesse trinta anos. Acho que, com o tempo, eu comecei a querer me sentir adulta. E apenas isso. Adulta.<br /><br />Faz pouco tempo tive um desentendimento com meu pai. Mais um, depois de anos e anos de desentendimentos. Mais um. Esses desentendimentos me deixam exausta. Não que eu tenha tido muitos entendimentos com ele. Não, não tive. Bom, ele acha que teve comigo, mas é uma fantasia louca da cabeça dele. Dessas fantasias que os pais, quanto mais distantes são de seus filhos, têm em relação a eles. Tive esse desentendimento e foi a gota d’água. Fiquei um tempo sem falar com ele e quando finalmente falei, reuni toda a minha coragem e toda a minha análise e toda a sinceridade e boa vontade e escrevi um email. Não muito longo. Não muito curto. Escrevi um email direto e sincero. Disse as coisas principais e pedi que me respeitasse, me olhasse de frente, me encarasse como o ser humano adulto que sou. Meu pai respondeu evasivamente. Respondeu esquivamente. Respondeu sem nexo. Não o entendi. Não o entendo. A única coisa que eu entendi perfeitamente foi a frase: a lembrança que tenho de você é a de uma criança pendurada na estante e me olhando... e não quero trocar essa imagem por nenhuma outra.<br /><br />E foi ao ler isso que eu entendi. Eu sou realmente uma pessoa adulta. Quando duvido de mim mesma, das minhas capacidades, de quem eu sou, do que eu quero e tento me moldar, eu estou dando trela ao meu pai, que me vê como uma criança. Um ser sem voltades próprias, sem ambições próprias, sem capacidade de se decisão e de se manter. E aí pensei: tenho quase trinta anos e não preciso de nada disso. Eu sou auto-suficiente. Eu sou totalmente capaz de me virar sozinha. E eu sou feliz. E sim, eu tenho minha casa, eu tenho minha esposa, um dia terei filhos e, finalmente!, eu tenho uma profissão. <br /><br />Nunca estive tão bem na vida. <br />E vou fazer trinta anos.<br />Vou ser exatamente o que quero ser. <br />Uma pessoa criativa, viajante, com os pés no chão e a cabeça na lua.<br />E um saco de problemas sempre aparecendo, mas nada que eu não consiga lidar.<br />Eu sou meu próprio porto-seguro. <br />E não preciso de pai.<br />Nem de mãe.<br />É bom, não precisar deles.<br />E me reservar o direito de querer ou não a sua companhia.<br /><br />Afinal, eu sou adulta. Vacinada. E que paga as próprias contas.<br />Demorou, mas aconteceu.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-45179185134579160572008-07-19T01:45:00.003-03:002008-07-19T02:04:13.979-03:00ASSUNTO PARA PESQUISA: BÁRBARA NUNESColoquei meu nome no Google e isso foi o que eu encontrei:<br /><br />1 – EU! Meu filme <a href="http://www.curtagora.com/filmografia.asp?Profissional=Barbara%20Nunes">O Golpe Alien </a>no CurtaAgora. Alias o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=7P8b3vnsPyI">Golpe Alien </a>está em muitos lugares...<br /><br />2 – Milhares de perfis de adolescentes e universitárias em blogs, no LinkedIn e sites correlatos. Também em sites de procura de empregos.<br /><br />3 – Eu de novo, no <a href="http://www.imdb.com/name/nm2212077/bio">IMDB</a><br /><br />4 – Uma <a href="http://www.zoominfo.com/Search/PersonDetail.aspx?PersonID=7867638 ">professora de negócios americana </a>que, pelo que entendi, busca emprego <br /><br />5 – Uma <a href="http://www.curricular.com.br/babimahon">especialista</a> em ciências criminais <br /><br />6 –<a href="http://www.youtube.com/watch?v=jLekMPYtOec&feature=related"> Uma terapeuta ocupacional </a>que não sabe falar português<br /><br />7 – Eu de novo. Posts de 2006 do <a href="http://unsioutros.blogspot.com/2006_02_01_archive.html">Uns&Outros </a><br /><br />8 – Mais e mais perfis em sites de relacionamento. Mas esses eu não tenho paciência para olhar...<br /><br />9 – Eu! De novo! Quando passei para a segunda fase da <a href="http://www.vestibularusp.com.br/scripts/listconv.asp?anofuv=1998&letra=B ">FUVEST </a><br /><br />10 – Uma outra Bárbara Nunes que também passou para a segunda fase da <a href="http://www.fuvest.br/vest2008/listas/chamB2008.stm">FUVEST </a><br /><br />11 – Uma tal de <a href="http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=%22b%C3%A1rbara+nunes%22&start=40&sa=N">Bárbara Nunes Gonçalves </a>que, desde quando eu estava prestando vestibular, em idos de 1998. Ela sempre aparecia nas mesmas listas de aprovandos que eu e eu disputava internamente com ela, uma colocação imaginária. Ora, eu era a melhor Bárbara Nunes <br /><br />12 – <a href="http://www.videiraverdadeira.com.br/detalhes_produto.php?cod_produto=979">Uma antropóloga </a>(eu acho)<br /><br />13 – Eu de novo! Fotos minhas no site do meu<a href="http://www.celight.org.br/fotos/fotos.html"> clube excursionista </a><br /><br />14 – A estudante de um colégio chamado Sta Bárbara e que se chama <a href="http://www.colegiosb.com.br/aniversariantes.htm">Bárbara Nunes Silva</a> (quase eu!) (estranho não é achar alguém com esse nome, pois todas as partes dele são muito comuns. O mais estranho foi eu nunca ter achado antes. Houve um episódio anos atrás em que eu perdi o meu cartão do banco do Brasil em Brasília. Precisei fazer um saque com minha identidade, mas não me lembrava os dados da conta. A incrível descoberta foi que, ao buscar quantas Bárbara Nunes e Silva existiam no sistema deles, só apareceu eu!)<br /><br />15 – <a href="http://dancesportinfo.net/Dancer/Barbara_Nunes_1080441/Details.aspx">Uma dançarina portuguesa </a><br /><br />16 – Eu de novo. Meu blog <a href="http://falandodehoje.blogspot.com/">Hoje Eu... </a><br /><br />17 – <a href="http://209.85.215.104/search?q=cache:RrLWRBcJ4joJ:www.cultura.rs.gov.br/internas.php%3Finc%3Dassessoria%26cod%3D1098716857+%22b%C3%A1rbara+nunes%22&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=77&gl=br">Uma fotógrafa </a>no Rio Grande do Sul, que dá cursos à comunidade <br /><br />18 – A partir da página 7 todas as páginas acabam com meu blog Hoje Eu...<br /><br />Bom, vamos ver se encontro alguma figura interessante ainda mais para a frente... ou se me encontro de novo, em outro lugar... Antigamente tinha uma puta, uma cientista e uma professora... OU seria uma professora de ciências puta? Vamos ver se encontro...<br /><br />1 – <a href="http://www.coseac.uff.br/vest99/estat/estat26.htm ">Minha Colocação </a>em primeiro lugar em Produção Cultural na UFF. Nunca cursei. Inda bem. Produção? To fora!<br /><br />2 – Olha! Uma Bárbara Nunes auto-centrada que tem <a href="http://bazinhanunes.blogspot.com/">um blog </a>e não sou eu!<br /><br />3 – Eu! Nos agradecimentos do <a href="http://www.editoradobispo.com.br/site/areafile/download/arquivo/Pereio.pdf ">livro do Peréio</a>, pode? Parece que está disponível para download. Olha que máximo! <br /><br />4 – A Bárbara Nunes Gonçalves está em todas as listas de aprovados de todos os concursos imagináveis e a Bárbara dançarina também está em todas.<br /><br />5 – Eu de novo! No site <a href="http://www.paralelos.org/out03/000348.html ">Paralelos</a>, em matéria sobre aquele livretinho que lançamos no final da Oficina Literária da UERJ. Me lembro bem dessa matéria. Foi finalizada com uma citação à minha poesia para minha musa <a href="http://transitorios.blogspot.com/">Clarisse</a>, mas a pessoa cultíssima que escreveu a matéria me corrigiu! O nome da <a href="http://unsioutros.blogspot.com/2008/01/musa.html">minha musa </a>certamente era Clarice, não é verdade? E eu é que sou inculta e não sei escrever!<br /><br />Ah! Chega. Cansei.<br />Conclusão?<br /><br />1 – Há muitas Bárbaras Nunes andando por aí, e já há uma Bárbara Nunes Silva. Daqui a pouco eu serei afogada no meio de tantas homônimas.<br />2 – Os sites de relacionamento são uma praga e, na busca por uma pessoa, você dá de cara com um monte de perfis babacas. Que saco!<br />3 – Muitas dessas Bárbaras são umas adolescentes chatas. Odeio adolescentes. Desde a primeira vez que vi um!<br />4 – A outra coisa que enfesteia é esse monte de lista de aprovação em concurso. Que saco!<br />5 - Este blog no qual vos escrevo não tem absolutamente nenhuma relevância no google...<br /><br />Fui até a página 25 dos resultados Google. Qualquer dia crio coragem e continuo.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-47640711571047861342008-07-10T10:15:00.002-03:002008-07-10T10:22:18.548-03:00EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRAA Internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX.<br /><br />Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da Internet.<br /><br />A Internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento.<br /><br />O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à Internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural. A Internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial.<br /><br />A Internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana. E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A Internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação. Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somo usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "Educação e Carreira", ou seja, acesso à sites educacionais e profissionais. Devemos assim, estimular o uso e a democratização da Internet no Brasil.<br /><br />Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência. Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso.<br /><br />É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.<br /><br />Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador.<br /><br />Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime. O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém! Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los).<br /><br />Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos. O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"?<br /><br />Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável. Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a Internet é um importante instrumento nesse sentido.<br /><br />Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na Internet, a ser considerado crime. Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI.<br /><br />Por estas razões nós, abaixo assinados, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na Internet brasileira.<br /><br />André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.<br /><br />Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre.<br /><br />João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais<br /><br />*****<br /><br />Para assinar a petição, <a href="http://www.petitiononline.com/veto2008/petition.html">clique aqui</a>. <p>Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-1907748233998970422008-07-01T11:37:00.007-03:002008-07-03T11:05:50.804-03:00Genocídio de Ruanda 1994Acabei de ler um livro chamado "Sobrevivi para contar", escrito por uma mulher sobrevivente ao genocídio, <a href="http://www.immaculee.com/">Immaculée Ilibagiza</a>. Immaculée sobreviveu ao extermínio de mais de 800.000 pessoas, inclusive o de quase toda a sua família, durante o genocídio de Ruanda, quando o governo Hutu incitou os cidadãos a caçarem, matarem e esquartejarem todo e qualquer Tutsi que vissem pela frente. Immaculée era tutsi, portanto estava na lista para ser exterminada e foi caçada por aqueles que haviam sido seus vizinhos, amigos e professores no passado. Sobreviveu graças a ajuda de um pastor hutu, que a escondeu em um pequeno banheiro junto com mais sete mulheres.<br /><br /><strong>Minhas ignorâncias</strong><br /><br /><a href="http://www.parlandosparlando.com/picture_library/ruanda/genocidio/quadro_etnico_tutsi_hutu_twa.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 153px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px" alt="" src="http://www.parlandosparlando.com/picture_library/ruanda/genocidio/quadro_etnico_tutsi_hutu_twa.jpg" border="0" /></a>Tutsis, hutus, Ruanda...<br /><br />Me lembro vagamente de estudar alguma coisa sobre esse conflito enquanto acontecia. Sabia que Ruanda ficava na África. Sabia que os tutsi e os hutu eram dois grupos étnicos que viviam em Ruanda e que guerreavam, mas acho que nunca compreendi o que estava acontecendo. Era 1994, eu estava cursando o primeiro ano do segundo grau e minha ignorância sobre qualquer coisa relativa à África era apenas pouco menor do que a que tenho agora.<br /><br /><br /><strong>Resumindo a história</strong><br /><span style="font-size:85%;">Ou, o pouco, muito pouco, que sei sobre Ruanda.</span><br /><br /><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Rwanda">Ruanda</a> é um pequeno país no centro da África.<br /><br />Bom, é meio estranho começar assim. Queria falar um pouco da história de Ruanda. Mas Ruanda só existe depois da colonização. Depois que os europeus foram lá, demarcaram terras, dividiram entre eles e decidiram, depois de algumas disputas (tipo a primeira guerra mundial), que país iria ganhar qual pedaço da àfrica. Antes disso a África era um continente vasto, cheio de florestas,<br /><br />mosquitos, animais perigosos e vanibais até onde nossa vista ignorante pode alcançar.<br /><br />Portanto a história de Ruanda começa no século XIX, quando ela é "dada" à Alemanha. Posteriormente o controle sobre o país foi passado para a Bélgica.<br /><br /><a href="http://www.localization-translation.com/images/maps/map-ruanda.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 173px; CURSOR: hand; HEIGHT: 182px" height="163" alt="" src="http://www.localization-translation.com/images/maps/map-ruanda.jpg" border="0" /></a>Para controlar o país, que depois ainda se dividiu em dois, Ruanda e Burundi, os belgas se aproveitaram de um antigo sistema de poder entre as duas tribos dominantes do local, os tutsi e os hutu. Os tutsi eram uma minoria, mas eram eles que reinavam e controlavam a população local, de maioria hutu. Os belgas colocaram os tutsi para trabalhar com eles e lhes deram poder e liderança. Dessa forma procuravam controlar a população local com certa facilidade. Mas a parceria não durou muito, pois logo os tutsi se revoltaram contra os belgas e quiseram a independência. Acreditando que os hutu seriam mais fáceis de controlar, os belgas inverteram o sistema de poderes. Os hutu, que tinham grandes ressentimento contra os tutsi, os discriminaram e caçaram durante décadas. Muitos tutsi foram exilados nos paises visinhos.<br /><br /><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 194px; CURSOR: hand" alt="" src="http://newsimg.bbc.co.uk/media/images/39987000/jpg/_39987993_genocide2_afpbody.jpg" border="0" />Em 1990, uma força guerrilheira formada pelos tutsi exilados, a FPR, invadiu Ruanda tentando derrubar o governo. O governo hutu começou a fazer propaganda via rádio contra os tutsi, incitando a população ao ódio. Entre derrotas e vitórias, o governo e a força revolucionária tentavam chegar a algum acordo. Mas em 1994 o presidente hutu foi morto quando seu avião foi derrubado, logo que voltava de uma negociação pela paz. Com isso o gorverno passou a incitar a perseguição, a matança e a violência generalizada contra os tutsi, o que se extendeu também contra os hutu moderados, acabando por exterminar 800 mil pessoas.<br /><br /><br /><strong>Um trabalho a fazer</strong><br /><br /><a href="http://www.crimewatchcanada.com/frontpagearticles/relatingtogenocide_files/image001.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 201px" height="232" alt="" src="http://www.crimewatchcanada.com/frontpagearticles/relatingtogenocide_files/image001.jpg" border="0" alight="right" /></a> O governo incitava a população a parar tudo para se dedicar exclusivamente à caça de tutsi. Fecharam escolas, fábricas e o comércio. Nada mais funcionava. Ninguém deveria trabalhar até que o trabalho de exterminar as "baratas" tutsi fosse terminado. O governo utilizou-se de dinheiro cedido pela ONU para financiar a compra de milhões de facões, fuzis e revólveres que distribuiu pela população. Todos os meios de comunicação se dedicaram exclusivamente a pregar a limpeza étnica.<br /><br />E o mundo assistiu calado. A ONU se retirou, os brancos foram evacuados.<br /><br />E, em seguida, já não existiam ruas em Ruanda, existiam apenas pilhas de corpos, ossos, roupas, casas destruídas. Um cenário demoníaco.<br /><br /><br /><strong>Voltando ao livro</strong><br /><br />Pois é, Immaculèe sobreviveu a isso tudo escondida em um banheiro de 1m x 1,30m.<br /><br />No livro ela conta a história do massacre sob um ponto de vista muito pessoal. Conta como a fé em Deus a salvou. As horas no banheiro apertado, onde mal podia se mexer e não podia fazer qualquer barulho para não atrair a atenção dos assassinos, e como gastou essas horas em transes em que pedia a Deus para perdoá-los, para ser capaz de amá-los pois eram filhos do mesmo Deus. Como sentia que o diabo tentava fazê-la perder as esperanças, como dizia a ela que ela estava mentindo a deus, pois em realidade odiava e queria a morte de seus perseguidores. E como ela conseguiu superar todas as suas angústias, medos e rancores pelo amor a Deus. E conseguiu perdoar. Mais tarde, quando a guerra já havia acabado, ela foi visitar o assassino de seus pais na cadeia. Ele havia sido seu vizinho. Aproveitara a situação para roubar os pertences da família. O carcereiro do assassino colocou-o na mesma sala com Immaculèe e disse a ela que ela poderia fazer com ele o que quisesse. Ela o perdoou.<br /><br />Não, eu não acredito em Deus. Mas achei linda a fé dessa mulher. A capacidade de perdoar a monstruosidade alheia.<br /><br /><br /><strong>Mas, falando sobre isso...<br /></strong><br />Minha educação formal me ensinou que a África é um subcontinente, que só existe por causa da Europa. Antes dos europeus chegarem lá, não existia nada que merecesse qualquer atenção em aulas de história. E mesmo depois...<br /><br />O que me foi ensinado é que lá os europeus conseguiam estabelecer-se e caçavam escravos pelas matas. Traziam esses escravos para as Américas e... bom, depois os europeus fizeram a primeira guerra mundial para disputar os territórios africanos. Uma vez estabalecido o que era de quem, ficou tudo bem, o mundo seguiu em paz...<br /><br />Agora, sobre a história desses povos que habitavam e habitam a àfrica, nada sei. Como ficaram esses países, um pouco de história... Ah! nada disso é importante. A gente estuda no máximo um pouquinho sobre a África do Sul porque... Por que mesmo? Deve ser essa culpa judaico-cristã... temos que falar do apartheid, não é mesmo? E só.<br /><br />Como pode um pais em que metade da população é formada por pessoas negras ou mestiças, simplesmente ignorar todo um continente? Como podemos não saber NADA sobre nossas raízes?<br />O apartheid existe de muitas formas...<br /><br /><br /><br /><p><a href="http://www.brazilonboard.com/brasil/simbolos_nacionais/bandeira.gif"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.brazilonboard.com/brasil/simbolos_nacionais/bandeira.gif" border="0" /></a> </p><p></p><p><br /><strong>E falando sobre o Apartheid...</strong> </p><p></p><p align="center"><a href="http://www.globalsoulpower.com/content_images/1/MandelaPassport.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.globalsoulpower.com/content_images/1/MandelaPassport.jpg" border="0" /></a></p><p>Ontem deu no <a href="http://www.estadao.com.br/internacional/not_int197096,0.htm">jornal </a>que os EUA resolveram finalmente tirar Nelson Mandela da lista dos terroristas internacionais mais procurados. Ele estava lá por ter lutado contra o Apartheid.<br /><br />Os <a href="http://desciclo.pedia.ws/wiki/EUA">EUA</a> realmente sempre foram bons em apontar o dedo para bandidos internacionais...<br /><br />E o melhor, os jornalistas brasileiros se limitam a comemorar o fato. Ninguém questiona nada.</p><p> </p>Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-32409884817187692552008-06-24T11:19:00.005-03:002008-06-25T11:32:02.502-03:00Nos moldes do InsujeitaO <a href="http://insujeita.blig.ig.com.br/">Insujeita</a> sim, que era blog de verdade. Desses que a gente sempre atualiza, que a gente cuida, lustra, que alguém visita com alguma freqüência. Este não. É um trambique só. Não sei nem a que se propõe. Se há algum clima de alguma seriedade nele. Não sei. Este blog é um blog abandonado. Não serve de análise, de exposição ou de diário. Não serve, simplesmente.<br /><br />Bicha trambiqueira. Eis o que sou.<br /><br />Na verdade esse blog é praticamente um resumo da minha existência.<br /><br />Horas, dias em silêncio.<br />Ou não. Na verdade para mim é difícil me calar.<br />Passo meu tempo escrevendo <a href="http://unsioutros.blogspot.com/">poesias</a> que ninguém lê.<br />Mas que esforço eu faço para que as leiam?<br /><br />Bicha trambiqueira, eis o que sou.<br /><br />E o blog morre por falta de publicação.<br />Ou não morre. Os blogs permanecem aí não importa o que.<br /><br />O Insujeita ta lá.<br />Ta lá e eu nem nunca mais olhei para ele.<br />O Insujeita existe apesar de mim.<br /><br />Outro dia recebi um email de <a href="http://transitorios.blogspot.com/">uma amiga </a>que me dizia ter ganho <a href="http://oglobo.globo.com/saude/vivermelhor/mat/2007/04/20/295445507.asp">um livro </a>sobre blogs femininos. E o Insujeita estava lá. Com análise e citação. O Insujeita, que não existe mais enquanto blog, mas enquanto lembrança, serve também como objeto de estudo.<br />É um bom motivo para não deletá-lo. Mas não é possível atualizá-lo porque não existe mais a pessoa que atuaizava o Insujeita.<br /><br />Na verdade a pessoa que atualizava o Insujeita morreu anos atrás. Enquanto ainda havia o blog e foi substituída por muitas outras. Mas teve uma hora que as diferenças entre aquela que se auto-intitulava (como diziam <a href="http://youtube.com/watch?v=9mK7Bhetdk8">meus marcianos</a>) Insujeita e a que atualizava o blog era tanta que não houve jeito senão abortar a operação.<br /><br />E novo blog criado para nada.<br />Um trambique só.Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-66821918253777506902007-10-25T22:05:00.001-03:002008-06-24T11:33:47.260-03:00Eu vou estar falando do GerúndioOutro dia Mari vira para mim, feliz da vida, e conta que o Governador de Brasília, cansado de ouvir seus secretários responderem suas perguntas no gerúndio, daquela maneira peculiar que nós vamos nos estar acostumando a ouvir, resolveu abolir o <a href="http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL145542-5601,00-POLITICOS+JA+PROIBIRAM+BIQUINI+E+TRAJE+CAIPIRA.html?id=newsletter">gerúndio por decreto</a>.<br /><br />A tal proibição, ou melhor, a demissão do Gerúndio (com letra maiúscula assim mesmo), gerou grande polêmica na mídia, pelo menos na mídia internética. É só colocar no Google para ver. Eis que hoje me deparo, no caderno de opinião do Globo, com uma explicação do próprio Governador para a publicação de tal decreto no Diário Oficial.<br /><br />Gostei. Concordo em parte com ele. Em parte discordo.<br />Mas achei, de qualquer forma, que o texto era bom e merecia ser publicado aqui, neste blog de uma bicha trambiqueira.<br />Segue aí. Boa leitura.<br /><br />-----<br /><br /><b>Gerundiando</b><br /><br />Agora que a demissão do gerúndio já deu o que falar, gerou opiniões e produziu efeitos, vale uma reflexão mais consistente sobre a ineficiência do setor público no Brasil.<br /><br />A Constituição de 1988 pode ser adotada como um marco. O Brasil redemocratizado, que não mais seria governado por um general de plantão, precisava de regras muito sólidas para que o poder, devolvido à vontade popular, não fosse usurpado por interesses menores e ilegítimos.<br /><br />O Dasp, nessa época, já tinha modernizado o setor público e já entrava em pavoroso colapso.<br /><br />O Brasil das grandes estatais, da Petrobras e quanta mais fossem necessárias para o nacionalismo estatizante em meados do século passado, tinha feito Itaipu, Tucuruí, Ponte Rio-Neterói, Belém-Brasília, aeroportos, num modelo de desenvolvimento que tinha no Estado a sua força propulsora.<br /><br />Foi aí que a Constituição de 1988 pegou as leis e decretos secundários e os constitucionalizou, olhando o Brasil pelo espelho retrovisor, pelo que já tinha acontecido e não pelo que já começava a acontecer no mundo inteiro.<br /><br />Olhando o passado, a Constituição de 1988 ainda achava que a economia era o Estado, e foi feita para proibir roubar. Não conseguiu essa proibição pela letra da lei, mas obteve um outro êxito: proibiu fazer. A 8.666, a lei das licitações, é filha desse êxito.<br /><br />Enquanto caía o Muro de Berlim, caía o socialismo soviético, a Internet ligava as pessoas e os mercados, vieram a competitividade internacional, os fluxos de capital de investimentos e os especulativos, no Brasil tinha a reserva de mercado, tabelamento de preços, atraso e caos até a redenção do Plano Real e do nascimento de uma vigorosa economia de mercado.<br /><br />E o setor público? Continua com suas regras e meios retrógrados, que acreditam que podem proibir roubar por decreto, e só conseguem proibir fazer.<br /><br />Tem de tudo. Controle interno e controle externos. Exame antecipado de editais e auditorias durante e depois de suas publicações. Departamentos de fiscalização e grupos de fiscais que, contratados por concurso público, têm suas próprias regras garantidas na Carta Magda. E tome Tribunal de Contas, Ministério Público, Controladoria, Ouvidoria, licensas ambientais prévias, audiências públicas, prazos de recursos, decurso de prazo, diários oficiais, comissões de licitação, comissões de inquérito, tomadas de contas especiais, compensações ambientais, licensas de implantação, e, como isso tudo custa caro, CPMF, taxas de fiscalização, imposto sobre tudo e sobre todos – e está pronta a receita do não-roubar.<br /><br />Resultado final: o roubo continua livre, mas o fazer está cada vez mais complicado.<br /><br />Até porque muitos funcionários públicos honestos acabam entendendo que a forma mais simples de não ter que dar explicação é não fazer nada.<br /><br />É assim que a atividade-meio ganha da atividade-fim, que a ineficiência ganha dos resultados, e que os governos são vistos cada vez mais com desesperança.<br /><br />Demiti o gerúndio. Demiti o fazendo de conta. Tenho desprezo pelo Diário Oficial numa sociedade que, graças a Deus, tem imprensa livre. Por que não acabar com essa herança medieval de Diário Oficial? Mostrei sua ineficiência demitindo o inexistente, uma figura de linguagem. Por que não apareceu nenhum servidor exigindo, para a dita publicação, o seu número de matrícula?<br /><br />Demiti com desprezo pelas regras retrógradas. Provei-as ineficientes diante da vontade do governante, mesmo quando ridícula.<br /><br />E não é que publicaram a demissão do gerúndio?<br /><br />Com saudades de Hélio Beltrão e com saudades do futuro, mãos à obra para, com ousadia e, se necessário, com irreverência, modernizar o setor público brasileiro.<br /><br /><b>José Roberto Arruda</b><br />Governador do Distrito Federal<br />O Globo 25OUT2007 – Opinião – Pg. 7<br /><br />------<br /><br />Aproveitando, um bom texto que encotrei na internet sobre essa mania de gerundiar (aliás com o mesmíssimo título):<br /><br /><a name="115621099819868956"></a><br /><b><a href="http://mineirasuai.blogspot.com/2006/08/gerundiando.html">Gerundiando</a> </b><br /><br />Este texto foi feito especialmente para que você possa estar recortando, imprimindo e fazendo diversas cópias, para estar deixando (deixar) discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível que parece estar se disseminando na comunicação. Além disso, você pode também estar transmitindo por fax, remetendo pelo correio ou enviando pela Internet.<br /><br />Não estão sabendo do que eu estou falando?<br /><br />Gerúndio, eis a questão. Mas não estou me importando com isso... O mais importante é estar garantindo (garantir) que os gerundistas vão estar recebendo esta mensagem, de modo que possam estar lendo e, quem sabe, consigam até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que costumam estar falando deve estar soando um verdadeiro pavor para quem precisa estar ouvindo o que for dito.<br /><br />Sinta-se livre para estar difundindo tantas vezes quantas você vá estar julgando necessárias para estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral ou escrita. É por isso que estou postando este texto no blog. Para estar alcançando todos aqueles que estiverem blogando, navegando pela internet ou apenas surfando pela web.<br /><br />Mais do que estar repreendendo ou até mesmo caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha das pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.<br /><br />Temos que estar nos unindo para estar mostrando aos nossos interlocutores que, sim, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito.<br />Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar migrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases aberrantes o dia inteirinho.<br /><br />Sinceramente: nossa paciência tem estado a ponto de estar estourando.<br /><br />Um simples "Eu vou estar transferindo a sua ligação" que eu vá estar ouvindo, poderá chegar a estar provocando alguma reação inesperada. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos. As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia.<br /><br />Você dispensa o verbo auxiliar e o verbo de ação no gerúndio e aplica diretamente o mesmo verbo de ação no infinitivo!<br /><br />É uma construção elegante, limpa, correta, muito mais fácil e com significado claro e indubitável! Vamos despachar para bem longe do nosso belo idioma essas construções aberrantes!<br /><br />A regra é clara: depois de verbo auxiliar no infinitivo NUNCA se aplica verbo de ação no gerúndio!Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4160219458883518888.post-63446453680570807572007-09-18T20:47:00.003-03:002008-06-24T11:35:52.846-03:00As Aventuras de Sir Ernest ShackletonNo começo do século XX a humanidade vivia um momento de grandes explorações nos confins da mundo. Queríamos desbravar os pólos norte e sul, chegar aos lugares mais isolados e perigosos da Terra. Acontecia uma espécie de corrida expedicionária aos pólos. Em 1909 um americano, Robert Edwin Peary, foi o primeiro homem a chegar no Pólo Norte e, a partir daí, a corrida se acirrou por quem primeiro chegaria ao Pólo Sul, ainda inexplorado. Era uma corrida entre homens e entre países. Em 1911 Roald Amundsen, um explorador norueguês, e Robert Falcon Scott, da Marinha da Inglaterra, partiram de pontos diferentes da Antártica conseguindo os dois, chegar ao seu objetivo, porém como duas grandes diferenças: Amundsen chegou ao Pólo Sul um mês antes de Scott - e conseguiu voltar vivo da aventura. Os corpos de Scott e seus companheiros foram encontrados seis meses depois: morreram de frio e de fome a poucos quilômetros do acampamento onde encontrariam abrigo e comida.<br /><br /><a href="http://img.dailymail.co.uk/i/pix/2007/03_01/057ShackletonMOS_400x486.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand" alt="" src="http://img.dailymail.co.uk/i/pix/2007/03_01/057ShackletonMOS_400x486.jpg" border="1" /></a>Shackleton, um marinheiro e explorador inglês, também tinha o sonho de conquistar o Pólo Sul. Nos primeiros anos de 1900, já havia estado pelo menos duas vezes na Antártica, realizando, ele mesmo uma tentativa, mas foi obrigado a voltar por diversos problemas no percurso. Quando soube que a conquista do ponto mais ao sul do mundo já havia sido realizada, Shackleton decide empreender uma aventura ainda maior: cruzar a Antártica de ponta a ponta, por terra, passando pelo Pólo Sul.<br />Era uma questão de recuperar a honra da Inglaterra e, ao mesmo tempo, uma chace pessoal de fazer fama e fortuna.<br /><br />Ele demorou cerca de dois anos para conseguir os recursos para empreender a jornada. Por fim os consegue vendendo os direitos sobre os filmes, fotos, livros e palestras que pretende realizar sobre a aventura. Compra dois navios: Um para levá-lo ao ponto de desembarque, o Endurance, e outro para buscá-lo ao final da jornada. Milhares de pessoas se inscrevem querendo participar da viagem, mas apenas 26 são selecionadas para acompanharem Shackleton a bordo do Endurance. Entre esses homens estão marinheiros, foguistas, pesquisadores, médicos, navegadores, um fotógrafo, um cozinheiro e um desenhista. Em uma breve parada na Argentina se infiltra no navio um jovem irlandês, descoberto quando já estavam em alto mar, a caminho da ilha Geórgia do Sul - última parada antes da grande caminhada. Além dos homens, o navio carrega ainda cães, provisões, armas, livros, diários... São 28 os homens que, no verão polar de 1914, chegam na estação baleeira da ilha Geórgia do Sul.<br /><br />A partida para o continente é adiada por mais de um mês devido ao mau tempo. Logo que o Endurance se lança ao Mar de Wendell, um dos mais traiçoeiros da Terra, começa a encontrar grandes icebergs e muito gelo até que, em meados de janeiro - pleno verão antártico, o navio fica preso no gelo. A partir desse momento a tripulação começa a viver uma das maiores e mais incríveis aventuras que o homem já experimentou.<br /><br />Sinceramente, ir à Lua não foi nada perto do que eles foram capazes de realizar.<br /><br /><div><div><div><div><a href="http://www.histarmar.com.ar/Naufragios/FotosMiguelGaldeano/13%20Antartida/Endurance1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 220px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.histarmar.com.ar/Naufragios/FotosMiguelGaldeano/13%20Antartida/Endurance1.jpg" border="1" /></a>Resumindo muito resumidamente, o navio fica preso por todo inverno e os homens sobrevivem, com certo conforto dentro do navio, se alimentando das provisões que tinham levado. Mas em meados de outubro o gelo começa a se derreter e a se mover e acaba pressionando e quebrando o barco. Os homens são evacuados depois de lutarem dias seguidos contra o gelo e a água. Desembarcam e, algum tempo depois, o navio é tragado pelo mar. Shackleton então tenta empreender uma viagem, a pé, até a ilha Paulet, distante algumas centenas de quilômetros, onde sabia haver um estoque de comida e onde eles poderiam esperar por um resgate. Mas depois de três dias extenuantes eles haviam avançado pouco mais de três quilômetros e ficou óbvio que a viagem não seria possível. Acamparam, então, em uma banquisa de gelo. </div><p><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div><a href="http://www.nmmc.co.uk/images/uploaded/boats/Shackleton.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.nmmc.co.uk/images/uploaded/boats/Shackleton.jpg" border="1" /></a></div><div></div><div>Apelidaram a banquisa de Acampamento Oceânico. Como a banquisa se mantinha em movimento, tinham a esperança de que, até o final do verão, ela os levasse para próximo da Ilha Paulet. E realmente, depois de alguns meses estavam muito mais próximos, mas então o vento e as correntes mudaram e eles acabaram se afastando cada vez mais do objetivo. Shackleton decidiu, então, avançar por terra, o que provou ser uma péssima ideia pois, depois de três dias de viagem, eles ficaram presos em uma banquisa muito menor, impossibilitados de seguir em frente ou de voltar por conta do gelo quebradiço. Chamaram o novo acampamento de Acampamento Paciência e ali passaram muitos meses se alimentando de focas e pinguins e racionando alimentos que haviam trazido do navio. Com o tempo e a fome se agravando, sacrificaram os cachorros e os comeram. Um dia a banquisa começou a se partir, e, depois de ficarem espremidos em pedaços cada vez menores de gelo, lançaram-se ao mar nos três pequenos botes salva vidas que haviam carregado consigo. Com esses botes enfrentaram icebergs e vagas de até dez metros em um verdadeiro labirinto de gelo.<br /><br />Os ventos, as ondas e os icebergs os mantinham constantemente gelados e molhados. Os barcos eram pequenos demais para que eles pudessem se deitar, então o máximo que faziam era ficarem sentados juntos, tentando se manterem aquecidos. Os barcos ficaram à deriva e, cada vez que traçavam uma rota para alcançar uma ilha, eram jogados pela correnteza e pelos ventos para um lado completamente diferente. Até que, depois de mais de uma semana, chegaram à ilha Elefante, uma ilha completamente desabitada e onde ninguém, ainda, havia colocado os pés. Foi a primeira terra firme em que pisaram depois de quase 500 dias, mas não adiantava muito pois o inverno estava chegando e ninguém iria ali para resgatá-los. Além disso, com a chegada do frio os animais dos quais eles podiam se alimentar iriam migrar e a fome era quase uma certeza. Para completar, o único lugar onde podiam ficar na ilha era uma pequena praia, cercada de altas montanhas e geleiras intransponíveis.<br /><br /><a href="http://www.pelagic.co.uk/services/images/kayakpix/caird.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.pelagic.co.uk/services/images/kayakpix/caird.jpg" border="1" /></a>Shackleton decidiu pegar o melhor dos barcos, o Caird, que tinha pouco menos de 7 metros de ponta a ponta, e com mais 5 homens e lançou ao mais perigoso mar do mundo, atravessando 1,3 quilômetros, para chegar na Ilha Geórgia do Sul - um pequeno ponto no mapa cercado de águas geladas, onde poderiam ser resgatados. Os homens escolhidos para fazer a viagem não eram apenas os melhores ou mais necessários, mas também os que teriam maior probabilidade de causar problemas se ficassem para trás com os outros. A viagem tinha uma probabilidade mínima de sucesso, se é que tinha alguma. O barquinho pequeno, desconfortável e lotado de pedras (que faziam peso para que o barco não virasse) não era nada perto dos vagalhões de 20 metros que eles encontravam, um após o outro, incessantemente. O vento vinha de todas as direções e o barco precisava ser constantemente desafogado de água. Era praticamente impossível comer por causa das náuseas. Estavam todos completamente molhados pelas ondas e pelas tempestades que não davam trégua. Fazia em torno de -10oC.<br /><br />Em uma das noites, Shackleton estava no leme quando olhou para o céu e viu uma abertura clara em meio às nuvens. Chamou os companheiros para dividir a boa notícia quando, de repente, descobriram que o que haviam visto não era uma abertura nas nuvens e sim espuma que refletia a luz do céu de cima de uma onda gigante que se aproximava. Quase foi o fim deles, mas, por milagre, sobreviveram também à onda. Toda vez que as coisas pareciam que iriam melhorar, pioravam. A água doce que levavam ficou insalubre, pois foi contaminada pela água do mar e por pêlos de rena que se desprendiam de seus sacos de dormir apodrecidos. Suas línguas incharam por conta do sal impedindo-os de comer. Quando finalmente avistaram terra, depois de duas semanas no mar, se depararam com enormes penhascos onde ondas de até dez metros arrebentavam. Da felicidade passaram ao desespero e ficaram dois dias trabalhando no limite de suas forças para escapar da ilha e se manter em alto mar - na tempestade. Finalmente conseguiram encontrar um trecho estreito de praia onde aportaram.<br /><br />Chegando lá se descobriram em uma praia desabitada, do lado oposto da ilha onde estava a estação baleeira. Seriam 240 km para se percorrer com o pequeno Caird, muito mais do que ele poderia aguentar- a essa altura já estava muito debilitado e fazia água em poucos minutos. Shackleton decide que a travessia deveria ser feita por terra, em linha reta, cobrindo uma distância de 35 km.<br /><br />No entanto a ilha ainda não havia sido ainda explorada por dentro e não havia mapas das montanhas que deveriam atravessar - apenas do litoral. Shackleton escolheu os dois homens mais fortes e, apenas dois dias depois de aportar na ilha, munidos apenas com as botas esfoladas com solas recheadas de parafusos (colocados para aderir melhor ao gelo) e um martelo de carpinteiro, sem levar nenhum peso extra, nem mesmo os sacos de dormir, começaram a caminhada por entre fendas, geleiras e montanhas que chegavam a ter 3 mil metros de altura. Caminharam por 36 horas praticamente sem parar para descansar. Durante a noite quase caíram no sono fatal do frio, mas Shackleton conseguiu evitar o desastre, obrigando-os a permanecerem sempre caminhando. Se eles morressem, os todos os 28 tripulantes do Endurance morreriam. </div><div><br />Quando finalmente chegaram à Estação Baleeira, barbados, negros de fuligem e gordura de foca, com os cabelos longos e roupas esfarrapadas, ninguém conseguiu acreditar que aquilo pudesse ser verdade - que Shackleton estivesse vivo juntamente com sua tripulação. Haviam sido dados como mortos há mais de um ano. Imediatamente os marinheiros puseram-se em barcos para buscar os três que se encontravam do outro lado da ilha. Naquela noite houve uma grande celebração, onde todos os capitães e marinheiros da estação fizeram questão de apertar as mãos daqueles homens, já legendários.<br /><br /><a href="http://www.smh.com.au/ffximage/2004/08/22/shackleton_wideweb__430x321,1.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.smh.com.au/ffximage/2004/08/22/shackleton_wideweb__430x321,1.jpg" border="1" /></a>Desde que o Caird - o pequeno bote de salvamento - havia partido da Ilha Elefante, haviam se passado quase cinco meses. Era difícil para os 22 homens que permaneceram na ilha acreditar que ainda seriam socorridos. Mas Shackleton estava esse tempo todo tentando chegar a eles, impedido porém pelas péssimas condições do inverno polar. O resgate aconteceu, finalmente, em 30 de agosto de 1916.<br /><br />O 28 tripulantes sobreviveram e o que sofreu com os maiores problemas físicos, o irlandês que embarcou de gaiato, perdeu apenas parte de um pé que se congelou. Uma história para ser contada. Pelo menos eu assim fiquei compelida a fazer, depois de ler um livro a respeito da aventura. Recomendo. É de parar o coração a cada página. É também absurdamente inspirador. </div><div></div></div><div></div><div><div></div><div></div><div></div><div><br /></div><div></div><div></div><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;">Mapa da viagem</span></strong></div><div><br /></div><div><a href="http://www.book-house.co.uk/web_books/explorer/about_map/images/map.gif"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.book-house.co.uk/web_books/explorer/about_map/images/map.gif" border="0" /></a><br />-----<br /><br />Shackleton morreu poucos anos depois, em 1922, na mesma ilha Geórgia do Sul.<br />Havia voltado à Antártica pois não suportava a vida longe do continente branco e de suas aventuras.<br />Morreu vítima de uma bactéria, com uma doença semelhante à gripe.</div></div></div></div>Aichegohttp://www.blogger.com/profile/10238416949526501048noreply@blogger.com1